Para compartilhar idéias!







quinta-feira, 30 de abril de 2020

Nosso blog comemora 10 anos

No dia 27 de abril, o meu blog www.taniatait.com.br comemorou 10 anos de existência.
Não deu pra fazer a comemoração presencial prevista, por conta da pandemia do coronavírus.
Mas, podemos comemorar virtualmente. São 10 anos de compartilhamento de idéias.
Um brinde ao blog e a voces que me acompanham nessa jornada.
Muito obrigada por lerem, compartilharem e comentarem as minhas opiniões e informações.
Não poderia deixar de agradecer, também, as parcerias dos jornalistas que compartilham meus artigos. Destaco, entre eles, Angelo Rigon, Luiz Fernando Cardoso, Paulo Pupin, Valdete da Graça, Elizabeth Natale, Dayani Barbosa, Luiz Claudio, Edi Oliveira, Antonio Roberto de Paula, Hilário Gomes e o saudoso e querido Lauro Barbosa.
Meus agradecimentos aqueles que porventura tenham compartilhado meus textos mas que eu não tenha conhecimento pois sabemos que, depois que "caiu na rede" fica público. Agradeço ao Marcelo Souza, meu suporte para questões técnicas ao longo da década.

E vamos aos próximos 10 anos!

Na primeira foto, a abertura das primeiras postagens. 
A idéia de fotos com uso do microfone é um símbolo do poder de fala para as mulheres.





quarta-feira, 29 de abril de 2020

Da AIDS-HIV ao coronavírus: o povo em meio a criminosa irresponsabilidade do governo federal


Nos anos 1980 tivemos o surgimento do vírus da AIDS-HIV. Primeiro pensava-se que o contágio se dava apenas entre homossexuais. Depois, apareceu o contágio entre hemofílicos e em transfusões de sangue até que não existe mais grupos de risco e sim grupo de exposição ao vírus. A camisinha passou a ser acessório obrigatório em qualquer forma de amor mesmo com a  chegada do  coquetel e remédios que amenizam a doença.
Perdemos muitas pessoas nos anos 1980 e 1990, desde grandes artistas como Fred Mercury e Cazuza até anônimos amigos queridos. O vírus HIV deixou de ser número e passou a ter rostos e nomes.
Atualmente, as pessoas portadoras de HIV conseguem sobreviver, sempre com acompanhamento e cuidados, no entanto o vírus está aí.  Pesquisa recente mostrou que mulheres grávidas têm sido as mais infectadas por doenças sexualmente transmissíveis (entre elas, o HIV) com possibilidade de transmissão aos seus bebes.
Os governos pararam de fazer campanhas de combate a AIDS como se ela não existisse mais. Mas, sabemos que o vírus da AIDS continua pelo mundo. Alguns governos transmitem a mensagem de que é problema de quem faz sexo sem proteção e corta verbas para prevenção e assistência.
Nos anos 2000, nos debatemos com a busca de cura da gripe A (H1N1), quando aprendemos a lavar as mãos, não coçar os narizes e a cobrir o rosto quando tossir ou espirrar. Com o surgimento da vacina, aprendemos a nos vacinar. No meio de tudo, ainda convivemos com a dengue, com doenças como tuberculose e hepatite, com doenças sexualmente transmissíveis, entre outras.
E agora, em 2020, nos deparamos com um vírus novo e avassalador, o coronavírus ou COVID-19, o qual se espalhou assustadoramente pelo mundo todo, com milhares de morte e contágios.
O acessório necessário passa a ser a máscara e a medida para evitar a doença, passa a ser o isolamento social. Da mesma forma que no período do surgimento da AIDS, há o negacionismo e o direcionamento a um grupo de risco. No entanto, muito mais rápido, o coronavírus mostra que não existe grupo de risco. Todos são grupos de risco, o que existe é grupo de exposição ao vírus.
Infelizmente, o governo brasileiro, que optou por não fazer campanhas de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, como se fosse responsabilidade individual, age da mesma forma irresponsável diante desse coronavírus mortífero.
Ao subnotificar casos, a não preparar hospitais com equipamentos e profissionais, ao boicotar o isolamento e a negar a existência do coronavírus, o governo nega a gravidade da situação e leva milhões de brasileiros à morte. Esse comportamento influencia pessoas que são seguidoras do governo que, em nome de manter a economia, prefere perder vidas brasileiras.
No fechamento deste artigo, o Brasil que possui mais de 200 milhões de habitantes tem mais mortes por coronavírus que a China que possui 2 bilhões de habitantes.
Ontem, 28/04/2020, o presidente do Brasil, ao ser questionado sobre o aumento de mortes no país, que passou dos 5.000 mortos, respondeu “E daí, lamento, quer que eu faça o que? Eu sou Messias, mas não faço milagres”.
Eu, como brasileira e cidadã do mundo, respondo pra você presidente, já que você não respeita nem os votos, nem a vida de quem o elegeu:
Por apoio humanitário, por respeito aos doentes e mortos pelo coronavírus e suas famílias, pelos profissionais de saúde e cientistas que atuam no combate ao coronavírus, por mim, por nossas famílias e amigos, por todos e todas nós, pelo povo brasileiro, eu VOTO:

