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segunda-feira, 11 de julho de 2022

Evento do Movimento Infância e Adolescência comemora os 32 anos do ECA


            No dia 13 de julho, na sede da OAB Maringá acontece o evento em comemoração aos 32 anos do Estatuto da Criança e Adolescência (ECA), realizado pelo MIA - Movimento da Infância e Adolescência com apoio da OAB. Como palestrantes estarão: o Prof. Dr Ailton José Morelli (UEM ex secretário municipal de assistência social) e a Profa. Dra. Ana Claudia Pirajá Bandeira (UEM e OAB).

           O grupo MIA foi criado em Maringá em 2021. Segundo a presidente do movimento, Cris Tazinafo, o MIA nasceu diante da ausência de representação de um movimento em prol da defesa e proteção integral dos direitos das crianças e adolescentes. O objetivo do MIA é garantir que os direitos das crianças e adolescentes não sejam violados.

           A presidente do movimento destaca que o ECA prevê às crianças e adolescentes os direitos à vida, à saúde, à alimentação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à educação, à cultura, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária. Pela lei: crianças são indivíduos com até 12 anos incompletos e adolescentes, indivíduos entre 12 e 18 anos.

             As inscrições podem ser feitas em @movimentomia. O evento é aberto ao público.

terça-feira, 5 de julho de 2022

Despertai, Mulheres!

Nos anos 1920 e 1930, no auge da luta das mulheres pelo direito ao voto, a imprensa atacava as feministas, de forma jocosa e feroz. Charges e textos exaltando o feminino como valor e o perigo das mulheres votarem e terem o poder de decisão  eram constantes. As mulheres conquistaram o direito ao voto, em 1932 e depois em 1946, de forma ampla e não trocaram a “lingerie pelo casacão masculino” como temiam alguns homens. Com a abertura democrática em 1985, novas leis surgiram tais como lei de incentivo à mulheres na política, de proteção social, combate à violência, entre outros.

Entretanto, a partir das eleições 2018, algo mudou no país de forma que, em muitas situações, parece que se voltou no tempo, para os anos 1970 ou pior, 1920. As mudanças, principalmente, com relação às mulheres, negros, indígenas e LGBTQIA+ mostraram  uma face machista, misógina, racista e homofóbica que se escondia pelos subterrâneos brasileiros. Junte-se a isso, as barbaridades ditas pelo presidente da república, incentivando o ódio e o armamento da população.  No entanto, as barbaridades não param por aí, pois extrapolam as falas e entram na seara governamental, onde revelam o que realmente deseja o governo, restringindo os direitos das pessoas a uma vida digna.

Não se enganem, o armamento interessa aos grandes fabricantes de armas e aos criminosos e, segundo dados da Segurança Público, os maiores alvos de assassinatos tem sido as mulheres e os negros. Indo mais além, o ataque aos indígenas e quilombolas chamando-os de preguiçosos e vagabundos, tem como alvo a invasão de suas terras, como tem ocorrido pela busca de ouro e outras pedras preciosas, a devastação da floresta para a pecuária e a monocultura. Ali, atacam as indígenas de todas as idades, estuprando-as e matando-as.

Especificamente no tocante às mulheres, a situação se dá tanto pelas falas do presidente como ações de governo.  As falas machistas e misóginas do presidente da república ocorrem a todo instante. Mas, não é de agora, quando deputado ele soltou os inconvenientes “comia gente” (com dinheiro público), “tive quatro filhos, no quinto deu uma fraquejada e veio mulher”, “não contrataria mulher porque ela engravida” e a absurdamente machista, asquerosa e misógina “você não merece ser estuprada porque é muito feia” dita à uma deputada federal petista. O que ele quis dizer com esses exemplos encontrados fartamente em jornais, é que as mulheres não são importantes e as  desqualifica pessoal e profissionalmente. Se ele trata a filha como uma fraquejada e as aliadas tirando-as da primeira fila, mesmo que sejam de primeiro escalão, imagine o que ele não faz com as adversárias políticas e as demais mulheres..

Não se enganem mulheres, as falas do presidente acompanham as ações governamentais que penalizam o público feminino.

A redução do orçamento federal do combate à violência contra a mulher, a não realização de 63% do orçamento das políticas públicas para as mulheres, o ataque ao aborto legal por estupro, o incentivo ao armamento e  a tentativa de retirada de direitos das grávidas são a expressão do machismo e do ódio às mulheres propagada pelo governo.

