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quarta-feira, 20 de dezembro de 2023

Ingenuidade, boa fé ou ignorância política do povo do meu Paraná

Quando o ex ministro e ex-juiz “nada parcial”, como dizia o jornalista Paulo Amorin em sua Conversa Afiada, teve seu pedido negado para ser candidato por São Paulo e resolveu ser candidato pelo Paraná, causou indignação pois mostrou que ele realmente não se interessa pelo paranaense. No entanto, o povo do Paraná o elegeu senador da República, mesmo muita gente contando sobre esse desprezo por parte dele.

E agora, nos deparamos com outra aberração. A mulher do ex-presidente genocida e inelegível tem interesse em ser candidata a senadora pelo Paraná na vaga do referido senador. Ela, moradora de Brasília ou do Rio de Janeiro, que nunca se interessou por essas terras, resolve soltar balão de ensaio sobre a possibilidade de registrar moradia em Curitiba no período de 6 meses que antecede as eleições, como previsto na legislação.

Além disso, em evento do seu partido, em Curitiba, destrata uma política paranaense de forma desrespeitosa e jocosa e, por conseguinte, com sua postura, menospreza o povo.

Ou o povo do Paraná é muito ingênuo ou tem muita boa fé ou é muito ignorante politicamente pra cair nessa armadilha eleitoral e eleger uma criatura que sequer conhece nossa realidade. Pra quem não sabe ou para os mais jovens, durante décadas, nós paranaenses fomos e somos vistos por alguns paulistas, cariocas e outros, como um povo que vive no mato. Inclusive, fazem brincadeiras imbecis com nosso sotaque que vai da letra “e” fechada na capital Curitiba até o “r” do interior do Estado. Não gosto dessa história de bairrismo, mas um pouco de amor pela terra onde vive ou nasceu, faz bem até pra coletividade.

Acorda povo do Paraná, não vamos cair mais nessa. Já basta elegermos políticos que jogam contra o povo, privatizando Copel, encarecendo nossa água, destruindo a educação, entre tantas outras coisas. Somos um povo trabalhador e que constrói o Paraná,   não precisamos de político ou política paraquedista que quer cair em cima das nossas araucárias, sabe-se lá motivado pelo que. Coisa boa, certamente, não é.


 

quarta-feira, 6 de dezembro de 2023

Pra que servem os “16 dias de Ativismo contra a Violência sobre as Mulheres”?


Em pleno “16 Dias de Ativismo contra a Violência sobre as Mulheres“ depara-se com notícias como o assassinato a tiros de uma mulher pelo marido policial, a masturbação feita por um policial diante das funcionárias de uma concessionária de estradas, a morte de uma garota de 14 anos que saiu de casa pra buscar a irmã na escola... e a lista e violências contra as mulheres só aumenta.

 

O evento “16 Dias de Ativismo contra a Violência sobre as Mulheres“  foi  proposto na Campanha Mundial pelos Direitos Humanos das Mulheres, sob a coordenação do Centro de Liderança Global da Mulher. Trata-se de uma mobilização mundial que ocorre em mais de 160 países, sendo realizada no Brasil desde 2003.

 

No Brasil, o evento engloba 21 dias pois começa no dia 20 de novembro, dia da consciência negra e ser encerra no dia 10 de dezembro, aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, proclamado em 1948. Dentro desse período dos 16 dias, tem-se também o dia 25 de novembro, o dia 01 de dezembro e o dia 06 de dezembro.

 

O dia “25 de Novembro” foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1999, como o “Dia Internacional de Luta contra a Violência sobre a Mulher”. A data foi escolhida para homenagear as irmãs Mirabal (Pátria, Minerva e Maria Teresa), assassinadas pela ditadura de Leônidas Trujillo na República Dominicana, por se oporem ao seu governo. O dia 01 de dezembro é o dia internacional  de combate à Aids e 06 de dezembro é o dia da campanha Laço Branco - homens pelo fim da violência contra a mulher.

 

Todas essas datas que compõem os 16 dias de ativismo têm potência ao mostrar a dura realidade das mulheres: em situação de violência doméstica,  na área de saúde, mulheres negras, lésbicas, trans, indígenas, pessoas com deficiência, entre tantas. Esse período serve para mostrar também os dados alarmantes de violência contra a mulher, os feminicídios, os estupros, o assédio, a violência política de gênero, a misoginia, dentre tantas situações nas quais a mulher é vitimada pelo simples fato de ser mulher.

É um cenário grave que se apresenta em todos os dias, vitimando as mulheres e meninas.

 

O intuito dos 16 dias de ativismo de conscientização da sociedade e de cobrança das autoridades para medidas de combate à violência não tem freado os agressores e feminicidas que sequer seguem o cumprimento das leis, que no caso brasileiro, são reconhecidas mundialmente no combate à violência contra a mulher.  

 

A despeito das campanhas e das leis, da criação de organismos de atendimento às mulheres em situação de vulnerabilidade, das entidades da sociedade civil que se desdobram, de forma voluntária no combate à violência, o cenário pouco mudou pois as mulheres continuam sendo mortas e agredidas.

 

Parece até que é algo planejado, como se houvesse uma orquestração e incentivo para esses crimes e o ódio às mulheres. É como se houvesse a existência de grupos na Internet que incentivam os crimes contra as mulheres...Será que isso existe? Ou é apenas uma desconfiança de uma professora de computação?

 

O fato concreto é que os dados da violência têm aumentado a cada ano e é preciso muita força para barrar e combater a violência contra a mulher

 

Que eventos como o  “16 dias de ativismo contra a violência sobre as mulheres”  junto com as leis, os governos e a sociedade contribuam efetivamente para garantir às mulheres o direito a uma vida sem violência e sem medo.