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sábado, 17 de novembro de 2018
Sobre violência contra a mulher no Programa Cristina Calixto
quarta-feira, 14 de novembro de 2018
Dados da violência contra a mulher tem crescimento alarmante
Os dados sobre a
violência contra a mulher continuam alarmantes pelo crescimento exponencial.
Dados da OEA informam que a taxa de feminídios no Brasil é de 4,8 por 100 mil
habitantes, sendo a quinta maior taxa do mundo. No primeiro semestres de 2018
foram registradas mais de 70 mil denúncias no disque 180.
Os dados de 2017
indicam aumento de casos de estupros (com 60.018 vítimas), aumento de casos de violência doméstica (221.238
registros, ou seja, 606 casos por dia) e aumento do número de feminícidios, com 1.113 mulheres assassinadas.
No Paraná, os dados da Coordenadoria
das Delegacias da Mulher do Paraná mostram que houve aumento nos casos de
violência nos últimos três anos, como no item ameaça que passou de 4.746 em
2015, 7329 em 2016 para 7.948 em 2017; de lesão corporal, de 3468 em 2015, 4591
em 2016 passou para 6.342 em 2017.
Em 2017, 119 mulheres
foram assassinadas no Paraná, que foi o líder de notificações de feminicídio,
com uma média de 13 casos de assassinatos por mês. Em três anos, de março de
2015 a março de 2018, no Paraná, 464 mulheres foram assassinadas. Segundo
dados do Ministério da Saúde, entre 1996 e 2016 foram assassinadas 5.067 mulheres
no Paraná. Outro requisito que desponta no Estado, segundo relatório do
Ministério de Direitos Humanos, entre janeiro de 2017 e junho de 2018 foram
registrados 8.118 denúncias pelo Ligue 180.
Em Maringá, dados da
Delegacia da Mulher apresentam 2.130 ocorrências até outubro de 2018.
Um dado que chama a
atenção é que 43% dos homens ainda consideram que a mulher seja quem provoca a
agressão, ou seja, a vítima é vista como culpada da própria agressão ou morte
ocasionada por um ex-amor ou amor atual.
Os dados são importantes
para fornecer o quadro real da situação da violência contra a mulher. Mas, o
que fazer com esses dados e diante dessa violência que atinge nossas mulheres e
meninas.
Leis mais rigorosas
como a Lei Maria da Penha e a Lei do Feminicídio, aprovadas em 2006 e 2015,
respectivamente, nos governos Lula e Dilma, são efetivas ao punir com mais
rigor agressores e assassinos de mulheres. No entanto, mesmo com as leis mais
rigorosas e toda a rede de atendimento às mulheres vítimas de violência, homens
continuam matando e agredindo as mulheres.
A violência não
acontece de um momento a outro, os sinais vão sendo dados durante o
relacionamento, no qual a mulher envolvida não os percebe. Quando a mulher se
dá conta da situação, precisa reunir forças e, muitas vezes, sem o apoio da
família, começa a enfrentar uma grande batalha em defesa de sua vida.
Nos últimos relatos de
feminícidios chama a atenção a falta de envolvimento dos vizinhos e das famílias
ao ver e ouvir o pedido de socorro das vítimas, seguindo aquele comportamento
de “não meter a colher”, como se a situação fosse se resolver sozinha.
O “meter a colher” na
atualidade pode ser uma denúncia anônima, chamar a polícia, conversar com aquele amigo que maltrata a
namorada/esposa ou qualquer gesto que possa salvar a vida daquela mulher vítima
de um agressor.
O que não pode mais
existir é a omissão!
Tania Tait, 14/11/2018
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