Não é à toa que os casos de assédio e importunação sexual aumentaram no ano de 2021. Não é por caso que aumentaram os casos de feminícidio. O incentivo vem das autoridades que influenciam alguns homens que passam a pensar e agir como eles, inclusive com a omissão ou apoio de certos religiosos e políticos que usam o nome de Deus em vão, ignorando as atrocidades cometidas contra as mulheres e demais alvos de ataques do governo.

Mulheres, pensem e reflitam a respeito!

Despertai, Mulheres! O que um governante fala, é transformado em ações e no caso atual, retiram os direitos das mulheres conquistados ao longo do tempo.

Despertai, mulheres! Não permitamos que nos tratem como acontecia em 1920. O mundo mudou, nós evoluímos. Exigimos respeito e políticas públicas que nos deem qualidade de vida.  Certamente, um governo que odeia e desrespeita as mulheres não nos interessa!


 Foto: Última Conferência Nacional de Políticas Públicas para Mulheres, realizada em 2016.

domingo, 3 de julho de 2022

Documentário "O Silêncio das Rosas" e as emoções diante da violência

     Um dia recebi uma mensagem do Eliton Oliveira, diretor do documentário O Silêncio das Rosas. Na mensagem ele escreveu que a secretária da mulher Terezinha Pereira passou meu contato, que ele estava realizando um documentário e gostaria de me convidar para ser entrevistada e falar da Ong Maria do Ingá- Direitos da Mulher. Eu fiz perguntas, claro, como sempre. Um dos comentários do Eliton: - Eu e minha equipe queremos que seja um documentário emblemático, que consiga trazer à tona as histórias de violência e luta de muitas mulheres e todos aqueles que estão ao redor policiando e auxiliando.

     O diretor Eliton colocou no roteiro, além dos depoimentos das vítimas, pessoas e entidades que combatem a violência contra a mulher, no setor público e nos movimentos sociais. No setor público, por meio de organismos como Secretaria da mulher, Patrulha Maria da Penha, Delegacia da Mulher, entre outros. No movimento social, a visão do machismo estrutural, do antes e depois da Lei Maria da Penha e a necessidade da mulher buscar ajuda. Foi nesse ponto que a Ong Maria do Ingá entrou, com a minha participação.

Logo, a equipe dele entrou em contato, ele me enviou algumas perguntas, a responsável pela imagem enviou mensagem sobre cores de roupas etc. No dia marcado fui lá. O "lá" foi no consultório do professor, escritor e psicanalista Artur Molina. Eu os apresentei. Essa é outra história. A Madalena e eu fomos conversar com o Artur a respeito do aplicativo Indicador de violência doméstica que o professor estava desenvolvendo como pós-doutorado e no mesmo dia, o Eliton e eu tínhamos nos desencontrado para entregar o livro de autoria dele: “Coisas que aprendemos quando é tarde demais”.  Avisei onde estava e ele foi levar o livro. Ao saber do aplicativo, ele convidou o Artur para conversar. O resultado é que o professor Artur, também, é entrevistado para o documentário.  

Voltando ao documentário. Vimos alguns locais para as filmagens e o local escolhido foi consultório do Artur Molina. Chegando lá, me surpreendi com a produção. Eu imaginava que seríamos o Eliton, a entrevistadora e uma filmadora. Nada disso, era um estúdio completo, se não me engano, o nome técnico é “set de filmagem”. Fui maquiada, cabelos escovados...produzida para a entrevista. No local, todos os muitos profissionais usavam máscaras e todos os cuidados estavam sendo tomados com relação à pandemia.

Respondi as perguntas realizadas pela querida Carol Morais, que realizou a condução com maestria. Mais tarde soube que ela também fora vítima de violência e superou ao dar e realizar as entrevistas. Imagino a dor que ela sentia a cada resposta.

Conversamos por mais ou menos uma hora. Soube que foram 21 entrevistas. Claro que sentimos curiosidade em saber o que a produção aproveitaria das nossas entrevistas pois a produção não poderia a apresentar um documentário de 21 horas. Não fui só eu quem teve esse sentimento, a curiosidade natural fez parte de cada entrevistada(o). Inclusive, uma das entrevistadas que sofreu violência fui eu quem indiquei, ela aceitou e ao ouvi-la me deu uma tristeza enorme por saber que ela passou por tudo aquilo e não soubemos na época.