#ForaBolsonaro e leve seu vice, sua família e sua turma com voce!

segunda-feira, 20 de abril de 2020

A rinite em minha vida



São sinais e sintomas da rinite alérgica os espirros seguidos ou em crises, coriza aquosa, obstrução nasal e prurido que iniciam após exposição aos alérgenos como poeira, ácaros, baratas, fungos, caspas de animais como cão e gato, polens), e aos poluentes ambientais (como fumaça de cigarro). Infecções virais como gripes e resfriados se confundem com rinite alérgica e normalmente estão associadas a febre. (Sociedade Brasileira de Pediatria)

A minha lembrança mais longínqua da rinite vem dos tempos da faculdade de Processamento de Dados, quando os amigos falavam: mas você está gripada de novo? E eu sempre respondia: “Acho que não é gripe, não tenho nem febre e nem dor de cabeça de gripe. É só resfriado por causa do frio”.
Depois, quando comecei a trabalhar como programadora de computadores e analista de sistemas, num ambiente de ar condicionado, meu nariz começou a sangrar e por diversas vezes, eu tive sinusite (inflamação dos cornetos nasais) que faz doer a face.  Cheguei a tirar raio-x da face na época e achei muito estranho ficar com o rosto na mesa de raios-x. Na atualidade é diferente. Também, faz anos que não desenvolvo sinusite.
Naquela época descobri a homeopatia e antes que alguém torça o nariz, foi graças a homeopatia que a minha filha mais nova sarou de bronquite quando era bebe. A homeopatia me acompanha sempre e me auxilia em fases da rinite.
Obviamente, que com sensatez, em crises muito elevadas, tenho que recorrer ao famoso descongestionante nasal, antialérgico e injetor nasal. Fiz, também, cirurgia do adeno e das amigdalas, o que me possibilitou dormir deitada e não sentada como faço nas crises agudas por não conseguir respirar. Aliás, nas poucas vezes que fiquei hospitalizada (partos e cirurgia do adeno) sempre peço pra deixarem meu corpo mais elevado pra respirar melhor e peço meus óculos, claro.
Sempre controlada, a minha rinite tinha algumas escapadelas como quando eu ia visitar a minha irmã que morava em São Paulo. Lá, a rinite vinha feroz trazendo além do costumeiro nariz trancado e vermelho, os olhos lacrimejantes e dor de cabeça.
Teve um episódio com uma amiga em São Paulo que me olhou e disse: “Nossa, você falava e eu não acreditava. Seus olhos estão vermelhos e as lágrimas escorrendo”.
Então, gente, rinite não é frescura e compreendam a pessoas que tem essa e outras alergias. Isso incomoda e muito, deixa a pessoa irritadiça, não permite que durma direito e provoca uma espécie de isolamento pois se torna insuportável ficar em meio a multidões com seus perfumes, cheiros e cigarros. Inúmeras vezes eu me afastei do lado de alguém porque o perfume da pessoa me fazia espirrar ou dava coceira no nariz.
Imaginem a minha alegria quando os cigarros foram proibidos em locais fechados e os famigerados carpetes foram substituídos por pisos frios.
A minha perturbação sempre fora no inverno, tanto que eu falava que na velhice eu moraria no inverno lá no Nordeste pra nunca ficar com crise alérgica. Aliás, a primeira vez que senti a respiração de verdade foi quando estive em Recife e o ar entrava feliz.
No surgimento da gripe A (H1n1), foi a época que descobri que tenho tiques que nem percebia, como passar a mão no nariz que está sempre coçando e enxugar o canto dos olhos lacrimejantes com os dedos. Pra complicar, eu estava como chefe de departamento, participava de muitas reuniões cumprimentando muitas pessoas. Desenvolvi, ali, o hábito de usar álcool em gel e lavar as mãos muito mais vezes que o normal.
Nos últimos anos, começou um fenômeno diferente, a rinite que era freguesa no mês de junho começou a aparecer em maio, depois em abril e, neste ano, ela apareceu no final de fevereiro junto com a dengue (é, eu tive no carnaval). Ou seja, a rinite me visita sempre, durante o ano todo. Não sei se o mundo mudou e ficou mais cheio de ácaros, fumaças e pólens ou se o meu corpo com a idade está ficando mais fragilizado ou as duas coisas, que é a hipótese mais viável.
E agora nestes tempos de coronoavírus?
Pois é, acordo todos os dias cismadíssima pois, normalmente o nariz está trancado, a voz embargada e os olhos ardendo. Lá pelas 11 horas da manhã, começo a respirar melhor. No final do dia, penso, “ufa não eram os sintomas do coronavírus”.  Nesse período de cisma, fico longe de todos e lavo as mãos toda hora.
Como depois da aposentadoria, passei a ficar mais em casa, sinto alergia também de certos produtos de limpeza e detecto uma fumaça a quilômetros.
Ah! Antes que me esqueça, por essas e outras, eu não gosto do inverno. Depois de detectar a rinite que entendi o motivo de gostar do mês de agosto quando a temperatura vai ficando mais alta. Também, não comungo da idéia de que as pessoas ficam mais bonitas no inverno, pois pra mim o frio é sinônimo de nariz vermelho com inchaço e olheiras profundas.
Mesmo, charmosamente, usando echarpes de todas as formas e cores que adoro, confesso que um dos maiores motivos é me aquecer mesmo. Portanto, como não tem remédio e a rinite me acompanha sempre, o jeito é contornar com homeopatia, alopatia ou  medicina popular, com roupas coloridas e muitas outras coisas pra essa convivência que é difícil de me separar, se tornar mais amena.
E assim, seguimos em frente, minha rinite e eu.








