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sábado, 11 de março de 2023

Evento pelo Dia Internacional da Mulher emociona participantes

O evento “Dia Internacional da Mulheres: Mulheres na luta, sempre!” organizado pela Marcha Mundial das Mulheres, realizado no sábado, 11 de março, trouxe para a Praça Raposo Tavares em Maringá, diversas entidades de luta pelos direitos das mulheres. As representantes das entidades de direitos das mulheres, secretárias da mulher de entidades sindicais e de partidos políticos dividiram palco com apresentações culturais e exposição de produtos.

Em suas exposições, todas as representantes das entidades ressaltaram a importância da união das mulheres, o combate à violência contra a mulher, a luta pelos direitos e a necessidade de aumentar a presença da mulher na política. Também houve destaque para os últimos acontecimentos como o repúdio à homenagem a um vereador preso por violência contra a mulher como nome de um parque maringaense, a postura homofóbica de um deputado federal, a pouca presença de secretárias no governo estadual, a revogação do modelo de ensino médio, o assassinato de mulheres e homens trans e o combate ao fascismo.

As apresentações culturais foram realizadas pelos grupos Baque Mulher, Capoeira Angola Dinda, Poesias com Kell e Tati do Coletivo Ana Montenegro e Performance com a bailarina Ana Clara acompanhada de sua mãe Daísa Poltronieri (irmã e mãe da bailarina Magó assassinada em janeiro de 2020). 

A feira de produtos, organizada pela APP Sindicato, reuniu empreendedoras de diversas áreas tais como vestuário, alimentação, literatura e artesanato. Entidades também realizaram apresentação de suas atividades como o Numape-UEM (Núcleo Maria da Penha).

O evento contou também com a  participação da vereadora Ana Lúcia Rodrigues e da deputada Federal Carol Dartora que está visitando a região.

Ao final, as mulheres realizaram a Fuzarka Feminista que se trata de uma batucada com tambores feitos por elas. Ao som de músicas e frases de efeito como “Companheira me ajude que eu não posso andar só. Eu sozinha ando bem, mas com vocês ando melhor”, as mulheres encerraram o evento.

Entre as organizadoras, as palavras na avaliação são: sensacional e emocionante, com destaque para momentos de muita emoção pela combinação da luta pelos direitos com dança, batuque, música, capoeira e poesia.

 



 
 

Entidades participantes no evento
 


quarta-feira, 8 de março de 2023

Dia Internacional da Mulher: Luta contra toda as formas de violência contra a mulher

A despeito de conquistas obtidas ao longo do tempo, alguns pontos ainda fazem parte da luta das mulheres: o combate à violência contra a mulher;  a ausência na política e na ocupação de cargos de liderança e a situação inferiorizada no mercado de trabalho.

Dados da segurança pública mostram que o Brasil é o quinto país do mundo em violência contra a mulher; sendo o quarto em casamento infantil. Nos primeiros 15 dias do ano, foram contabilizados 52 feminicídios. A realidade mostra que: aumentou o número de assassinato de mulheres trans; as mulheres negras sofrem mais violência e feminicídio; aumentou o número de estupros de meninas e adolescentes. No ano de 2022, quatro mulheres foram mortas por dia dentro de seus relacionamentos, ou seja, quatro feminicídios por dia.

No Paraná, a situação não é diferente do resto do país, pelo contrário, o Estado ainda figura entre os Estados brasileiros com altos índices de feminicídio e violência contra a mulher. A cada 6 minutos e meio, uma mulher sofre violência no Paraná.

Somos 399 municípios e apenas 20 delegacias da mulher. Cidades como a vizinha Sarandi, com mais de 100 mil habitantes e altos índices de violência contra a mulher, não possui uma Delegacia da Mulher. Apenas agora em 2023, por pressão dos movimentos de mulheres, criou-se a secretaria estadual da mulher e da igualdade racial, inicialmente tendo sido nomeado um homem no comando, o que mostrou o desrespeito das autoridades à luta das mulheres. A mudança para a nomeação de uma mulher ocorreu após pressão política e social.

Em Maringá, são realizados em torno de dois mil boletins de ocorrência a cada ano, encaminhados à Delegacia da Mulher. Destaca-se que a cidade conta com rede de atendimento e acolhimento e parceria entre setor público e privado e mesmo assim, as maringaenses sofrem violência.

Na política e na ocupação dos espaços de poder, as mulheres são menos de 20% e convivem com violência política e de gênero. Dos 513 deputados federais, 91 são mulheres. De 88 senadores, tem-se apenas 11 senadoras. De 54 deputados paranaenses tem-se apenas 10 deputadas. Em Maringá, de 15 vereadores, tem-se duas vereadoras. Vale lembrar que na legislatura maringaense de 2017-2020, não teve eleitas.