No dia do lançamento do documentário, confesso que estava com um pouco de ansiedade pra saber o que iria aparecer de nossas falas. Entretanto, nos primeiros depoimentos, com os olhos lacrimejando e o peito apertado, essa ansiedade e a curiosidade desapareceram por completo. Diante de tantas violências sofridas, a emoção foi nos envolvendo de tal forma que parecia que estávamos junto com as mulheres, ouvindo e participando de suas histórias de vida. Tanto no início como no final, o documentário apresenta, também, a reconstrução das vidas das mulheres que sofreram violência e um mensagem fica bastante clara: busque ajuda sempre.

Particularmente, eu sorri, quando li nos agradecimentos finais, o nome da Ong Maria do Ingá, como parte desse belo trabalho que toca as pessoas em um tema tão sensível e senti, mais uma vez, que estamos no caminho certo na defesa dos direitos das mulheres e pelo combate à violência contra a mulher.

Parabéns Eliton e equipe. Muito obrigada por esse momento tão ímpar em nossas vidas e por ter transmitido, por meio do documentário, a mensagem contundente pelo fim da violência contra a mulher.

#Bastadeviolênciacontraamulher

 


 

quinta-feira, 30 de junho de 2022

MMNP lança pré-candidatas à deputadas e propostas para o executivo estadual

No dia 29/06, na sede da OAB, o Movimento Mais Mulheres no Poder (MMNP) Maringá realizou o lançamento das pré-candidatas à deputadas estadual e federal com domicílio eleitoral em Maringá. São 13  mulheres integrantes do MMNP, ligadas aos partidos: MDB, PC do B, PDT, PP, Pros, PSB, PT e  Rede.

Nos discursos das pré-candidatas foram ressaltadas a importância de um movimento que une mulheres de diferentes ideologias, a força do MMNP e a necessidade da presença da mulher na política brasileira.

Ao final da cerimônia, o MMNP apresentou as propostas que serão encaminhadas aos(as) candidatos(as) ao governo do Estado, inaugurando a iniciativa do movimento em nível de Paraná. São elas: criação da secretaria Estadual de Políticas Públicas para Mulheres, 4% do orçamento estadual para combate à violência contra a mulher e nomeação de mulheres na proporção de 50% dos cargos no primeiro e segundo escalões do executivo estadual, conforme o artigo 5. da Constituição Federal. Espera-se que os candidatos ou candidatas ao governo assumem o compromisso com as propostas.



Fotos: Tania Tait




quarta-feira, 29 de junho de 2022

Pautas morais versus pautas econômicas na política

 Na política são estabelecidas as formas como os serviços são oferecidos para a população desde as ações cotidianas tais como as realizadas em escolas, unidades básicas de saúde ou trânsito até ações globais de desenvolvimento econômico e geração de emprego e renda.

Dentro desse bojo, as pautas na disputa política se dividem  em dois grandes blocos: as chamadas pautas morais e as ditas, econômicas.

As pautas morais estão vinculadas as demandas do movimento social e suas especificidades com relação às mulheres, negros, LGBTs, indígenas, entre outros grupos  tradicionalmente excluídos das políticas públicas e do poder de decisão.

Por sua vez, as pautas econômicas influenciam a vida da população, composta, em sua maioria, por estes segmentos. Aí que elas se contrapõem. Alguns exemplos são reveladores dessa situação.

Quando um governo diz que o problema da AIDS é de quem fez sexo, ela está excluindo políticas de promoção da prevenção às doenças sexualmente transmissíveis, o que se refletirá na redução do orçamento para a área de saúde.

Quando um governo reduz o orçamento para o combate à violência contra a mulher, ele está reforçando a violência pela falta de mecanismos de combate e de apoio pelo fim da violência.

Quando um governo lança um manual do aborto com a inclusão de vigilância sobre pessoas que fazem aborto por estupro que está previsto na lei, ele está ignorando a hipocrisia social que está por trás dessa tragédia na qual mulheres pobres morrem ou ficam estéreis por abortos clandestinos ou caseiros e são maltratadas em hospitais. Ao mesmo tempo, as mulheres com posses financeiras realizam o aborto com segurança e sigilo. Daí, o governo não realiza orçamento para a prevenção, para a educação social, dentre tantas ações que tirariam as mulheres e meninas da situação de vulnerabilidade.

Quando um governo faz piadas racistas, ele incentiva a prática do racismo e mais do que isso, por trás da postura, vem a restrição para cotas nas universidades, entre tantas políticas de inclusão que promovem a participação de negros e negras.

Quando um governo chama indígenas de preguiçosos e vagabundos, além de ignorar a cultura dos verdadeiros donos da terra brasileira, o governo incentiva a exploração e invasão das reservas indígenas.

