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terça-feira, 21 de setembro de 2021

Descontinuidade administrativa: quem paga somos nós!


Quando cursei doutorado, estudei sobre sistemas de informação no setor público e me deparei com o tema descontinuidade administrativa. A partir daí,  comecei a observar mais a situação.

As referências eram direcionadas aos administradores que assumem os governos e mudam as marcas, programas e projetos. Com o intuito de apagar a imagem do gestor anterior trocam a marca do setor nas obras, nos programas etc. Às vezes, chegam a cancelar os programas anteriores que davam certo trazendo melhorias para a população.

Essa troca toda gera gastos, pagos com nossos impostos, ou seja, nós quem pagamos por esse gasto desnecessário, mas que na política é extremamente comum.

Um exemplo emblemático dessa situação são as construções na Universidade Estadual de Maringá (UEM). Mantida pelo governo do Estado, as obras paradas chamam a atenção de que passa pela UEM. Anos a fio, os esqueletos dos prédios continuam por lá, sem continuidade, sem explicação. Apenas estão lá, misturados a paisagem.

Quando, se por ventura, essas obras forem concluídas, muitas partes terão de ser refeitas, ocasionando assim mais gastos do que os previstos inicialmente.

Seja com financiamento da Caixa Econômica, do BNDES, ou qualquer outra, no final das contas, quem paga a conta é o povo.

As fotos são do campus da UEM. A construção seria a Casa do Estudante e está assim por muitos anos. Fotos tiradas em 18/09/2021

 

domingo, 19 de setembro de 2021

Pés de frango: uma afronta ao povo brasileiro


 Nem sei explicar o sentimento que deu quando vi essa exposição de pé de frango no mercado. Lembrei que antigamente o pé de frango era usado pra sopa. As pessoas nem compravam, muitas vezes ganhavam os pés de frango. Chega a ser ofensivo e cruel, uma mercado colocar esses pés a venda. Parece que estão rindo da cara do povo brasileiro que anos atrás podia escolher o que comer. Tem mais uma cena triste: pessoas pedindo esmola nas portas dos mercados, além dos semáforos.

Como pudemos regredir tanto?

Quer saber, nem quero ouvir falar em terceira via. Vou de Lula 2022. Sei como era e sei como está agora. 

 #Lula2022

@lulaoficial 

@maringacomlula

quinta-feira, 16 de setembro de 2021

As Fake News na pandemia e a exclusão digital


 

O contexto social que marca a atualidade desde o início do ano 2020 é a crise sanitária, econômica e política provocada e aumentada pela pandemia da Covid-19. Trata-se de uma pandemia que assombrou o mundo e trouxe à vida das pessoas o medo da morte, os cuidados contra o contágio e a necessidade de vacina. Governos do mundo todo se alinharam no combate ao novo coronavírus com esforços para conter sua propagação.

Infelizmente, esse combate ao coronavírus não aconteceu da mesma forma em todos os países. O Brasil é visto como um exemplo mundial de negacionismo no combate a doença tendo como principal protagonista o próprio Presidente da República (O ESTADÃO, 2021). O negacionismo com a recusa em usar máscaras, promover a aglomeração, atrasar a compra das vacinas foram medidas tomadas pelo governo federal acompanhadas por uma rede de notícias falsas (as famosas Fake News) que causam desinformação, distorção dos fatos e levaram milhares de brasileiros e brasileiras à morte pela doença.

Para o Projeto Eleições sem fake (UFMG, 2021): “É razoável supor que uma campanha de desinformação maliciosa pode tentar maximizar o público alvo de uma história falsa compartilhando-a em grupos públicos existentes no Whatsapp”.

Além das demais plataformas de redes digitais sociais, a plataforma Whatsapp cria grupos e faz com que as mensagens cheguem individualmente para cada pessoa. O fato de chegar de forma privada e individual impede a investigação do alcance dessas notícias diferente do que acontece em redes como Facebook ou Instagram que estão visíveis, senão ao público geral, ao menos para o público do contato.

No contexto da pandemia, os exemplos apresentados no relatório da Pesquisa do Monitor do Debate Político no Meio Digital (Monitor Digital, 2021) são assustadores com relação à disseminação de notícias falsas que negam a doença ou sugerem não ser necessárias práticas de higiene.

Ao realizar uma análise dos exemplos apresentados pode-se trazer à tona os elementos tratados por Méo (2021) tais como a exclusão digital e os aspectos cognitivos e linguísticos.

No tocante à exclusão digital, agravada durante a pandemia (REDE BRASIL ATUAL, 2021) tem uma das formas de sua expressão que é o analfabetismo digital combinado no Brasil com o analfabetismo funcional (Todos pela educação, 2018) que faz com que as pessoas não compreendam um texto e executem apenas as operações básicas.

Dessa forma, um dos aspectos da exclusão digital, o aspecto linguístico indica que: “nos conteúdos mais precisos e abrangentes em inglês, quem não domina o idioma, fica sem saber. Em português somente escrito, quem não domina a leitura não compreende a mensagem” (MÉO, 2021).

As fake news articuladas por grupos que as usam, principalmente, de forma política (GLOBO, 2020), sabem como influenciar essas pessoas fazendo com que elas acreditem nas mentiras propagadas e, também, as disseminem como se fosse verdade. Se a pessoa está enquadrada na categoria analfabeto funcional, dificilmente, ela irá pesquisar para saber a veracidade do fato apresentado.

 

Para conhecer mais sobre o tema indico os textos abaixo que foram usados para compor um trabalho de uma disciplina do curso de jornalismo:

GLOBO. Inquérito das fake news: veja quem são os investigados e como funcionaria estrutura. Reportagem no O Fantástico. 14 min Exibição em 31 mai 2020

Disponível:

https://globoplay.globo.com/v/8593057/?fbclid=IwAR0ke_t9jZNT4TlJeEUuZ2Hf4ZMESE8wq52Sb4t7IxKqWSenZgWTMV_BPZ8

Data de acesso: 29/06/2021

MÉO, Izabel. Gestão das Mídias Digitais. Slides 2, Unidade 1. Material Didático. Maringá: Uninga, 2021.

Monitor Digital. Projeto Monitor digital no debate político.

https://www.facebook.com/monitordodebatepolitico/

Data de acesso: 30/06/2021

 

O ESTADÃO. Bolsonaro está na contramão do mundo no combate à Covid. 22/02/2021.

Disponível: https://www.estadao.com.br/infograficos/politica,bolsonaro-esta-na-contramao-do-mundo-no-combate-a-covid-19,1154756

Data de acesso: 29/06/2021

Rede Brasil Atual. Exclusão digital no Brasil se agravou durante a pandemia. 01/04/2021

Disponível:

https://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/2021/04/exclusao-digital-no-brasil-se-agravou-durante-a-pandemia/

Data de acesso: 29/06/2021

 

Todos pela educação. 3 em cada 10 brasileiros não conseguem entender este texto. 12/11/2018.

Disponível: https://todospelaeducacao.org.br/noticias/inaf-3-em-cada-10-brasileiros-nao-conseguiriam-entender-este-texto/

Data de acesso: 01/07/2021

 

UFMG. Projeto Eleições sem fake. Departamento de Ciência da Computação. Universidade Federal de Minas Gerais UFMG). 2021

Disponível: http://www.eleicoes-sem-fake.dcc.ufmg.br/?sction=home#members

Data de acesso: 30/06/2021