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sábado, 12 de junho de 2010

Carta Aberta à População: Movimento em Defesa do Patrimônio Público e da Democracia

É direito de todo cidadão ter acesso a informação e à verdade, ouvir os dois lados de uma questão para ter sua própria opinião. Isto se chama liberdade.

Mas não foi isto o que aconteceu em relação ao prédio da antiga Rodoviária de Maringá. Muitos não sabem o que realmente aconteceu, não sabem por exemplo que os lojistas já tinham a sua poupança para fazer a reforma e há apenas um dia antes da assembléia para aprovar o projeto a prefeitura interditou o local dizendo que o prédio era inseguro.

De um dia para o outro lojistas ficaram sem o seu comércio, trabalhadores sem emprego e proprietários sem o seu aluguel, que para alguns destes era o seu sustento. Eles entraram na justiça, houve perícia, passaram-se 3 anos e foi comprovado que a construção era segura. A prefeitura perdeu a ação, mas como o verdadeiro objetivo dela não era a segurança do local, no mesmo dia entrou com a ação de desapropriação, alegando a necessidade de revitalização do local.

Realmente o local precisava ser revitalizado e isto poderia ser feito pelos proprietários e a prefeitura juntos. Mas por que isto não ocorreu? Por que ela não propôs isto aos lojistas?

Qual o verdadeiro interesse do prefeito nesta desapropriação?

Lembre-se que de que no uso de seu poder ele não fez nada para melhorar o local, pelo contrário promoveu a sua deterioração e pagou várias matérias na imprensa para influenciar e manipular a opinião pública contra este espaço, associando o prédio aos problemas sociais, uso de drogas e prostituição.

Há um ditado popular que diz: “Quem desdém, quer comprar”. É o que acontece. No coração da cidade o local da Rodoviária passou a ser cobiçado pela especulação imobiliária e empresarial. Este local não podia pertencer aos seus “pequenos proprietários”, vários deles pioneiros, viram as pessoas chegando e saindo, as acolhiam e atendiam suas necessidades. Antes mesmo da desapropriação outros “empreendedores” , amigos do prefeito, já tinham o projeto pronto para o local: dois edifícios de mais de 30 andares.

Em várias cidades do Brasil a Estação Rodoviária vira Mercado Municipal, Museu ou Centro Cultural, preservando a história da cidade e tornando-se local de encontro e turismo. Muitos defendiam este projeto para a antiga Rodoviária de Maringá. Por se tratar de um espaço privado mas de interesse público. Por lei deveria existir uma Conferência Pública para se ouvir as diferentes opiniões, consultar técnicos e especialistas para se tomar a decisão, dentro princípio legal e democrático. Por que isto não ocorreu?

A prefeitura fez o depósito judicial de 5,5milhões para se apropriar da quadra da Rodoviária ao invés, por exemplo, de construir no terreno vazio que tem do outro lado do terminal. Para lá já esta aprovado, há 8 anos, a construção de um Centro Cultural. A prefeitura paga altos aluguéis para ter instalado vários órgãos, como por. ex. o Procon, a SASC, Conselho Tutelar, CRAS, etc. Dizia não ter recursos para adquirir um imóvel.

A atenção à Crianças e Adolescentes deveria ser prioridade, mas no entanto faltam locais e projetos para atender esta demanda. O número de crianças e jovens que fazem uso de drogas (crack) é cada vez maior e em Maringá não há orçamento para a prevenção e tratamento suficientes.
O que voce acha que deveria ser feito com este dinheiro?

Voce acha que Maringá precisa de mais prédios? Que isto não vai piorar os congestionamentos?
Voce acha justo tirar dos pequenos proprietários para passar aos grandes?

ABRA O OLHO MARINGÁ!

Movimento em Defesa do Patrimônio Público e da Democracia.

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