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terça-feira, 21 de janeiro de 2020

Forum Maringaense de Mulheres convida para primeira reuniao de 2020

O Forum Maringaense de Mulheres convida para sua primeira reuniao do ano de 2020. A reuniao será dia 24 de janeiro, as 18h30 no plenarinho da Camara.
Na pauta da reuniao: planejamento das atividades e a composiçao da gestao 2020-2021.
A presidente do Forum, professora doutora Maria Madalena Dias, ressalta a importancia da participaçao de todas para fortalecer, cada vez mais, a defesa dos direitos das mulheres.

sábado, 11 de janeiro de 2020

Mulheres e as eleições 2020


É chegado 2020, o ano eleitoral em que teremos eleições para prefeitos (as) e vereadores (as). Novamente começam os incentivos para que as mulheres sejam candidatas, no entanto, uma análise realizada no site do Tribunal de Justiça Eleitoral com relação às eleições umincipais de 2016 mostra que as mulheres eleitas estão muito aquém dos 52% que compõem a população brasileira. Somos menos que 10% de mulheres com atuação na política.
O Estado do Paraná, em especial, apresentou nas eleições municipais de 2016 um quadro de retrocesso, no qual apenas 29 prefeitas foram eleitas, menos que em 2012 ou seja apenas 7,2 dos 399 municípios paranaenses são administrados por mulheres, o que coloca o Paraná na quarta posição do Estado com menor número de prefeitas.
O quadro abaixo apresenta a quantidade de vereadoras eleitas nos maiores municípios do Paraná. Houve exceções em municípios de menor porte, como no caso de Orizona, onde das 9 cadeiras, 5 são ocupadas por mulheres.
Quadro 01. Quantidade de vereadoras eleitas. Fonte: www.tre-pr.jus.br e www.tse.jus.br
Cidades
Nr. Cadeiras na Câmara Municipal
Vereadoras eleitas
Cascavel
21
0
Maringá
15
0
Londrina
19
1
Ponta Grossa
23
1
Guarapuava
21
2
Paranaguá
19
1
Foz do Iguaçu
15
3
Paranavaí
10
1
Curitiba
38
8

Percebe-se pelo quadro que cidades como Maringá e Cascavel, com 15 e 21 cadeiras, respectivamente não tiveram mulheres vereadoras eleitas. No caso de Maringá, durante o período eleitoral de 2018, um vereador se afastou para ser candidato e uma mulher vereadora suplente assumiu a vaga apenas no período eleitoral.
Ao se pensar na história do Paraná e na presença das mulheres na formação e organização do Estado encontram-se as mulheres do campo; mulheres negras e quilombolas; mulheres indígenas; mulheres imigrantes e mulheres que tiveram atuação política em importantes períodos históricos como na ditadura militar no Brasil de 1964 a 1985. Registra-se também a liderança em movimentos LGBTS de mulheres lésbicas e trans. Entretanto, mesmo com essa diversidade de papéis as mulheres não participaram e não participam do processo decisório e da vida política.
A força e atuação da mulher paranaense não se reflete na sua presença na política. Sequer tem-se mulheres em cargos de confiança tanto estadual como municipal. Assim, a presença da mulher é mínima, inclusive esse fato reproduz a esfera federal quem tem apenas duas ministras de estado.
A ausência das mulheres na política é reforçada, também, pelas medidas tomadas pelos próprios partidos políticos que cumprem apenas a cota de 30%, inclusive, com as candidatas chamadas laranjas que são utilizadas para receber recursos e cumprir a cota. Outro elemento que impera no Estado ainda é a existência de candidatas eleitas por herança familiar, ou seja, recebem o capital político de pais, maridos, tios etc.
Perdemos muito com a ausência das mulheres na política que, com sua experiência e compromisso poderiam contribuir muito para melhorar a vida das pessoas.
Finalmente, são indicados alguns motivos que inibem a atuação das mulheres na via eleitoral: falta de apoio familiar para as candidatas; falta de apoio partidário (financeiro, tempo de TV etc); muitas mulheres tem medo de exposição; não se sentem preparadas; priorizam carreira profissional e família; enxergam política como algo muito sujo e a política vista como campo de homens.
Independente do motivo para inibir a participação das mulheres, aumentou nas últimas eleições o número de mulheres candidatas que optaram por participar do processo eleitoral. Mas, se as mulheres são 52% da população e a maioria de eleitores, tem alguma coisa errada nesta conta que não se reflete na atuação política.
Espera-se que para 2020 o número de mulheres eleitas também aumente para que não passemos a vergonha de termos cidades com nenhuma vereadora e um Estado com número reduzido de prefeitas.