domingo, 19 de abril de 2020

Diário Ficando em casa, 19/04/2020.

A idéia de escrever o Diário Ficando em casa, começou, quando foi decretada a quarentena com o isolamento total em Maringá, como uma forma de colaborar com as pessoas dando sugestões de atividades a serem realizadas ou simplesmente descrevendo alguma situação pra animar.
Como o isolamento total está deixando de existir e as atividades estão com retorno marcado, creio que esse seja meu penúltimo “Diário Ficando em casa” até porque deve estar se tornando monótono. Se vocês perceberam eu nem escrevo mais que lavei, cozinhei ou limpei. Substitui estas tarefas pela expressão “aquelas tarefas domésticas que todo mundo faz”.
Sempre sou muito animada e procuro preencher meu tempo com atividades produtivas e pensamentos bons. Entretanto, hoje, especialmente, estou experimentando um sentimento que ainda não consegui definir, parece tristeza, mas não se iguala as tristezas que senti no passado. Talvez seja melancolia. No entanto, o que motiva esse sentimento estranho eu sei, com certeza.
Ao ler as notícias vejo o isolamento social total, por incrível que possa parecer, está sendo combatido. O isolamento total serve para proteger as pessoas do coronavírus e ao mesmo tempo preparar as unidades de saúde em termos de equipamentos e pessoa para receber possíveis contaminados, ou seja, salva vidas.
Recomendado por profissionais de saúde, pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela esmagadora maioria das lideranças mundiais, o isolamento está sendo destruído no Brasil, um país de espaço geográfico continental com um população de mais de 200 milhões de habitantes, com falta de leitos e de respiradores visto que o coronavírus traz insuficiência respiratória, entre outros problemas.
Também, vejo a postura do presidente da República e seus seguidores completamente fora da realidade. Ao invés de realizar o combate na área sanitária, o presidente está atuando na área política com a cantiga que seus apoiadores gostam de ouvir. Não acho que seja loucura ou devaneio dele. Pra mim, tudo isso faz parte de um plano político pois ele tem uma parcela da população que o segue cegamente, a ponto de dizer que o coronavírus é uma fraude mesmo com todas as mortes ocorrendo no mundo todo, em especial nos EUA, o país que tanto idolatram.
O que nos resta agora, é lutar pela democracia que está sempre sendo ameaçada pelos insanos que tomaram conta do país e nos cuidar, transformando nossa rotina com a inclusão de hábitos que não possuíamos como usar máscara, álcool em gel e nada de apertos de mãos e nem dos nossos calorosos beijos e abraços.
Pessoalmente, no final da tarde, deu saudades dos nossos almoços de família, com a molecada correndo pra lá e pra cá e todo mundo falando ao mesmo tempo.
Aos meus amigos e amigas que voltam ao trabalho, sejam empregados ou patrões, muito cuidado, sigam todas as instruções e não descuidem nem de si, nem dos seus colegas e familiares. 
Deus abençoe a todos e todas nós!
#ForçaEudes continuamos em oração
#Fiqueemcasa quem puder e quem precisa sair, #cuide-se

Foto de um dos nossos Café, Mulheres e Política que este ano foi adiado por conta da pandemia. Deu vontade de dar um "oi" pra voces, além das letrinhas.



