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sábado, 24 de junho de 2023

Mais Mulheres no Poder Maringá comemora três anos de atuação

Nas dependências do  Espaço Terraço, na noite de 23/06, as integrantes do Movimento Mais Mulheres no Poder (MMNP) Maringá estiveram reunidas para comemorar os três anos de atuação do grupo, iniciado em 2020.  Com o objetivo de ocupar espaço na Câmara de Vereadores, apoiar as candidatas e solicitar aumento de mulheres nos primeiros e segundo escalões da prefeitura bem como o aumento do orçamento para o combate à violência contra a mulher, o MMNP uniu candidatas de diferentes partidos e ideologias.

Na cerimônia de comemoração participaram a Secretária Estadual da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa, Leandre Dal Ponte, a Vereadora Ana Lúcia Rodrigues, a Secretária de Políticas Públicas para Mulheres de Maringá, Terezinha Pereira e representantes dos partidos políticos que integram o MMNP.

Para a Secretária Leandre Dal Ponte, é muito importante a união das mulheres na ocupação dos espaços de poder, como faz o MMNP.  A vereadora Ana Lúcia salientou que o objetivo para as eleições 2024 é ocupar 30% ou mais das vagas no Legislativo Maringaense. A Secretária da Mulher, Terezinha Pereira, considera que é possível a união das mulheres com objetivo comum de ocupar espaço na política, mesmo com ideologias distintas.

Durante o evento, a Secretária Leandre recebeu o livro "Elas Querem o Poder", de autoria da professora e jornalista Tania Tait, o qual narra a criação e trajetória do MMNP.  Tania entregou, também um documento, pela Ong Maria do Ingá Direitos da Mulher, com o requerimento da Assembleia ao Executivo para a implantação da Delegacia da Mulher de Sarandi, encaminhado em 2019, pelos deputados Arilson Chioratto, Adriano José e Jacovós.

Para as integrantes do MMNP, o evento comemorativo dos três anos celebra a coesão do grupo e prepara para os desafios futuros.






 Texto por Tania Tait: 23/06/2023

Fotos: João Carlos, filho da professora Josaine Garcia

quarta-feira, 21 de junho de 2023

Entidades maringaenses realizam dia de combate aos juros altos

No dia 20 de junho, em nível nacional, aconteceu a campanha contra os juros altos que estão mantidos em 13,75% pelo Banco Central. Em Maringá, entidades do movimento sindical e social se uniram e colocaram uma banca defronte o terminal de ônibus com o intuito de esclarecer a população sobre o desastre que significa os juros serem tão altos no dia-a-dia das pessoas.


 

Além das explicações para os transeuntes, folhetos foram distribuídos com conteúdo sobre como os juros altos afetam a vida da população brasileira e atrasam o desenvolvimento do país.

Para Vera Nogueira, presidente da CUT Regional Norte Novo, é importante compreender que os juros altos causam desempregos pois as pessoas compram menos por receio de parcelar suas compras. Com isso, principalmente as pequenas e médias empresas  se veem obrigadas a fechar suas portas.

A campanha contra os juros altos exige, também, a saída do presidente do Banco Central (BC) do cargo, que mesmo diante da inflação mais baixa e controlada se recusa a baixar os juros que são os mais altos do mundo. O presidente do BC só poderá ser trocado em janeiro de 2025, a menos que o Senado o retire do cargo.

Jair Cortez do Fórum Popular de Lutas lembra que Campos Neto, atual presidente do BC foi cabo eleitoral do ex-presidente Bolsonaro, recebendo o cargo como recompensa em 2019. Cortez comenta, ainda, o juro alto não permite que o Brasil avance no desenvolvimento econômico com geração de empregos e alta taxa de juros de 13,75% agrada a bancos e especuladores que vivem de renda.

 

Fotos e texto: Tania Tait, 20/06/2023

 

sexta-feira, 16 de junho de 2023

O inverno e eu

Nascida no sul do Brasil, acostumada com geadas e temperaturas abaixo de zero grau, eu deveria, nos meus muitos anos de vida, estar confortável quando começa o frio, mas, não estou e não sou. Creio que o inverno e eu tenhamos um problema de incompatibilidade de gênios. Por mais que me agasalhe, não vejo o charme da estação que as pessoas enxergam, sinto apenas o peso das roupas, a cabeça zonza de frio e, claro, o nariz da companheira rinite. Não há echarpe, boina, casaco ou luvas que me acomodem por mais que digam que as pessoas fiquem elegantes com essas vestimentas, penso logo nas olheiras e na pele vermelha queimada pelo vento.

Este ano, resolvi conversar um pouco com o inverno pra ver se chegamos a um acordo, afinal, continuo morando aqui no sul. Falei pra ele que ser paranaense é para os fortes, pois além de diversas outras questões que não vou comentar aqui, numa mesma semana a temperatura poder variar entre 0 a 25 graus. Destaquei que o inverno aqui começa antes da data oficial que é 21 de junho e quem sabe ele poderia atrasar sua chegada para a data.

Ele só deu um sorrisinho maroto quando eu disse que ser paranaense é para os fortes. Com relação a atrasar sua data de chegada, ignorou por alguns segundos e depois soltou uma fala: - não depende de mim, depende dos cuidados com o meio ambiente.

Me assustei, caramba, o inverno entende de meio ambiente, será que é ecologicamente correto? Fiquei animada, fui por esse raciocínio e respondi: - pois é, no inverno a população gasta mais água e mais energia elétrica, por isso você poderia começar na data certa, assim todo mundo estaria preparado. Além do que tem pessoas que vivem nas ruas e sofrem muito.

Outro silêncio acompanhado de um risinho e um discurso dele: - Você está esquecendo do vinho delicioso, do aconchego entre as pessoas, das sopas, das festas juninas, de que os municípios devem estar preparados para atender as pessoas em situação de vulnerabilidade e, principalmente, você esquece que eu fico pelo meu tempo e logo passo o bastão para a primavera que sempre agrada as pessoas, com suas flores, suas cores e sua temperatura amena. 

Fiquei emudecida, coloquei minha boina, peguei as roupas de frio para doar e, depois, falei sorrindo: - você venceu, vou te sentir de outra forma. Ainda bem que chegamos a um acordo. E ele com aquele sorrisinho que me habituei, soprou um vento gelado selando nosso acordo: - Epa, qual acordo?