Duas reportagens veiculadas durante a semana chamaram a atenção em paralelo ao avanço do coronavírus. A primeira reportagem trata do aumento de casos de registro de ocorrências em Maringá que aumentou 15% desde que foi decretada a quarentena. A outra reportagem apresenta dados sobre o aumento de 9% de ocorrências em São Paulo no período da quarentena.
Agressões físicas, verbais
e sexuais foram as ocorrências mais registradas. Parece que os agressores se
sentiram a vontade pra praticar violência pelo impedimento de sair de casa, no
entanto, a Lei Maria da Penha continua em vigor e a rede de atendimento às
mulheres vítimas de violência se organizou para continuar atendendo neste
período, prevendo com antecedência que esse aumento poderia crescer.
As mulheres, além de
todos os afazeres que o isolamento necessário provoca, ainda precisam lidar com
a violência cometida em seus lares. Também, os Conselhos Tutelares estão
atentos à violência doméstica que atinge também as crianças.
As Delegacias da Mulher
estão atendendo tanto no local, como pela Internet ou telefone. As Varas de
violência Doméstica também disponibilizam atendimento para que as mulheres não
fiquem desamparadas. As prefeituras com seus setores estão alertas e as
entidades não governamentais estão realizando atividades para proteger e auxiliar
as mulheres.
Portanto, não é porque
existe o isolamento social que as mulheres em situação de violência não terão
como buscar ajuda. Pelo contrário, a rede de atendimento continua funcionando.
É preciso aciona-la sempre que for necessário.
O Disque 180 é uma das formas
de buscar ajuda. As denúncias anônimas também podem continuar sendo realizadas.
As mulheres precisam se
isolar para não se contaminar pelo coronavírus mas não precisam se isolar
quando sofrem violência. As mulheres precisam buscar ajuda e apoio para superar essa fase
difícil que se torna mais complicada combinada com a violência doméstica.
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