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domingo, 24 de setembro de 2023

Homenagem em Maringá: 20 anos sem o Prefeito José Claudio

 

Em 16 de setembro de 2003, falecia, vitimado por câncer, o prefeito José Claudio Pereira Neto (PT), tornando-se o primeiro prefeito de Maringá a morrer durante o mandato. Para homenagear o prefeito, o PT de Maringá organizou o ato “20 anos sem José Claúdio”, com a exibição do documentário Maringá Histórica: José Claudio, a ascensão de uma estrela, elaborado pelo historiador Miguel Fernando, do Maringá Histórica e com exposição de fotos. 

Na homenagem, realizada no dia 23, no Centro de Ação Cultural, diversas autoridades, jornalistas, secretários(as) municipais da gestão José Claudio e amigos(as) prestigiaram o evento e se emocionaram com as lembranças.

Dentre as autoridades, estavam o Vice-prefeito Edson Scabora, o diretor geral brasileiro da Itaipu Enio Verri, o presidente do PT municipal, Mário Verri, a vereadora Ana Lúcia Rodrigues, o Secretário de Cultura Victor Simião e a Secretária da Mulher, Terezinha Pereira (irmão do José Claudio). A apresentação foi realizada pelo professor doutor Reginaldo Dias (UEM).

Em suas exposições, todos foram unânimes em afirmar o legado da política de cara limpa e a qualidade das obras realizadas pelo homenageado bem como seu amor pela cidade de Maringá. Também foram relembrados a necessidade de retomar a credibilidade para investimento na cidade devido ao escândalo de corrupção e roubo do governo anterior, o qual deixou os cofres públicos zerados; as iniciativas inovadoras foram tomadas em seu governo, como a construção das escolas municipais com qualidade, a melhoria na saúde, a criação das assessorias da mulher, igualdade racial e juventude, a melhoria dos serviços de atendimento ao público, entre outros.

Após as falas das autoridades, ocorreu a exibição do documentário que trouxe a trajetória de José Claudio na política, com depoimentos do ex-prefeito João Ivo (vice-prefeito do José Claudio), secretários (as) municipais, da coordenadora da campanha eleitoral vitoriosa de 2000 (Lucia Bertin) e de Terezinha Pereira, representando a família.



Maringá Histórica: José Claudio, a ascensão de uma estrela 


 

quarta-feira, 20 de setembro de 2023

Fórum Maringaense de Mulheres realiza encontro

                                                Encontro Fórum Maringaense de Mulheres - 19/09/2023

 Reunidas, no dia 19/09 nas dependências do Plenarinho da Câmara Municipal de Maringá, as integrantes do Fórum Maringaense de Mulheres (FMM), realizaram avaliação das ações da entidade e traçaram ações para o combate à violência contra a mulher. Dentre as ações, destaca-se a necessidade de realização de eventos nos bairros e maior publicidade das lutas de combate à violência contra a mulher.

Além das várias entidades que compõem o FMM, participaram do evento, a Secretária da Mulher de Maringá Terezinha Pereira, a artista visual Marina Andreo  e a poetisa Raílda Masson. Marina Andreo realizou a exposição Mulheres de Maringá e Mulheres do Brasil. Raílda Masson apresentou texto de sua autoria como parte de sua arte “Encantamento”.

Para a presidente do FMM, Celene Tonella, é importante que as entidades estejam reunidas e troquem experiências sobre sua atuação. A Secretaria Terezinha Pereira salientou a força do FMM com o agrupamento das diversas entidades que contribui para o estabelecimento de políticas públicas para mulheres e o combate à violência contra a mulher.

O FMM, também, está organizando o cronograma das atividades a serem realizadas pelo 25 de novembro que é o Dia Internacional de combate à violência contra a mulher.

 

 

terça-feira, 12 de setembro de 2023

A cada feminicídio, nosso coração sangra


Os anos 1980 trouxeram ânimo no combate à violência contra a mulher, com a criação das Delegacias da Mulher, a promulgação da Constituição Federal que iguala mulheres e homens em direitos e obrigações e a elaboração de políticas públicas para mulheres. Mulheres negras, indígenas, portadoras de deficiência, ciganas, entre outras, começaram a ter suas vozes ouvidas.

Nos anos 1990, o fortalecimento do combate à violência continuou, chegando aos anos 2000, com a criação de leis específicas como a Lei Maria da Penha, a Lei do Feminicídio, a Lei de combate à violência psicológica e a lei da importunação sexual. Todas estas leis com punição mais rigorosa aos agressores, assediadores e assassinos de mulheres.

Organismos de atendimento estatais (municípios, estados e governo federal) para acolher as mulheres em situação de vulnerabilidade foram instituídos nos anos 2000. Em 2003, foi criado o Ministério das Mulheres, com o pacto nacional de combate à violência contra a mulher e os canais de denúncia como o 180. Medidas protetivas, botão do pânico, Patrulha Maria da Penha passam a ser alguns dos mecanismos de proteção às mulheres.

Paralelo a tudo isso, as mulheres se qualificaram, estudaram, começaram a atuar na política e em outras esferas de poder. Ainda que muito aquém da representatividade de um grupo populacional que possui mais de 52% e atua em todas as áreas, conseguimos ter uma mulher na presidência da república, a qual foi destituída do cargo por meio de um impedimento que agora revelou-se um golpe para tira-la do poder.

Graças a esse histórico de políticas públicas para mulheres havia um sentimento de evolução no movimento feminista. No entanto, chegamos a 2023, com um alto índice de feminicídios, estupros e agressões contra as mulheres. O que houve de errado nesse meio do caminho para entrarmos numa espécie de retrocesso ou mesmo involução das lutas pelos direitos das mulheres?

Pode parecer pouco tempo, mas 4 anos de um governo federal como o anterior (2018-2022), no qual práticas de armamento da população, a disseminação do ódio e a misoginia interligadas com a redução drástica do orçamento no combate à violência contra a mulher desmontando as políticas públicas, certamente contribui de forma contundente para o caos em que nos encontramos hoje.

A recuperação desses anos perdidos está sendo realizada. Entretanto,  a violência doméstica, ou seja, aquele tipo de violência que acontece dentro dos relacionamentos afetivos continua nos atingindo de forma assustadora. Mortas por seus atuais ou ex (maridos, companheiros, namorados), as mulheres tem suas vidas interrompidas, mesmo com medidas protetivas e denúncias. Os assassinos ignoram, inclusive, que as crianças ficam órfãs.

Se as leis e a conscientização não estão resolvendo, talvez seja o momento de medidas mais drásticas com punição mais severa para os casos de feminicídios. Talvez a prisão dos agressores logo nas primeiras denúncias de violência e a prisão perpétua para feminicidas possa, por fim, inibir esse crime que, da forma como as coisas estão, os faz se sentirem impunes.

O que não podemos fazer mais, é cruzar os braços, sentir o coração sangrar a cada feminicídio e, simplesmente, ficar lamentando. Algo precisa ser feito, urgente!!!