Desde o começo da pandemia pelo
coronavírus tenho acompanhado as notícias e a evolução da doença pelo mundo,
até a chegada da pandemia ao nosso Brasil.
Em todos os países, após seus
governos tentarem outras alternativas que se mostraram infrutíferas devido à
velocidade de propagação do vírus, a decisão foi pelo isolamento total. Nestes
locais, inicialmente, pensaram em salvar a economia e com o aumento do número
de mortos, compreendeu-se que é preciso primeiro salvar vidas.
E, assim, esta alternativa do
isolamento total foi implantada no Brasil por iniciativa de governadores e
prefeitos, a despeito de reações contrárias e muita fakenews correndo
nas redes sociais.
Certas pessoas parecem não ter se
dado conta ainda da gravidade da situação. O isolamento nos auxilia a ganhar
tempo para preparar o sistema de saúde, com qualificação de profissionais e
equipamentos para atender as pessoas contaminadas.
Desde o dia 20 de março, com a
decretação do isolamento em Maringá, decidi escrever o “Diário Ficando em casa”
no Facebook, no qual descrevo atividades realizadas durante o dia, comentários,
receitas e outras informações como forma de ajudar as pessoas.
Percebi, neste tempo, que muitas
pessoas, por ignorância ou teimosia ou sei lá o que, não estão seguindo as orientações
da área de saúde, nem pra se proteger e nem para proteger os seus familiares. O
coronavírus é invisível a olho nu e não sabemos onde ele está, a não ser quando
ele se instala em nós.
Conforme o tempo vai passando, o
coronavírus vai chegando cada vez mais perto de cada um e cada uma de nós. É um
ex-prefeito, o filho de um amigo do amigo, é a esposa de um professor, é a
prima da prima...e assim por diante. E “ele”, o vírus chegou...
No meu “Diário Ficando em casa” de
sábado não teve descrição de atividades, mas foi marcado por orações e
pensamentos positivos para um amigo querido de tantas décadas que se encontra
na UTI lutando pela vida, diagnosticado com coronavírus, o Eudes.
Para minha surpresa e emoção, muita
energia positiva e orações oriundas de várias pessoas somaram-se ao meu texto,
como forma de solidariedade ao Eudes.
Desde o dia que soube do seu
internamento, fiquei pensando em todas as lutas que travamos ao longo das
décadas. Conheço o Eudes desde o movimento estudantil na UEM, certamente faz
uns 40 anos. Nascemos no mesmo ano, 1961, uma safra boa como sempre dissemos. Participamos
de vários movimentos em defesa da democracia, da classe trabalhadora, no
diretório do PT por várias gestões e atuamos como secretários municipais no
Governo do saudoso José Claudio.
Ele sempre disse que somos iguais,
com a diferença que, segundo ele, eu sou mais educada e falo mais manso por
isso sou uma “autoritária doce”.
Força meu amigo, temos muitas
batalhas pra travar juntos. Muito pensamento firme e positivo. Estamos em
oração por voce!
Imagem: Luiz Fernando Cardoso
Café com jornalista
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