Para compartilhar idéias!







quinta-feira, 14 de abril de 2016

De mim, por mim, "Nõ vai ter golpe! Dilma Fica"

"Perdi" amigos, amigas e parentes, mas não posso me eximir de defender a democracia depois de lutar a minha vida toda em defesa dos nossos direitos enquanto cidadãos e cidadãs. A minha formação me tornou ser assim, parte por eu ser assim mesmo, mas parte compartilho como Eduardo Galeano por eu ter lido "As Veias Abertas das América Latina", do Leonardo Boff por eu ter lido "O Pai Nosso", do Jorge Boran por eu ter lido seu livro "o Senso Crítico", do Jorge Amado por eu ter lid...o "Subterrãneos da Liberdade", da feminista Rose Marie Muraro, da Rosa Luxemburgo, da Pastoral Universitária, do movimento estudantil, de D. Helder Câmera, do Frei Beto, do Pe Lorenço, do Pe. Julio, de todos e todas que lutaram contra a ditadura militar e de companheiros e companheiras que lutam, sempre, pela democracia, por justiça e liberdade.
Não vai ter Golpe! Dilma Fica!

domingo, 10 de abril de 2016

O amor e a vida de Sapopema a Curitiba.


Sexta-feira e sábado tive a oportunidade de estar em dois lugares diferentes: Sapopema e Curitiba. Sapopema, no interior do Paraná, possui quase 7.000 habitantes e é conhecida por suas cachoeiras. Curitiba é a capital do Paraná, com seus quase 2 milhões de habitantes. Duas realidades distintas em dois eventos igualmente distintos que me fizeram pensar no muito que podemos fazer para melhorar, cada vez mais, nosso Brasil e nosso mundo. Também, me fizeram pensar na força de mulheres e homens, jovens e idosos na luta diária pra construir um mundo melhor pra vivermos.
Em Sapopema, participei da reinauguração da Casa Familiar Rural Pe Sassaki. Trata-se de uma escola para filhos de pequenos produtores, assentados da reforma agrária, entre outros.  A escola tem parceria com Igreja Católica, governo federal, estadual e municipal, além de ter recebido verbas para reformas de emendas da Senadora Gleisi Hoffman (PT) e do Deputado Federal Enio Verri PT). Ali estavam adolescentes que participam de uma pedagogia chamada pedagogia da alternância em que combinam as aulas com o tempo da colheita nas pequenas propriedades das suas famílias. No evento, muitos parceiros e a participação dos alunos, conscientes do seu papel, ensinado na escola, com o envolvimento da comunidade. Conheci o Pe Sassaki que dá o nome para a escola, um senhor com quase 80 anos, que se anima no trabalho com a juventude. Ouvi de outro padre, agradecimento ao ex-deputado André Vargas, que segundo ele, errou, mas que sempre ajudou aquela comunidade e não se pode cuspir no prato que comeu.  
Em Curitiba, participei da palestra do sociólogo Emir Sader, defensor do “Fica Dilma e não ao golpe”. O professor, com mais de setenta anos de idade, falou sobre o mundo, as relações de poder, a mídia brasileira e o significado dos governos Lula e Dilma para a melhoria da vida do povo brasileiro. Também, comentou sobre algumas áreas em que o governo deve atuar como a regulação das comunicações, a reforma política e de Estado. Ali estavam professores e professoras, lideranças feministas, sindicalistas, estudantes, servidores públicos, entre outros, num sábado pela manhã, saboreando a experiência de um militante de esquerda que passou pela ditadura militar e pela redemocratização do Brasil. E, como brasileiro que é, não desisti nunca.
Nos dois eventos foi pedido um minuto de silêncio pelos dois militantes do MST mortos pela política do Paraná, na luta pelo direito a terra e a vida.
Na minha visão, o que une os dois eventos é a vontade das pessoas de fazer do mundo um lugar com mais justiça, igualdade e promoção do ser humano. Em nenhum dos eventos, eu ouvi ou vi, o incitamento ao ódio ou discursos de raiva. Pelo contrário, fui tomada pela emoção de saber que em cada canto do mundo, ainda existem pessoas, que com seu trabalho, sua fala ou qualquer pequena ação, prega o amor e a vida, seja no campo ou na cidade.




 

domingo, 3 de abril de 2016

Os vereadores, a violência contra a mulher e a política.



Além de tirar fotos com camisetas presenteadas pela Secretaria da Mulher, com os dizeres “Violência contra a mulher: sou contra”, os vereadores de Maringá tiveram contato em várias ocasiões com a temática em questão.
 Na gestão anterior da Câmara, o Forum Maringaense de Mulheres participou de sessões da Câmara para falar sobre a violência contra a mulher em duas ocasiões. Na primeira, o Forum foi convidado para fazer uso da tribuna, quando apresentou dados da violência e a situação da mulher vítima de violência em Maringá e  no Estado do Paraná.
Na segunda oportunidade, o Forum foi convidado para apresentar no "Fala Comunidade". Ressalta-se que permaneceram presentes durante todo o evento, os vereadores Humberto Henrique (PT), Mario Verri (PT), Carlos Maiucci (PT) e Ulisses Maia (PDT). Alguns vereadores passaram pelo local por alguns minutos e não permaneceram.
No episódio que envolveu o vereador Luizinho Gari, preso por denúncia pela Lei Maria da Penha, por ameaças a sua ex-esposa, os vereadores da Câmara Municipal tiveram a oportunidade de colocar na prática tudo que ouviram, principalmente no convite para usar a tribuna pelo Forum, quando todos estavam presentes. Falta de informação certamente não foi. Poderiam os 9 vereadores que votaram contra a comissão de ética para o vereador agressor terem considerado todas as discussões travadas nos eventos citados em que a violência contra a mulher foi realizada, inclusive com propostas do Forum Maringaense de Mulheres para a cidade de Maringá.
Então, se não foi falta de informação, certamente o componente “política” direcionou a votação desses 9 vereadores que compõem a base do prefeito, da qual o vereador agressor preso faz parte. Os vereadores ignoraram o pacto realizado em todo o Brasil pelo fim da violência contra a mulher, ignoraram as próprias discussões travadas na casa de leis e, acima de tudo, ignoraram a reivindicação das mulheres para dar um basta na violência contra a mulher. 
Postura diferente tiveram os 4 vereadores que votaram a favor da instauração da comissão de ética, Humberto Henrique (PT), Mario Verri (PT), Flavio Vicente (Rede) e Ulisses Maia (PDT) que compreenderam a grave situação que é a violência contra a mulher diante da qual  a sociedade não pode ficar calada.
Lamentável a postura desses outros 9 vereadores que tiveram a grande oportunidade de contribuir para o fim da violência contra a mulher mas, ao invés disso, “passaram a mão da cabeça do agressor” como se o que ele fez não fosse crime, mesmo estando previsto na Lei Maria da Penha, que completa 10 anos de uso, em agosto de 2016.
Tirar foto com camiseta é fácil, ser contra a violência contra a mulher de verdade, é outra história.