Para compartilhar idéias!







sábado, 29 de setembro de 2018

Ato Mulheres contra Bolsonaro em Maringá


Milhares de pessoas foram as ruas, tambem em Maringa, em um ato pacifico contra o fascismo e pelo #elenao.

domingo, 16 de setembro de 2018

Política em nossas vidas

Política pra mim sempre foi sinônimo de trabalho pelo bem comum e alegria por ter a liberdade de participar com trocas de idéias e ações. Nunca gostei de " trogloditas " e violentos. Agora me deixa perplexa toda especie de homofóbicos,  racistas, preconceituosos e machistas. Dói muito saber que alguns que defendem violencia e o candidato violento possam conviver comigo que sou mulher, a filha mais velha que teve duas filhas que não somos fruto de "fraquejada" mas de amor,  que sou feminista, que sou casada com um homem negro, que tenho amigos e amigas de todas as cores, amores e formas, que sou petista e defendo a liberdade de Lula. Isso significa, pela lógica, que faço parte da fileira de pessoas que são odiadas por eles e elas.  Temo pelos meus e não por mim mas não podemos nos calar! Continuo firme! Quero o sorriso, capturado por minha prima-irmã Rose nessa foto, pra todo nosso povo. Por isso vou de Professor Haddad 13, pro Brasil feliz de novo. Vou feliz pelo direito de me expressar sem que me calem!

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Museu como paixão!

O incêndio do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, me lembrou  a minha trajetória com relação aos Museus.  Frequentadora de museus por todos os locais que visito, sempre tive a percepção de que museus nos mostram o passado para que possamos nos compreender enquanto povo. Aprendemos com os museus a valorizar o presente e a construir o futuro, eles nos entretem e ao mesmo tempo nos educam.
Nos início dos anos 1990, após anos ministrando a disciplina de Introdução à Ciência da Computação na UEM, para cujas aulas eu levava sempre material e fotos, no item do programa História e Evolução dos Computadores, para mostrar aos alunos como eram os equipamentos, sua capacidade e o período em que foram utilizados.
Depois de um tempo, me ocorreu que poderia colocar esse material num local e levar os alunos de Ciência da Computação e Informática para este local. Comecei a reunir os materiais, fotos etc e surgiu a idéia de criar um Museu. Fiz pesquisas a respeito, elaborei um projeto permanente de ensino e assim criamos o Museu do Computador da UEM, em 1996. O Museu atualmente está com acervo armazenado no Bloco C56-sala 21, no prédio do Departamento de Informática e pode ser visitado on line no site www.din.uem.br/museu
Na época, recebemos muitas doações de equipamentos, me lembro de um em especial, em que o contador nos cedeu o seu primeiro computador usado no escritório de contabilidade. Depois recolhemos peças do equipamento usado na UEM, O IBM. Não deu tempo de resgatar o equipamento todo. Fomos assim, colecionando peças como computadores usados nos anos 1980, impressoras, scanners, mouses e graças a um professor da área de hardware que nos auxiliou, organizamos, também, uma exposição de placas mãe e processadores. Organizamos, também, uma exposição de fotos advindas de acervo geral da UEM (antigo NURAV com a gentileza do fotografo Antonio Carlos Locatelli) e imagens fotografadas antes do desmanche do IBM.
Tempos depois, com a organização do acervo e o interesse dos alunos, tivemos a idéia de realizar exposição do Museu da UEM, no qual o acervo ficou armazenado por muitos anos. As exposições eram realizadas anualmente e chegaram a alcançar 3000 alunos das regiões Norte e Noroeste do Paraná e despertou o interesse da imprensa falada e escrita.
Muitos professores, inclusive, diziam que era bobagem guardar “tantas velharias” que seria mais interessante tratar de novas tecnologias. Fizemos as duas ações com o Museu.
Infelizmente, anos depois, o Museu da Bacia do Paraná precisou de espaço e nosso acervo ficou armazenado no Bloco 13, antes de mudar para o Bloco C 56. Fizemos solicitações para que o Museu do Computador permanecesse ali no Bloco 13, com porta aberta para a  passarela central e amplo acesso ao público, mas perdemos o espaço pela necessidade geral de outros cursos.
Uma atividade como o Museu do Computador da UEM não pontua na vida acadêmica e, portanto, os professores e alunos que se envolvem,  o fazem por gostar da atividade. Como resultados de produção, tivermos artigos e apresentação em Forum de Ensino e Extensão, ao tratar o Museu do Computador como recurso didático para a história e evolução dos computadores. Inclusive, aluno obteve bolsa de ensino, irrisória, mas uma avanço para a época. Fomos, também, citados em artigos de outras universidades. Tivemos uma parceria com o MUD (Museu Interdisciplinar da UEM), no qual colocamos algumas peças do acervo em local emprestado para o Museu do Computador.
Com um dos bolsistas fizemos a etapa de colocar o nosso Museu do Computador na Internet, para o qual fotografamos as peças do acervo e fizemos um catalogo de cada uma, que pode ser visto no site citado anteriormente www.din.uem.br/museu
Como era projeto de ensino, todo ano apresentávamos relatórios. Organizamos um mural de fotos e colocamos algumas pelas do acervo do Museu do Computador no corredor do térreo do Departamento de Informática.
Quando me aposentei como professora da UEM, uma das atividades que me deixou comovida foi deixar o Museu do Computador da UEM, mesmo sabendo que os professores que assumem, o fazem por gostar da atividade.
Escrevo pois fiquei comovida em deixar um museu simples como o Museu do Computador, de acervo regional e local. Agora, fico imaginando a dor das pessoas que atuam na grandiosidade do Museu Nacional, suas perdas irrecuperáveis, seus 200 anos de História, seu acervo inigualável...Uma tragédia para o país e para a vida das pessoas que se dedicam a essa relevante atividade de cuidar e organizar nossos museus.
Uma tragédia que poderia ter sido evitada...