No mercado de trabalho, as mulheres continuam recebendo salários menores no exercício da mesma função que homens, são em número menor em cargos de chefia, sofrem assédio moral e sexual no local de trabalho. Na pandemia, as mulheres foram as mais penalizadas, tendo sido as primeiras a serem demitidas nas empresas; ficaram mais expostas ao vírus por atuarem em áreas como comércio e saúde, tiveram sobrecarga de trabalho no cuidado com os doentes das famílias; houve interrupção em suas vidas profissionais.

Nos últimos quatro anos tivemos um desmonte das políticas públicas para as mulheres no governo federal, ocasionando um retrocesso sem precedentes em ações como o combate à violência contra a mulher que teve corte de verbas que inviabilizaram ações como a implantação das Casas da Mulher Brasileiras, mesmo diante de aumento de feminicídios.

Por fim,   a situação das mulheres na pandemia, nas guerras e nas crises, remonta a frase da filósofa Simone de Beauvoir: Nunca se esqueça que basta uma crise política, econômica ou religiosa para que os direitos das mulheres sejam questionados. Esses direitos não são permanentes. Você terá que manter-se vigilante durante toda a sua vida.

Sigamos firmes na luta contra todas as formas de violência! 


 

 

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

Tragédias evitáveis no Brasil

 Um país com lindos locais, marcado por grandes rios, cachoeiras, litoral em toda sua extensão, morros, jazidas de minérios... com comércio e  turismo forte e lucrativo, convive com catástrofes que poderiam ser evitadas.

Todo ano, o país tem desmoronamento de morros, deslizamentos de terra e inundações.  Eventos para os quais se exige preparo e infraestrutura adequados. Tanto em locais turísticos quanto em locais explorados por minério como nos casos de Brumadinho e Mariana, as vidas pouco importam diante do lucro.

Infelizmente, a exemplo de filmes antigos como Tubarão ou Terremoto, os alertas são ignorados em nome da ganância ou negligência, como aconteceu no caso brasileiro, em que o governo federal anterior cortou as verbas de combate às catástrofes, deixando o país à mercê dos chamados desastres naturais.

Por meio da tecnologia, os países ao redor do mundo tem monitorado e evitado a morte das pessoas, com avisos e com apoio logístico para a ocorrência das intempéries, cada vez mais recorrentes, devido à mudanças climáticas.

Entretanto, esse não foi o caso do Brasil, que além de cortar as verbas de combate às catástrofes naturais, o governo anterior cortou recursos de ciência e tecnologia, cujas pesquisas podem contribuir para alertas e  controles.

Esperamos que o novo governo, que já deu mostras de valorizar a ciência e a tecnologia, reajustando as bolsas de pesquisas e incentivando a permanência de pesquisadores (as) no Brasil, recupere as ações para minorar o sofrimento do povo diante dos desastres.

Nada mais triste que saber que mortes e destruição poderiam ser evitadas, se tivesse havido investimento e orçamento para infraestrutura e apoio às localidades que são mais afetadas. 


 

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023

Carnaval sem importunação sexual é mais legal!

No imaginário popular, na festa de carnaval pode tudo. Talvez por ter origem como uma festa pagã de fertilidade ou comemoração da colheita, o fato é que na “festa da carne” muitas pessoas acham que podem ultrapassar os limites de outra pessoa, inclusive importunando-a sexualmente. Infelizmente, a importunação é corriqueira para a maioria das mulheres.

Entretanto, não é bem assim. Além de ser considerado um ato desagradável e sem educação, a importunação sexual agora é crime. Desde 2018 foi promulgada a Lei da importunação sexual (Lei nº 13.718) que descreve como crime o ato de praticar ato libidinoso (de caráter sexual), na presença de alguém, sem sua autorização e com a intenção de satisfazer lascívia (prazer sexual) próprio ou de outra pessoa. Os atos libidinosos englobam práticas e comportamentos que tenham finalidade de satisfazer desejo sexual, tais como: apalpar, lamber, tocar, desnudar,  masturbar-se ou ejacular em público, dentre outros. A pena prevista é de 1 a 5 anos de reclusão, isso se o ato não constituir crime mais grave.

A regra é bem simples, se a outra pessoa não quer, não faça. A compreensão do famoso “não é não” é fundamental para estabelecer relações saudáveis. Passar a mão, insistir na conversa etc, só valem se a outra pessoa demonstrar que também deseja. Caso contrário, não faça. Ah! Mas roubar beijo pode! Não pode! A ideia do beijo roubado que era romantizado antigamente também não vale mais. Se a outra pessoa quiser o beijo, pode. Caso contrário, vá procurar uma outra boca que também queira beijar a sua.

Essas regrinhas básicas de comportamento unidas à Lei da Importunação Sexual contribuem para que as pessoas aproveitem a festa com alegria, liberdade e sem medo.

Faça da sua festa, uma festa de alegria, sem importunação!