Nos anos 1980 tivemos o
surgimento do vírus da AIDS-HIV. Primeiro pensava-se que o contágio se dava
apenas entre homossexuais. Depois, apareceu o contágio entre hemofílicos e em
transfusões de sangue até que não existe mais grupos de risco e sim grupo de
exposição ao vírus. A camisinha passou a ser acessório obrigatório em qualquer
forma de amor mesmo com a chegada do coquetel e remédios que amenizam a doença.
Perdemos muitas pessoas
nos anos 1980 e 1990, desde grandes artistas como Fred Mercury e Cazuza até
anônimos amigos queridos. O vírus HIV deixou de ser número e passou a ter rostos
e nomes.
Atualmente, as pessoas
portadoras de HIV conseguem sobreviver, sempre com acompanhamento e cuidados,
no entanto o vírus está aí. Pesquisa
recente mostrou que mulheres grávidas têm sido as mais infectadas por doenças
sexualmente transmissíveis (entre elas, o HIV) com possibilidade de transmissão
aos seus bebes.
Os governos pararam de
fazer campanhas de combate a AIDS como se ela não existisse mais. Mas, sabemos
que o vírus da AIDS continua pelo mundo. Alguns governos transmitem a mensagem
de que é problema de quem faz sexo sem proteção e corta verbas para prevenção e
assistência.
Nos anos 2000, nos
debatemos com a busca de cura da gripe A (H1N1), quando aprendemos a lavar as mãos,
não coçar os narizes e a cobrir o rosto quando tossir ou espirrar. Com o
surgimento da vacina, aprendemos a nos vacinar. No meio de tudo, ainda
convivemos com a dengue, com doenças como tuberculose e hepatite, com doenças
sexualmente transmissíveis, entre outras.
E agora, em 2020, nos
deparamos com um vírus novo e avassalador, o coronavírus ou COVID-19, o qual se
espalhou assustadoramente pelo mundo todo, com milhares de morte e contágios.
O acessório necessário passa
a ser a máscara e a medida para evitar a doença, passa a ser o isolamento
social. Da mesma forma que no período do surgimento da AIDS, há o negacionismo
e o direcionamento a um grupo de risco. No entanto, muito mais rápido, o
coronavírus mostra que não existe grupo de risco. Todos são grupos de risco, o
que existe é grupo de exposição ao vírus.
Infelizmente, o governo
brasileiro, que optou por não fazer campanhas de prevenção de doenças sexualmente
transmissíveis, como se fosse responsabilidade individual, age da mesma forma
irresponsável diante desse coronavírus mortífero.
Ao subnotificar casos, a
não preparar hospitais com equipamentos e profissionais, ao boicotar o
isolamento e a negar a existência do coronavírus, o governo nega a gravidade da
situação e leva milhões de brasileiros à morte. Esse comportamento influencia pessoas que são seguidoras do governo
que, em nome de manter a economia, prefere perder vidas brasileiras.
No fechamento deste
artigo, o Brasil que possui mais de 200 milhões de habitantes tem mais mortes
por coronavírus que a China que possui 2 bilhões de habitantes.
Ontem, 28/04/2020, o
presidente do Brasil, ao ser questionado sobre o aumento de mortes no país, que
passou dos 5.000 mortos, respondeu “E daí, lamento, quer que eu faça o que? Eu sou Messias, mas não
faço milagres”.
Eu, como brasileira e
cidadã do mundo, respondo pra você presidente, já que você não respeita nem os
votos, nem a vida de quem o elegeu:
Por apoio humanitário, por respeito
aos doentes e mortos pelo coronavírus e suas famílias, pelos profissionais de
saúde e cientistas que atuam no combate ao coronavírus, por mim, por nossas
famílias e amigos, por todos e todas nós, pelo povo brasileiro, eu VOTO:
#ForaBolsonaro e leve seu vice, sua família e sua turma
com voce!