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quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

Diário Ficando em casa: 200 mil mortos e a vacina

 

            Imagem gratuita do Freepik com adaptação de Luiz Fernando Cardoso do Café com Jornalista


O meu "Diário Ficando em Casa" que começou, de forma ingênua, com o propósito de contribuir com as pessoas para ajuda-las a conseguir ficar em casa, perdeu seu sentido com a retomada das atividades e o próprio conhecimento dos cuidados com o coronavírus.

No entanto, diante do que estamos vivendo no país e diante de, praticamente 200 mil vidas perdidas para a Covid19 e quase 8 milhões de contaminados, senti a necessidade de escrever mais uma parte do Diário Ficando em casa, mesmo que não estejamos mais ficando em casa.

No meu último artigo Diário Ficando em casa, em 08 de agosto de 2020, o Brasil contabilizava 100 mil mortes por Covid e as vacinas estavam em desenvolvimento. A pandemia pelo coronavírus ampliara a crise econômica e trouxe à cena, a crise política e sanitária, ou seja, no final das contas, aumentou a pobreza colocando o Brasil de volta ao mapa da fome, trazendo consequências graves para a população. Consequências essas que foram minoradas graças ao auxílio emergencial cujo valor foi aumentado pelos congressistas ante a insensível proposta de R$200,00 proposto pelo governo.

Enfim, surge a esperança com o desenvolvimento e testes das vacinas em diversos laboratórios pelo mundo. Países começam a vacinação a partir de 14 de dezembro de 2020 enquanto que no Brasil, em 05 de janeiro de 2021, contabilizamos 197.777 óbitos e 7.812.007 casos de contaminação por coronavírus. Cada vida perdida a partir da existência de uma vacina, é uma vida que poderia ter sido salva

Três pontos se destacam nesse período: a incompetência ou negligência planejada do governo brasileiro em planejar vacinação da população; a retomada das festas e viagens como se o vírus não mais estivesse entre nós e o aumento do número de pessoas que tem medo da vacina.

O governo brasileiro não tem plano efetivo de vacinação para a população a começar por elementos simples como a indicação da data da vacinação. A vacina tornou-se palco de disputa política e não de saúde pública. Inclusive, destaca-se a postura do presidente da república que ignora as recomendações da área de saúde e faz aglomeração de pessoas, não usa máscara facial para proteção e ironiza a gravidade da Covid19, ou seja, ele continua com a mesma atuação desde o início da pandemia.

A retomada das festas e das viagens amplamente divulgada tanto na imprensa como nas redes digitais particulares ou públicas assustou e tornou-se preocupação para a saúde com a expectativa do retorno e das complicações por falta de leito e atendimento. Durante a escrita desse artigo, li uma reportagem que em algumas cidades os profissionais da área de saúde começam a definir quem tem atendimento e quem não tem devido a falta de leitos.

Aliado a tudo isso, junta-se o fato de que muitas pessoas influenciadas por fakenews e pelo negacionismo da ciência, estão promovendo o medo da vacina. Esquecem ou fingem esquecer que as vacinas erradicaram doenças graves como poliomielite, sarampo ou meningite que levavam as pessoas à morte ou deixavam as pessoas com sequelas terríveis.

Mesmo diante de tudo isso, o uso do álcool em gel, a máscara e o distanciamento social tornam-se rotina em nossas vidas com a esperança redobrada de que a vacina chegue ao Brasil e paremos de perder vidas que poderiam ser salvas. Apesar de parecer simples, ainda encontramos pessoas que se recusam a utilizar máscaras para entrar em lojas, pessoas que se aglomeram, que não se importam com seus familiares idosos e pensam que são imunes a tudo isso.

Enfim, como o Diário sempre tem uma conotação intimista, emotiva e por que não dizer romântica, me atrevo a ter esperanças de que a vacina e a cura para esse vírus tão devastador que mudou tudo como conhecemos, possa nos fazer respeitar o planeta Terra e seus habitantes.

Que venha a vacina!!

 

 

 

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