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quinta-feira, 22 de setembro de 2022

“Pai, o ódio que você espalha vai me matar”

Eu já ouvi muitas coisas tristes e doloridas ao longo da minha vida e da minha militância política e social, mas dias atrás, uma dessas falas me deixou profundamente entristecida.

Uma amiga casada faz mais de 10 anos, finalmente feliz em uma relação homoafetiva, tem em seu convívio familiar, pessoas que são homofóbicas, racistas, machistas e comungam das mesmas posturas do presidente da república.

O expoente maior dessa postura de ódio vem diretamente da sua figura paterna, aquele que, supostamente, deveria protege-la, seu pai. Ele não se deu conta de que o ódio que ele exala na defesa de um político nefasto e defensor de armas, pode se voltar contra ele, na forma de assassinato de sua filha lésbica. Filha, inclusive, que é trabalhadora, competente e uma cidadã consciente de seus deveres e direitos, valores apregoados pelo pai.

Um pai que sempre posta em suas redes comentários, imagens e outras coisas notadamente homofóbicas. A negação desse pai é tanta que ele não percebe os riscos a que expõe sua filha e a esposa dela. Ele, talvez não tenha percebido o sofrimento pelo qual sua filha passou desde a adolescência, quando era motivo de chacota, perseguida, agredida e ferida por sua homossexualidade.

Talvez a negação desse pai seja tamanha que ele não ouviu o pedido de socorro de sua filha: “Pai, o ódio que você espalha vai me matar”.


 

 

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