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sábado, 4 de abril de 2020

Violência contra a mulher em tempos de coronavírus


Duas reportagens veiculadas durante a semana chamaram a atenção em paralelo ao avanço do coronavírus. A primeira reportagem trata do aumento de casos de registro de ocorrências em Maringá que aumentou 15% desde que foi decretada a quarentena. A outra reportagem apresenta dados sobre o aumento de 9% de ocorrências em São Paulo no período da quarentena.

Agressões físicas, verbais e sexuais foram as ocorrências mais registradas. Parece que os agressores se sentiram a vontade pra praticar violência pelo impedimento de sair de casa, no entanto, a Lei Maria da Penha continua em vigor e a rede de atendimento às mulheres vítimas de violência se organizou para continuar atendendo neste período, prevendo com antecedência que esse aumento poderia crescer.

As mulheres, além de todos os afazeres que o isolamento necessário provoca, ainda precisam lidar com a violência cometida em seus lares. Também, os Conselhos Tutelares estão atentos à violência doméstica que atinge também as crianças.



As Delegacias da Mulher estão atendendo tanto no local, como pela Internet ou telefone. As Varas de violência Doméstica também disponibilizam atendimento para que as mulheres não fiquem desamparadas. As prefeituras com seus setores estão alertas e as entidades não governamentais estão realizando atividades para proteger e auxiliar as mulheres.

Portanto, não é porque existe o isolamento social que as mulheres em situação de violência não terão como buscar ajuda. Pelo contrário, a rede de atendimento continua funcionando. É preciso aciona-la sempre que for necessário.

O Disque 180 é uma das formas de buscar ajuda. As denúncias anônimas também podem continuar sendo realizadas.

As mulheres precisam se isolar para não se contaminar pelo coronavírus mas não precisam se isolar quando sofrem violência. As mulheres precisam buscar ajuda e apoio para superar essa fase difícil que se torna mais complicada combinada com a violência doméstica.


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