Quando um governo faz piadas homofóbicas, gera uma série de restrições desde o mercado de trabalho até de garantia da vida e da segurança do público LGBT.

Quando um governo incentiva o armamento da população, ele está incentivando a violência que mata exatamente o público que discute a necessidade de tratar as pautas morais como políticas públicas, ou seja, as mulheres, os negros, LGBTs, indígenas, que são historicamente excluídos no Brasil.

Enfim, quando o governo faz piadas, ignora ou usa as pautas morais contra seus defensores, ele está na verdade, usando a pauta econômica contra a maioria da população brasileira, ao direcionar o orçamento para outras áreas que sustentam e manutenção do capital internacional e a dependência econômica do país ou em corrupção, resultando no aumento da pobreza e da miséria.

Inclusive, as pautas morais, com reforço religioso, têm sido usadas pelo governo como uma fachada para encobrir tanto a falta de projeto de desenvolvimento econômico e geração de emprego e renda para a população como a corrupção em todas as áreas governamentais. 



 

 

 

 

 

terça-feira, 28 de junho de 2022

Movimento Mais Mulheres no Poder Maringá realiza lançamento coletivo de canditaduras femininas

O Movimento Mais Mulheres no Poder (MMNP) Maringá iniciou sua trajetória com a união de mulheres de diversos partidos políticos com intuito de preencher a lacuna da falta de vereadoras na gestão 2017-2020. A partir dessa união, o MMNP conseguiu seu objetivo e a Câmara Municipal de Maringá voltou a ter vereadoras. O MMNP continuou sua atuação com iniciativas para fortalecer a presença das mulheres nos espaços de poder, também, no Executivo Municipal. 

Para as eleições 2022, na disputa para a Assembléia Legislativa do Paraná e para a Câmara Federal, o MMNP reúne as pré-candidatas de Maringá para realizar um lançamento coletivo. 

Como pré-candidatas estão inscritas:

Para deputada estadual: Barbara Segantine – PCdoB; Coronel Audilene – PP; Majô – PP; Margot Jung – PT; Prof. Ana Lúcia – PDT; Brenda Rompatto – PSB; Elenice Santos – REDE

Para deputada federal: Jessica Magno – PT; Kelly Ramos – REDE; Lilianny Ripke – MDB; Mércia Froeming – MDB; Prof. Grasy Takano – PDT.

O evento será realizado na sede da OAB Maringá no dia 29 de junho, a partir das 19 hs. A OAB Maringá está localizada na Avenida Presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira, 970, Zona 02.

 


 

 


sexta-feira, 17 de junho de 2022

Comitê Gestor do Movimento ODS assume para o biênio 2022-2023

No dia 15 de junho, na Associação da Cocamar,  realizou-se a reunião do Movimento ODS na qual foi apresentado o Comitê Gestor para o biênio 2022-2023. O Comitê Gestor envolve representantes de empresas e de entidades da sociedade civil.

De acordo com a coordenadora geral, a administradora Sabrina Ambrósio (na foto), representante do Instituto Cocamar, a participação das empresas e das entidades da sociedade civil é imprescindível para o aprimoramento do alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS) rumo a Agenda 2030 da ONU, que promove tanto o social como ambiental para garantir a qualidade de vida da população e do planeta.

Ainda segundo a coordenadora Sabrina,  mais de 250 empresas atuam no Movimento ODS Maringá que iniciou suas atividades no ano de 2013.

 


No quadro abaixo consta a função no Comitê Gestor, o nome do responsável e a empresa ou entidade que representa.

Função

Responsável

Empresa/entidade

Coordenadora geral

Sabrina Ambrósio

Instituto Cocamar

Coordenadora de projetos

Priscila Brustin

Biolist Consultoria

Apoio na coordenação de projetos

Henrique Fernandes do Nascimento

Paraquedas Consultoria ESG

Coordenadora de Ação ODS

Adrieli Reis

Biolist

Coordenadora de relacionamento

Emanoela Fertonani

Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial/FIEP

Coordenadora do GT Água e Meio Ambiente

Isadora Oliveira

Ekolist Consultoria

Coordenadora de comunicação

Jackelyne Brites

Sicoob

Coordenador do GT Igualdade e inclusão social

Tania Fatima Calvi Tait

Ong Maria do Ingá Direitos da Mulher

Coordenadora de recursos

Waldinere de Cássia Dantas

Centro Universitário Cidade Verde

 


                        Foto do Comitê Gestor do Movimento ODS Maringá, com integrantes: 

                            Henrique, Emanoela, Sabrina, Tania, Waldirene, Pricilla e Adrielli.