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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Mundo dos Homens e a Política

Ao pesquisar a história das mulheres depara-se com a mulher ocupando sempre um espaço subalterno, seja qual for a cultura, a classe social ou grau de escolaridade. Em alguns povos, a situação é de invisibilidade da mulher, em outras é um machismo camuflado. O Brasil está classificado como um país de “machismo camuflado”, pois nossas mulheres trabalham, estudam e participam de quase tudo, no entanto são violentadas, assassinadas e desprestigiadas em funções de tomada de decisão. Temos altos índices de violência contra a mulher, elevação no índice de escolaridade e mínima participação na política, ou seja, ao mesmo tempo que estamos mais qualificadas, contraditoriamente, estamos sendo violentadas e com menor participação nos espaços de poder. Por isso, a vitória da Dilma Roussef para Presidenta do Brasil é um marco na nossa história, remando contra a maré do machismo reinante na política. Historicamente, a eleição de nossas mulheres é resultado de herança eleitoral do pai, marido, irmão etc. Nos últimos anos, entretanto, esse perfil tem mudado e começam a surgir mulheres originárias de movimentos sociais sem vínculo de herança eleitoral familiar. A política que, também é palco de supremacia masculina no espaço de tomada de decisão, renega às mulheres o papel de observadoras e executoras das atividades operacionais. Para as mulheres que alcançam os espaços de poder, a trajetória não é fácil, pois, além de ter que mostrar maior competência que os homens, as mulheres ainda são alvo de piadas de mau gosto e comentários desabonadores. Nesse espaço masculinizado, nada nos é dado. As nossas conquistas são obtidas com muito esforço, dedicação e persistência, o que nos leva a refletir que ainda falta muito para que realmente possamos ter uma democracia plena, com a participação efetiva das chamadas minorias (mulheres, movimento negro, movimento LGBT, entre tantos) que lutam por garantir seus direitos.

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