terça-feira, 31 de dezembro de 2019

FELIZ 2020!!!

Para desejar feliz ano novo, antes, pensei em fazer texto de retrospectiva de 2019 com análise política, economica e pessoal. Desisti, já tem muitas.
Depois pensei em colocar a famosa poesia atribuída ao poeta Carlos Drummond de Andrade sobre fatiar o tempo e dar esperança.
Lembrei também do poema Desejos atribuído ao poeta. Coloquei a palavra "atribuído" pois, após anos sendo do poeta Drummond, agora a gente encontra outras versões e outros atores das mesmas poesias. Tenho livro de poemas de Drummond mas confesso que nunca chequei se esses poemas estão lá. Enfim são dois poemas especiais para esse época do ano e para todas as outras épocas. Mas, desisti de posta-los.
Ao fim da minha reflexão, pensei que um fortíssimo FELIZ 2020!!! exprime tudo que penso e desejo pra incluir toda a esperança e a marca do tempo com mil desejos de coisas boas.
Então eu ia escrever simplesmente "Feliz 2020" mas lembrei do Canvas (aplicativo para fazer cartazes, convites etc) que estou aprendendo a usar.
Daí estilizei meu "Feliz 2020" com a imagem abaixo na qual o por do sol significa "o que vai nascer". Claro que a letra tinha que ser lilás, afinal é a cor do movimento feminista.
Então, venha 2020 e nos traga felicidade e muita paz!

sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

Gratidão as minhas leitoras e aos meus leitores...


Escrever é uma delícia. Inexplicável o que nos leva a colocar no papel nossos pensamentos e sentimentos. Escrevo textos pra jornais e revistas faz muito tempo e em 2010 resolvi criar um blog e escrever sobre mulheres, informática e outros temas.
Iniciei o blog no  dia 27/04/2010 portanto são quase 10 anos que mantenho o blog www.taniatait.com.br
O primeiro texto que escrevei para o meu blog foi “O Vício Eletrônico” o qual também foi publicado no Informativo da UEM de 28/04/2010. Ali achei ótimo ter 195 leitores na minha primeira incursão de “blogueira”.
Uma vez encontrei um senhor em Sarandi, num evento, que me cobrou: “você não tem escrito muito, está muito preguiçosa”.  Fiquei surpresa e ela tinha razão pois naquela época eu estava escrevendo pouco. A partir daquele dia e, em respeito, ao meu leitor, eu resolvi não desistir e escrever sobre o que penso e até divulgar notícias que considero relevantes.
Uma vez fiquei admirada quando as pessoas falaram que tem 2.000 ou 3.000 leitores em seus blogs e resolvi fazer um levantamento das leituras dos meus artigos. Eu estava bem longe disso...
No levantamento atual, realizei 471 postagens, será 472 com esta. Foram 72.720 visualizações. Tenho textos com poucos acessos e textos, surpreendentemente com muitos acessos. Não consegui checar se é o tema, o horário ou a forma de divulgação. As estatísticas mostram que as leituras vêm de diversos lugares do Brasil e do mundo (EUA, Europa e Hong Kong).
Alguns textos foram publicados em outros blogs ou jornais da cidade e do estado do Paraná. Destaco que não tenho patrocínio financeiro, o blog é pessoal mesmo. Quando eu publico no blog, também, divulgo no facebook e no twitter.
Não chego aos pés de blogueiros e blogueiras de 3.000 leituras mas fiquei muito feliz  em ver que 1.108 pessoas leram o artigo “A importância das Conferências Municipais”, publicado em 20/06/2010, que 958 pessoas leram o convite “Quando uma mulher entra na política...” sobre o comitê suprapartidário de apoio a Dilma, formado em Maringá em 2010 e que a minha “Declaração de Apoio total à Universidade Estadual de Maringá” de 2018 teve 616 leitores.
Ainda não fiz a média, mas deve dar uns 200 leitores ou leitoras no geral. No entanto, independentemente do número de pessoas que leem os textos, é  uma responsabilidade enorme saber que essas pessoas conhecem seu trabalho, o seu pensamento e te acompanham. Por isso, procuro escrever sempre com muito respeito.
Enfim, vou programar uma comemoração para os 10 anos do blog. Por ora, vou analisando as postagens, comentários e estatísticas para aperfeiçoar o desempenho do blog e alcançar mais leitores contribuindo para a reflexão a partir das minhas idéias e, quem sabe, assim, colocar sementinhas para um mundo melhor.
Minha gratidão a vocês que dispuseram do seu tempo para ler meus textos e que se dispõem a acompanhar as postagens.
Desejo a todas e a todos um Feliz 2020 e que o lindo espírito que nos rodeia no Natal permaneça em todos os minutos do Ano Novo.
Beijo grande!!!

sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

O que o Plano Diretor tem a ver com nossas vidas?



Nas audiências públicas do Plano Diretor de Maringá ocorridas no ano de 2019 percebe-se  a relevância dos temas tratados para a população e a vida no território dos municípios. Temas como a mobilidade, ocupação do solo, horizontalidade e verticalidade, fundos de vale, entre outros fazem parte das discussões.
De acordo com a Lei 632/2006 de Maringá, o Plano Diretor do Município de Maringá é o instrumento estratégico de desenvolvimento e expansão urbana e de orientação dos agentes públicos e privados que atuam na produção e gestão da Cidade, aplicando-se esta Lei em toda extensão territorial do Município.
O Plano Diretor é fundamentado nas determinações dispostas na Constituição Federal, na Constituição Estadual, na Lei Orgânica do Município de Maringá, na Lei Federal nº 10.257/2001 - Estatuto da Cidade, na Carta Mundial pelo Direito á Cidade e demais legislações. Portanto, o Plano Diretor é um instrumento legal de planejamento das cidades.
Em Maringá, o processo do Plano Diretor foi disparado tendo em vista a necessidade de avaliar o Plano atual e realizar correções para a próxima década 2020-2030. A responsabilidade da execução do processo ficou a cargo do IPPLAN – Instituto de Pesquisa e Planejamento de Maringá, o qual organizou as diversas audiências públicas por regiões e distritos da cidade.
Na 9. Audiência Pública realizada em 17 de dezembro começou a ser apresentado o diagnóstico da cidade condensado em quase 500 páginas de relatório, organizados a partir das audiências e dos dados referentes ao município.
Na apresentação realizada pela equipe do IPPLAM destacaram-se os itens: Análise da situação ambiental; Sistema de Atividades humanas; Sistemas de Atividades Produtivas; Ocupação das zonas de interesse social; Vazios urbanos; Sistema viário e Mobilidade Urbana; Sistema de energia elétrica e iluminação pública; Sistema de abastecimento de água e saneamento.
Em paralelo às audiências públicas do plano diretor foram realizadas, pelo poder público, audiências públicas temáticas como Mobilidade Urbana. Realizou-se, também, uma Conferência Livre com a temática “A mulher e a cidade” organizada pelo Conselho Municipal da Mulher de Maringá com apoio do Núcleo Maringá BR Cidades, cujas propostas estão sendo tratadas em nível de plano diretor.
Portanto, a participação da população na realização do Plano Diretor é fundamental visto que é ela quem vive e movimenta a cidade. Essa é uma forma de ocupação dos espaços para que as demandas do território sejam ouvidas, analisadas e implementadas.


Tania Fatima Calvi Tait, professora, é representante do Conselho Municipal da Mulher de Maringá no Grupo de Acompanhamento do Plano Diretor e coordenadora da Ong Maria do Ingá Direitos da Mulher.