quarta-feira, 15 de abril de 2020

O coronavírus, sorrateiro, chega perto de nós

Desde o começo da pandemia pelo coronavírus tenho acompanhado as notícias e a evolução da doença pelo mundo, até a chegada da pandemia ao nosso Brasil.
Em todos os países, após seus governos tentarem outras alternativas que se mostraram infrutíferas devido à velocidade de propagação do vírus, a decisão foi pelo isolamento total. Nestes locais, inicialmente, pensaram em salvar a economia e com o aumento do número de mortos, compreendeu-se que é preciso primeiro salvar vidas.
E, assim, esta alternativa do isolamento total foi implantada no Brasil por iniciativa de governadores e prefeitos, a despeito de reações contrárias e muita fakenews correndo nas redes sociais.
Certas pessoas parecem não ter se dado conta ainda da gravidade da situação. O isolamento nos auxilia a ganhar tempo para preparar o sistema de saúde, com qualificação de profissionais e equipamentos para atender as pessoas contaminadas.
Desde o dia 20 de março, com a decretação do isolamento em Maringá, decidi escrever o “Diário Ficando em casa” no Facebook, no qual descrevo atividades realizadas durante o dia, comentários, receitas e outras informações como forma de ajudar as pessoas.
Percebi, neste tempo, que muitas pessoas, por ignorância ou teimosia ou sei lá o que, não estão seguindo as orientações da área de saúde, nem pra se proteger e nem para proteger os seus familiares. O coronavírus é invisível a olho nu e não sabemos onde ele está, a não ser quando ele se instala em nós.
Conforme o tempo vai passando, o coronavírus vai chegando cada vez mais perto de cada um e cada uma de nós. É um ex-prefeito, o filho de um amigo do amigo, é a esposa de um professor, é a prima da prima...e assim por diante. E “ele”, o vírus chegou...
No meu “Diário Ficando em casa” de sábado não teve descrição de atividades, mas foi marcado por orações e pensamentos positivos para um amigo querido de tantas décadas que se encontra na UTI lutando pela vida, diagnosticado com coronavírus, o Eudes.
Para minha surpresa e emoção, muita energia positiva e orações oriundas de várias pessoas somaram-se ao meu texto, como forma de solidariedade ao Eudes.
Desde o dia que soube do seu internamento, fiquei pensando em todas as lutas que travamos ao longo das décadas. Conheço o Eudes desde o movimento estudantil na UEM, certamente faz uns 40 anos. Nascemos no mesmo ano, 1961, uma safra boa como sempre dissemos. Participamos de vários movimentos em defesa da democracia, da classe trabalhadora, no diretório do PT por várias gestões e atuamos como secretários municipais no Governo do saudoso José Claudio.
Ele sempre disse que somos iguais, com a diferença que, segundo ele, eu sou mais educada e falo mais manso por isso sou uma “autoritária doce”. 
Força meu amigo, temos muitas batalhas pra travar juntos. Muito pensamento firme e positivo. Estamos em oração por voce! 



Imagem: Luiz Fernando Cardoso

Artigo publicado originalmente no
Café com jornalista

sábado, 4 de abril de 2020

Violência contra a mulher em tempos de coronavírus


Duas reportagens veiculadas durante a semana chamaram a atenção em paralelo ao avanço do coronavírus. A primeira reportagem trata do aumento de casos de registro de ocorrências em Maringá que aumentou 15% desde que foi decretada a quarentena. A outra reportagem apresenta dados sobre o aumento de 9% de ocorrências em São Paulo no período da quarentena.

Agressões físicas, verbais e sexuais foram as ocorrências mais registradas. Parece que os agressores se sentiram a vontade pra praticar violência pelo impedimento de sair de casa, no entanto, a Lei Maria da Penha continua em vigor e a rede de atendimento às mulheres vítimas de violência se organizou para continuar atendendo neste período, prevendo com antecedência que esse aumento poderia crescer.

As mulheres, além de todos os afazeres que o isolamento necessário provoca, ainda precisam lidar com a violência cometida em seus lares. Também, os Conselhos Tutelares estão atentos à violência doméstica que atinge também as crianças.



As Delegacias da Mulher estão atendendo tanto no local, como pela Internet ou telefone. As Varas de violência Doméstica também disponibilizam atendimento para que as mulheres não fiquem desamparadas. As prefeituras com seus setores estão alertas e as entidades não governamentais estão realizando atividades para proteger e auxiliar as mulheres.

Portanto, não é porque existe o isolamento social que as mulheres em situação de violência não terão como buscar ajuda. Pelo contrário, a rede de atendimento continua funcionando. É preciso aciona-la sempre que for necessário.

O Disque 180 é uma das formas de buscar ajuda. As denúncias anônimas também podem continuar sendo realizadas.

As mulheres precisam se isolar para não se contaminar pelo coronavírus mas não precisam se isolar quando sofrem violência. As mulheres precisam buscar ajuda e apoio para superar essa fase difícil que se torna mais complicada combinada com a violência doméstica.