O feminismo é
considerado pelos historiadores como a maior revolução de todos os tempos, pois
modificou as estruturas sociais, sem o uso de armas e derramamento de sangue. O
feminismo não é o contrário do machismo.
O machismo mata e exclui as mulheres do direito à vida enquanto o
feminismo procura salvar a vida das mulheres.
As mulheres começaram sua luta por melhores
condições de trabalho para si e para as crianças no período da Revolução Industrial
na qual trabalhavam sem condições adequadas e com carga horária excessiva. Essa
luta levou as mulheres, também, a busca pelo direito ao voto, conquistado há
tempos pelos homens.
Em diversos países, no
início do século XX, a luta pelo direito ao voto e participação da vida
política levou as mulheres ao conhecimento de sua situação na sociedade
enquanto trabalhadoras, mães ou esposas, as quais sofriam violência e
discriminação de toda ordem.
Após a conquista do
direito ao voto, a vida das mulheres continuou marcada por repressões. A
percepção da violência contra a mulher, tanto no ambiente público como privado,
mascarado pelo ditado familiar que lugar de mulher é no lar, como boas mães e
esposas, começa a fazer parte da luta feminista, que é, na sua essência, a luta
pelos direitos das mulheres, com afirmação de que lugar de mulher é onde ela
quiser.
Dessa forma, nos anos
1960, a luta pela igualdade de direitos entre mulheres e homens e pelo fim da
violência contra a mulher tomam conta do cenário mundial. Idéias como “em briga
de marido e mulher ninguém mete a colher” ou “matou em defesa da honra”
utilizadas arbitrariamente em defesa de homens agressores e assassinos, começam
a ser desmanchadas pelas mulheres que clamam por justiça.
Conquistas relevantes
foram acrescentadas às lutas pelos direitos das mulheres no mundo todo, os
quais englobam aspectos da vida privada e pública, no mundo do trabalho e na
política, na saúde integral, nos direitos reprodutivos e sexuais e direito ao
próprio corpo, na geração de emprego e renda, no meio ambiente, entre outros. O
slogan “se nossos corpos não
importam, que produzam sem nós” traduz essa integração em todos os aspectos da
vida da mulher, como cidadãs e mulheres trabalhadoras.
No Brasil, em especial,
um dos países mais violentos com suas mulheres, leis promulgadas no mundo do
trabalho como proibir salários diferenciados entre mulheres e homens,
aposentadoria para donas de casa, proibir assédio moral e sexual, entre outras,
contribui para o empoderamento e a autonomia das mulheres. Destacam-se, também,
leis importantes como a Lei Maria da Penha e a Lei do Feminicídio (promulgadas
nos governos Lula e Dilma, respectivamente) como aliadas aos direitos das
mulheres no combate à violência contra a mulher.
Foto: Walter Bapstitoni. Evento no Sismmar.
A defesa dos direitos
das mulheres tem como base a Constituição Federal Brasileira, de 1988, que rege
que em seu artigo 5., Inciso I: “mulheres e homens são iguais em direitos e obrigações”,
o qual, finalmente, coloca as mulheres como protagonistas da própria história.
Ato contra a Reforma da Previdência, em Maringá, no dia 22/03/2019.
Foto: Walter Bapstitoni.
Foto: Walter Bapstitoni.