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domingo, 25 de abril de 2021

Turbilhão

 O Brasil precisa voltar à calmaria. A despeito do povo solidário que procura ajudar quem mais precisa durante a pandemia, convivemos com um governo que ao negar a ciência promoveu ações de atraso na vacina e na compra de insumos e equipamentos.

  Fonte: Imagem extraída do Google, Library

Toda semana vem uma novidade lá de cima patrocinada pelo governo, que coloca os brasileiros e brasileiras em posições divergentes. As famosas fakenews continuam sendo disseminadas nos grupos de whatsapp Brasil afora. Insinuações de intervenção, de militares no poder, entre outras são citadas pelo presidente cada vez que se sente acuado por alguma notícia que não gosta, principalmente, com relação ao envolvimento dele e dos filhos com a milícia carioca.

Vimos a LavaJato e o seu líder mor, mostrando sua verdadeira face, em conluio com os EUA pra minar nosso país e tirar do cenário eleitoral, o candidato Lula que estava em primeiro lugar nas pesquisas.

Estamos vendo a avalanche de mortes por Covid, quase 400 mil vidas que poderiam ter sido salvas com a oportunidade que tínhamos de começar a vacinação em dezembro de 2020, mas por negacionismo e incompetência governamentais, a vacinação começou apenas em fevereiro.

Milhares de brasileiros e brasileiras voltaram ao mapa da fome, numa pandemia que assola o mundo e que, contraditoriamente, deixou os ricos mais ricos e os pobres mais pobres.

Professores continuam sendo atacados de forma covarde e de um mau caratismo sem fim, patrocinado por um deputado que mama no setor público faz décadas, sempre em benefício próprio e de sua família, tal qual faz o presidente da república.

O governo federal, por sua vez, protagoniza mais uma de suas cenas grotescas como aquela dele com outros políticos segurando uma placa grande escrita CPF cancelado; o orçamento para saúde, educação e meio ambiente são reduzidos. E as pessoas achavam ridícula a cena dele mostrando caixa de cloroquina pra uma ema...

É tanto absurdo em nosso Brasil brasileiro que fica até difícil escolher um desses absurdos pra comentar. Tudo vira mesmo um turbilhão em nossas mentes e corações.

Dá pra entender finalmente, porque a maioria dos eleitores preferiram escolher um deputado federal inútil, militar reformado e ligado a milícia carioca, a eleger um professor. Ou seja, as pessoas se identificaram com o politicamente incorreto.

Infelizmente, o preço está sendo muito caro e pago por todos e todas nós.

domingo, 18 de abril de 2021

Diário ficando em casa e o nosso amigo jornalista

Pois é meu amigo jornalista e escritor Luiz Fernando Cardoso, lembro quando comecei a escrever o meu Diário Ficando em Casa e você me enviou o desenho do cafezinho pra publicar no seu Café com Jornalista. Você tanto me instigou a escrever um livro com as minhas observações durante a pandemia que tenho aqui separado todos os textos e, claro o prefácio seria seu.

Me entristece muito ver que sua vida não estará mais nesse plano terrestre, adiando nossos projetos de troca de livros regado a um cafezinho ou nossas parcerias para o futuro.

Sempre achei super interessante a forma como você tratava a nós, seus e suas articulistas, sempre estimulando e elogiando.

Além disso, é inegável a sua contribuição para os movimentos sociais, a partir do olhar na política, principalmente na causa que mais nos afeta, que é o movimento feminista.

Tão jovem, com 40 anos de idade, pego por esse vírus que está desolando famílias inteiras num verdadeiro genocídio patrocinado por um presidente da república que pensa em matar, nunca em salvar vidas.

Hoje, o Brasil atingiu a marca dos 373 mil mortos por Covid e sempre vale lembrar que não são apenas números, são pessoas, são sonhos, são ideais, são amores...

Vá em paz, meu amigo jornalista, se torne mais uma estrela no céu, com o sentimento de dever cumprido no espaço de tempo que lhe coube entre nós.

 

 


                                  Imagem gratuita do Freepik com adaptação de Luiz Fernando Cardoso do Café com Jornalista



sábado, 3 de abril de 2021

Dimensão da tragédia pelo coronavírus

 Pra compreender a dimensão da tragédia que vivemos pelas mortes por Covid, pode ser feita uma comparação simples.

A cidade de Ponta Grossa, uma das maiores do Paraná, tem uma população de 355 mil habitantes (dados de 2020). 
 
A Covid matou no Brasil, até ontem, mais de 328 mil brasileiros e brasileiras. É como se a cidade de Ponta Grossa inteira tivesse deixado de existir.
 
Tomara que esse número não aumente, que a vacina cubra toda a população urgente e que a próxima comparação não seja a quantidade da população da cidade de Maringá, em torno de 420 mil habitantes.
 

 

quinta-feira, 1 de abril de 2021

"Caiu, é primeiro de abril"

 

Hoje é o dia da mentira. Eu lembro quando era criança e adolescente, a gente ficava preocupada com o que as pessoas falavam pois sempre podia ouvir aquela: "caiu, é primeiro de abril". A gente sabia que era uma mentira, mas era divertido cair.
O mundo mudou, com tanta fake news (notícias falsas), a brincadeira do primeiro de abril deixou de ter sentido.
Depois que pensei nisso, vi a postagem da querida Eliane Maio em que conta a saudade que sente de uma amiga que sempre a pegava com mentiras no primeiro de abril. Talvez por temos nascido no mesmo ano, nós duas tenhamos essa lembrança de um dia de brincadeiras, de um tempo em que não havia Internet, num tempo em que as informações não circulavam tão rapidamente com tanta quantidade que nunca se sabe em que acreditar.
Parece que o dia da mentira se transformou em "tempo todo da mentira". Claro que não vou romantizar o antigo dia da mentira, mas quem passou por isso, sabe que era, no mínimo, divertido e a gente se esbaldava de rir da criatividade das mentiras contadas.
Uma pena que passou, é como se uma pequena parte da inocência popular tivesse sido perdida, mesmo em meio a tantos problemas que sempre existiram, em todas as épocas.