Quando fui apresentada ao Leonardo da Vinci na escola fiquei encantada. 
Ele combinava em uma única pessoa áreas diversas e ao mesmo tempo 
conexas. Ele se destacou como cientista, matemático, engenheiro, 
inventor, anatomista, pintor, escultor, arquiteto, botânico, poeta e 
músico. Foi uma pessoa a frente do seu tempo e elaborou projetos 
futuristas, que não tinha possibilidade de serem construídos por falta 
de tecnologia apropriada. Certamente, a combinação de diversas áreas o tornou
 esse grande personagem da história da humanidade. Por isso, vejo 
claramente como um engenheiro possa ser filósofo e vice versa, vejo como
 promissora todas as áreas de conhecimento que podem e devem ser 
integradas. Na experiência em ministrar a disciplina de Informática e 
Sociedade tive a oportunidade de recorrer a filósofos, sociólogos e 
historiadores para a compreensão da influência e as transformações da 
informática em nosso cotidiano e no mundo.
 Ontem na Conferência 
Municipal de Políticas Urbanas em Maringá vi profissionais de diversas 
áreas, atuando em conjunto na análise de zoneamento e diretrizes para a 
cidade. Estavam lá arquitetos, engenheiros, professores, geógrafos, 
historiadores, sociólogos, administradores, entre outros, contribuindo 
com suas discussões para uma cidade para as pessoas.
 E aí, quando 
ouço um governo federal falar que vai reduzir recursos em áreas de 
humanas fico muito indignada. Essa fragmentação e menosprezo das áreas 
de conhecimento só interessa ao sistema capitalista para gerar, cada vez
 mais, mão-de-obra barata, descartável e robotizada.
 
 
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