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terça-feira, 4 de outubro de 2022

A “estepe” e a “trambique” na disputa política

Li que o atual presidente da república disse que a eleição era um self service e que tinha: “eu, Lula, Ciro, a estepe e a trambique”. Não é a primeira vez que o mandatário se refere às mulheres de forma jocosa e preconceituosa. Ao não citar os nomes das candidatas, Simone Tebet e Soraya Thronicke , ele demonstra, mais uma vez, que é misógino (tem ódio às mulheres), é machista e desconsidera a presença, também, das mulheres na política.

Aí fica a indagação, por que será que ele não colocou “apelido” nos outros candidatos e citou seus nomes?

Ao chamar alguém de “estepe”, ele menospreza a trajetória política que a levou a ser candidata pelo seu partido e atuou na CPI da Covid, o que certamente muito o incomodou pelas ligações escusas que ele teve com a compra e a demora na aquisição das vacinas e os quase 700 mil mortos que pesam sobre seus ombros.

Ao chamar de “trambique”, ele quer se desvencilhar dos vínculos políticos que teve com a candidata até bem pouco antes das eleições, quando ela se torna sua adversária.

O fato é que, mesmo que não se morra de amores pelas duas candidatas, é inadmissível aceitar que um presidente, coloque nelas apelidos e ignore seus nomes, afinal foram indicadas por seus partidos e tem legitimidade para estar na disputa política.

Pior do que a postura de um homem que está no comando do país, é as pessoas se calarem diante do machismo propagado por ele e ainda darem risadas em concordância.

As mulheres são 52% da população brasileira, sendo muitas chefes de família, criam seus filhos sozinhas, atuam em todos os setores da sociedade. Como eleitoras, totalizam 53% do eleitorado.

As brasileiras precisam de um presidente que as trate de forma respeitosa e coloque no orçamento verbas para o combate à violência contra a mulher e crie políticas públicas para melhorar a vida das pessoas.

Certamente, um governo que odeia e desrespeita as mulheres não nos interessa!


 

 

 

 

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