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quinta-feira, 18 de março de 2021

Diário Ficando em Casa: uma tragédia anunciada

No meu último texto Diário Ficando em Casa, em 06 de janeiro, quando o Brasil contava com 200 mil mortos, eu destaquei três pontos: a incompetência ou negligência planejada do governo brasileiro em planejar vacinação da população; a retomada das festas e viagens como se o vírus não mais estivesse entre nós e o aumento do número de pessoas que tem medo da vacina. Dos três pontos, talvez o único que tenha melhorado um pouco é a diminuição do medo das pessoas da vacina, por entenderem, finalmente, que é o que pode salvar vidas.

Hoje, 18 de março, o Brasil chega aos seus mais de 280 mil mortos por Covid com uma vacinação lenta e desordenada. Tudo isso pode ser computado na conta do governo federal, sem sombra de dúvidas. Afinal um governo que nega a pandemia desde o seu início chamando-a de gripezinha, patrocinou esse triste resultado. A recusa em acatar os protocolos amplamente divulgados de distanciamento social, uso de máscara e álcool em gel por parte do governo federal influenciou diretamente milhares de brasileiros, seus seguidores ou não, que preferiram se aglomerar em festas ou manifestações, expondo a si e a seus familiares ao vírus.

No meio disso tudo, a população vai se entristecendo cada vez mais, pelo desemprego, pelo aumento dos alimentos e combustível, pelo aumento da inflação, por receber notícias tristes de morte de familiares, amigos, conhecido e desconhecidos. É como se o cerco de uma guerra fosse se fechando até chegar em cada um de nós.

Relatos de problemas emocionais são constantes e, quantos de nós, quando conseguem dormir vencidos pelo cansaço, não acordam de madrugada com aperto no peito, uma tristeza por ver tanto descaso do mandante do governo federal que conseguiu com seu espírito bélico e armamentista tirar o sorriso das famílias brasileiras.

Graças a maioria dos governadores e prefeitos, a situação não se encontra ainda pior. Muitos tiveram que enfrentar a fúria e as ofensas de alguns empresários negacionistas, mas mesmo diante das adversidades, procuram ampliar os serviços da área de saúde com mais recursos humanos e equipamentos e a busca pela compra de vacinas.

Por algum tempo, a imagem dos idosos e profissionais de saúde sendo vacinados trouxe esperança aos nossos corações. No entanto, a força do vírus com contágio mais rápido e letal assustou o país.

Penso que, ao invés de atacar quem realmente está atuando pra salvar vidas, todas as pessoas deviam se unir num grito único: VACINA JÁ, URGENTE, PARA TODO MUNDO!

O outro grito espero que a população dê nas urnas em 2022, se não quiser dar antes.

 

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