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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Por que as mulheres são o alvo principal da reforma da previdência?


A conta é simples. As mulheres são a maioria da população brasileira e ocupam 45% dos postos de trabalho. No entanto, são as que mais tem interrupções nas suas carreiras e são as primeiras a serem demitidas quando as empresas querem “cortar gastos”.
A situação da mulher no mundo do trabalho mostra que: a taxa de desemprego é maior entre as mulheres, as piores condições de trabalho e falta de reconhecimento são para as mulheres e sofrem com assédio sexual e moral no local de trabalho. No caso específico das mulheres negras, elas entram no mercado de trabalho precocemente e recebem os menores salários.  Além de tudo isso, muitas mulheres são provedoras e chefes de família.
Por terem cultura de ir mais em médicos e se cuidarem mais, a expectativa de vida das mulheres é maior do que a dos homens. Por outro lado, por serem mais vulneráveis, as mulheres são as que mais recebem o BPC (Benefício de Prestaçáo Continuado) destinado as pessoas que não possuem condições financeiras.
Pronto, aí está o prato cheio para os capitalistas banqueiros da previdência privada que enxergam nas mulheres uma clientela potencial, por ser a maioria da população e ser mais vulnerável às mudanças no mundo do trabalho.
Se as mulheres tem mais interrupções na carreira do que os homens, certamente terão mais dificuldades para se aposentar e, por trabalharem com dupla ou tripla jornadas no cuidado da casa, das crianças e idosos da família, as mulheres apresentarão mais doenças tais como varizes, tendinites, problemas de coluna, entre outras que as impediram de trabalhar.
Junte-se a isso, a menopausa e seus sintomas após os 50 anos de idade, em média, para se formar um quadro de impedimentos para o trabalho, o que torna as mulheres mais vulneráveis.  Por sua vez, atividades como professoras, na área de saúde, no trabalho doméstico ou na área rural são mais exaustivas e exigem condições especiais de aposentadoria.
A crueldade da reforma da previdência é notória. Talvez usem aquela máxima de “colocar o bode na sala” e depois retirar para ver que o ambiente ficou mais arejado. Ou seja, propõem crueldades e, depois, negociam e aprovam exatamente o que queriam. No fundo e na prática, nunca foi para garantir a previdência para toda a população brasileira, sempre foi para atender o mercado, cada vez mais guloso e sem escrúpulos.
Não é a toa, que a reforma proposta é chamada de “reforma da morte” pois não dá garantias de que o trabalhador e a trabalhadora atinjam o tempo para que possam usufruir da aposentadoria com dignidade e qualidade de vida. Morrerão antes!



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