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sexta-feira, 29 de março de 2019

O que a mulher trabalhadora tem a ver com o feminismo?


O feminismo é considerado pelos historiadores como a maior revolução de todos os tempos, pois modificou as estruturas sociais, sem o uso de armas e derramamento de sangue. O feminismo não é o contrário do machismo.  O machismo mata e exclui as mulheres do direito à vida enquanto o feminismo procura salvar a vida das mulheres. 

 As mulheres começaram sua luta por melhores condições de trabalho para si e para as crianças no período da Revolução Industrial na qual trabalhavam sem condições adequadas e com carga horária excessiva. Essa luta levou as mulheres, também, a busca pelo direito ao voto, conquistado há tempos pelos homens. 

Em diversos países, no início do século XX, a luta pelo direito ao voto e participação da vida política levou as mulheres ao conhecimento de sua situação na sociedade enquanto trabalhadoras, mães ou esposas, as quais sofriam violência e discriminação de toda ordem.  

Após a conquista do direito ao voto, a vida das mulheres continuou marcada por repressões. A percepção da violência contra a mulher, tanto no ambiente público como privado, mascarado pelo ditado familiar que lugar de mulher é no lar, como boas mães e esposas, começa a fazer parte da luta feminista, que é, na sua essência, a luta pelos direitos das mulheres, com afirmação de que lugar de mulher é onde ela quiser. 

Dessa forma, nos anos 1960, a luta pela igualdade de direitos entre mulheres e homens e pelo fim da violência contra a mulher tomam conta do cenário mundial. Idéias como “em briga de marido e mulher ninguém mete a colher” ou “matou em defesa da honra” utilizadas arbitrariamente em defesa de homens agressores e assassinos, começam a ser desmanchadas pelas mulheres que clamam por justiça.

Conquistas relevantes foram acrescentadas às lutas pelos direitos das mulheres no mundo todo, os quais englobam aspectos da vida privada e pública, no mundo do trabalho e na política, na saúde integral, nos direitos reprodutivos e sexuais e direito ao próprio corpo, na geração de emprego e renda, no meio ambiente, entre outros. O slogan “se nossos corpos não importam, que produzam sem nós” traduz essa integração em todos os aspectos da vida da mulher, como cidadãs e mulheres trabalhadoras.

No Brasil, em especial, um dos países mais violentos com suas mulheres, leis promulgadas no mundo do trabalho como proibir salários diferenciados entre mulheres e homens, aposentadoria para donas de casa, proibir assédio moral e sexual, entre outras, contribui para o empoderamento e a autonomia das mulheres. Destacam-se, também, leis importantes como a Lei Maria da Penha e a Lei do Feminicídio (promulgadas nos governos Lula e Dilma, respectivamente) como aliadas aos direitos das mulheres no combate à violência contra a mulher. 
 Foto: Walter Bapstitoni. Evento no Sismmar.

A defesa dos direitos das mulheres tem como base a Constituição Federal Brasileira, de 1988, que rege que em seu artigo 5., Inciso I: “mulheres e homens são iguais em direitos e obrigações”, o qual, finalmente, coloca as mulheres como protagonistas da própria história.

                                                  Ato contra a Reforma da Previdência, em Maringá, no dia 22/03/2019. 
                                                  Foto: Walter Bapstitoni.

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