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quarta-feira, 15 de abril de 2020

O coronavírus, sorrateiro, chega perto de nós

Desde o começo da pandemia pelo coronavírus tenho acompanhado as notícias e a evolução da doença pelo mundo, até a chegada da pandemia ao nosso Brasil.
Em todos os países, após seus governos tentarem outras alternativas que se mostraram infrutíferas devido à velocidade de propagação do vírus, a decisão foi pelo isolamento total. Nestes locais, inicialmente, pensaram em salvar a economia e com o aumento do número de mortos, compreendeu-se que é preciso primeiro salvar vidas.
E, assim, esta alternativa do isolamento total foi implantada no Brasil por iniciativa de governadores e prefeitos, a despeito de reações contrárias e muita fakenews correndo nas redes sociais.
Certas pessoas parecem não ter se dado conta ainda da gravidade da situação. O isolamento nos auxilia a ganhar tempo para preparar o sistema de saúde, com qualificação de profissionais e equipamentos para atender as pessoas contaminadas.
Desde o dia 20 de março, com a decretação do isolamento em Maringá, decidi escrever o “Diário Ficando em casa” no Facebook, no qual descrevo atividades realizadas durante o dia, comentários, receitas e outras informações como forma de ajudar as pessoas.
Percebi, neste tempo, que muitas pessoas, por ignorância ou teimosia ou sei lá o que, não estão seguindo as orientações da área de saúde, nem pra se proteger e nem para proteger os seus familiares. O coronavírus é invisível a olho nu e não sabemos onde ele está, a não ser quando ele se instala em nós.
Conforme o tempo vai passando, o coronavírus vai chegando cada vez mais perto de cada um e cada uma de nós. É um ex-prefeito, o filho de um amigo do amigo, é a esposa de um professor, é a prima da prima...e assim por diante. E “ele”, o vírus chegou...
No meu “Diário Ficando em casa” de sábado não teve descrição de atividades, mas foi marcado por orações e pensamentos positivos para um amigo querido de tantas décadas que se encontra na UTI lutando pela vida, diagnosticado com coronavírus, o Eudes.
Para minha surpresa e emoção, muita energia positiva e orações oriundas de várias pessoas somaram-se ao meu texto, como forma de solidariedade ao Eudes.
Desde o dia que soube do seu internamento, fiquei pensando em todas as lutas que travamos ao longo das décadas. Conheço o Eudes desde o movimento estudantil na UEM, certamente faz uns 40 anos. Nascemos no mesmo ano, 1961, uma safra boa como sempre dissemos. Participamos de vários movimentos em defesa da democracia, da classe trabalhadora, no diretório do PT por várias gestões e atuamos como secretários municipais no Governo do saudoso José Claudio.
Ele sempre disse que somos iguais, com a diferença que, segundo ele, eu sou mais educada e falo mais manso por isso sou uma “autoritária doce”. 
Força meu amigo, temos muitas batalhas pra travar juntos. Muito pensamento firme e positivo. Estamos em oração por voce! 



Imagem: Luiz Fernando Cardoso

Artigo publicado originalmente no
Café com jornalista

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