Acervo do Museu do Computador da UEM, fotos do site: www.din.uem.br/museu

sábado, 1 de setembro de 2018

Lula me conquistou!


Estive em Curitiba nesse ano por três vezes: no dia da última aparição do Lula quando de seu depoimento em Curitiba que reuniu mais de 10 mil pessoas na Praça Santos Andrade; no dia do Trabalhador (a) e no última dia 28. Mas tinha visto o Lula em outras épocas, quando candidato em suas passagens por Maringá. Uma dessas vezes foi no Jardim Alvorada num comício que, em 1989, reuniu mais de 15 mil pessoas, com mães colocando seus bebês no colo de Lula, em confiança. Uma outra vez foi em uma Conferência Nacional de Mulheres em Brasília.
Nessa Conferência Nacional de Mulheres, mais de 2000 mulheres gritaram o nome de Lula, em reconhecimento às políticas públicas para mulheres implementadas em seu governo, a homologação da Lei Maria da Penha e a criação da Secretaria Nacional de Políticas para Mulheres. Num momento de folga fomos visitar o Palácio que Lula liberou para visitas monitoradas. Nos emocionamos ao ver o local onde ele despachava, a decoração do local e tudo o que rondava nosso imaginário de um presidente do povo recebendo pessoas do mundo todo. Ficamos orgulhosas de ver o Brasil ser colocado no cenário internacional, em pé de igualdade e como liderança.
Em todas as oportunidades que tive de estar em eventos pro-Lula, me intrigou o amor e a esperança que as pessoas depositam nele. Me intriga pois fui formada na idéia de que as organizações e os grupos e suas reivindicações devem mover a humanidade e não focar em pessoas, que se torna algo personalista.  As pessoas passam, as idéias e ações permanecem. 
No entanto, devo confessar que depois de tanto, ver, ouvir e julgar como aprendemos na Pastoral Universitária, lá dos anos 1980, agora em 2018, tornei-me fã desse ser humano que arrasta multidões em sua defesa, que é lembrado pelo povo como o Presidente de uma época em que o povo foi feliz. Um povo que compreende o termo “esquerda”  como algo que olha pra ele e busca melhorar sua vida.
No dia 09 de abril desse ano ouvi o depoimento de uma senhora sobre governos de esquerda que fiquei com vontade de contar pra Lula, pois sintetiza, de forma simples, a visão do povo que reconhece em Lula a expressão de tempos felizes.  
Ela me disse: “Só sei que nos governos de Lula e Dilma que consegui ter o que tenho, minha casa e o estudo dos meus filhos. Minha vida melhorou. Acho uma ingratidão não reconhecerem isso. São os governos de esquerda que olham para os pobres, para os que mais precisam”.  Ela expressou seus sentimentos e uma forma de compreender a realidade, pautada na promessa de campanha de Lula de que nenhum brasileiro ou brasileira ficaria sem três refeições por dia. E ele cumpriu a promessa, com políticas sociais que tiraram milhões de pessoas da miséria. Projetos destruídos pelo atual governo golpista que privilegia os donos do capital internacional em detrimento do povo brasileiro.
Quando Lula se entregou, eu pensava, : “não se entrega Lula, vá para o exílio, onde será bem tratado. Por favor, não confie na direita desse país, eles mostram a todo instante do que são capazes”. Sei agora que eu fazia parte de um coro, que no final cedeu a sua vontade. Imagino que Lula tenha razões fortes para ter tomado a decisão de se entregar e a respeito, mesmo discordando dela.
O que se segue após a prisão de Lula, nem preciso comentar, todos sabem: a rapidez em julgar e condenar, o processo falho, a prisão sem provas, o  caso tríplex desmascarado, os comentários a favor de Lula de juristas renomados, a determinação da ONU para que possa ser candidato e o impedimento de sua candidatura à presidente.
Vejo, agora, pessoas de todo o Brasil se revezando na Vigília Lula, ao lado da Política Federal em Curitiba, para não deixa-lo sozinho, como se o estivessem protegendo.
Costumo pensar, se Lula tivesse 5% estaria solto, mas como aparece em primeiro lugar em todas as pesquisas e não tem ninguém para derruba-lo, resolveram trancafia-lo e concretizarem o golpe, como nos dizeres daquele político, que foi gravado e divulgado: “com o supremo, com a imprensa, com o judiciário... com tudo”. E assim, se fez, para, no final, prejudicar o povo brasileiro em detrimento das oportunidades dadas por um país rico em petróleo.
Sabemos que não existe ideologia por trás do golpe, existe o Pré-sal e o mercado internacional. A suposta ideologia de direita, com toda falácia de livre mercado, livre concorrência e privatização das empresas públicas e da saúde e educação serve apenas para interesses financeiros e muito lucro para garantir a permanência no poder, em detrimento da qualidade de vida do povo.
E Lula está lá, impedido de fazer o que sempre gostou, andar pelo país e encontrar as pessoas. É tudo tão escancarado e vergonhoso que nem o fato de ter mais de 70 anos, o liberam pra ficar em casa, como fizerem como outros políticos.
As pessoas que não gostam de Lula podem discordar dele e de suas idéias, mas tem que admitir, que é inédito um político conseguir mobilizar tantas pessoas, com tanto amor e desprendimento em apoio a um líder, que já está na história, como a maior liderança do país.
Lula é preso político e ainda voltará para o colo do povo, onde é seu lugar.