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quarta-feira, 29 de abril de 2020

Da AIDS-HIV ao coronavírus: o povo em meio a criminosa irresponsabilidade do governo federal


Nos anos 1980 tivemos o surgimento do vírus da AIDS-HIV. Primeiro pensava-se que o contágio se dava apenas entre homossexuais. Depois, apareceu o contágio entre hemofílicos e em transfusões de sangue até que não existe mais grupos de risco e sim grupo de exposição ao vírus. A camisinha passou a ser acessório obrigatório em qualquer forma de amor mesmo com a  chegada do  coquetel e remédios que amenizam a doença.
Perdemos muitas pessoas nos anos 1980 e 1990, desde grandes artistas como Fred Mercury e Cazuza até anônimos amigos queridos. O vírus HIV deixou de ser número e passou a ter rostos e nomes.
Atualmente, as pessoas portadoras de HIV conseguem sobreviver, sempre com acompanhamento e cuidados, no entanto o vírus está aí.  Pesquisa recente mostrou que mulheres grávidas têm sido as mais infectadas por doenças sexualmente transmissíveis (entre elas, o HIV) com possibilidade de transmissão aos seus bebes.
Os governos pararam de fazer campanhas de combate a AIDS como se ela não existisse mais. Mas, sabemos que o vírus da AIDS continua pelo mundo. Alguns governos transmitem a mensagem de que é problema de quem faz sexo sem proteção e corta verbas para prevenção e assistência.
Nos anos 2000, nos debatemos com a busca de cura da gripe A (H1N1), quando aprendemos a lavar as mãos, não coçar os narizes e a cobrir o rosto quando tossir ou espirrar. Com o surgimento da vacina, aprendemos a nos vacinar. No meio de tudo, ainda convivemos com a dengue, com doenças como tuberculose e hepatite, com doenças sexualmente transmissíveis, entre outras.
E agora, em 2020, nos deparamos com um vírus novo e avassalador, o coronavírus ou COVID-19, o qual se espalhou assustadoramente pelo mundo todo, com milhares de morte e contágios.
O acessório necessário passa a ser a máscara e a medida para evitar a doença, passa a ser o isolamento social. Da mesma forma que no período do surgimento da AIDS, há o negacionismo e o direcionamento a um grupo de risco. No entanto, muito mais rápido, o coronavírus mostra que não existe grupo de risco. Todos são grupos de risco, o que existe é grupo de exposição ao vírus.
Infelizmente, o governo brasileiro, que optou por não fazer campanhas de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, como se fosse responsabilidade individual, age da mesma forma irresponsável diante desse coronavírus mortífero.
Ao subnotificar casos, a não preparar hospitais com equipamentos e profissionais, ao boicotar o isolamento e a negar a existência do coronavírus, o governo nega a gravidade da situação e leva milhões de brasileiros à morte. Esse comportamento influencia pessoas que são seguidoras do governo que, em nome de manter a economia, prefere perder vidas brasileiras.
No fechamento deste artigo, o Brasil que possui mais de 200 milhões de habitantes tem mais mortes por coronavírus que a China que possui 2 bilhões de habitantes.
Ontem, 28/04/2020, o presidente do Brasil, ao ser questionado sobre o aumento de mortes no país, que passou dos 5.000 mortos, respondeu “E daí, lamento, quer que eu faça o que? Eu sou Messias, mas não faço milagres”.
Eu, como brasileira e cidadã do mundo, respondo pra você presidente, já que você não respeita nem os votos, nem a vida de quem o elegeu:
Por apoio humanitário, por respeito aos doentes e mortos pelo coronavírus e suas famílias, pelos profissionais de saúde e cientistas que atuam no combate ao coronavírus, por mim, por nossas famílias e amigos, por todos e todas nós, pelo povo brasileiro, eu VOTO:

#ForaBolsonaro e leve seu vice, sua família e sua turma com voce!

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