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domingo, 2 de setembro de 2012

Querem acabar com a Casa Abrigo das Mulheres?

Quem acabar com a Casa Abrigo das Mulheres? No início dos anos 1990, o vereador cabo Zé Maria, então vereador pelo Partido dos Trabalhadores (PT), em conjunto com o Setorial de Mulheres do PT de Maringá elaborou o primeiro projeto da Casa Abrigo, o qual foi aprovado pela Câmara dos Vereadores. A sua viabilidade, no entanto, tornou-se possível, muitos anos depois. Não podemos deixar de registrar na história o esforço da Maria Conceição Franco (Assessora da Mulher na Gestão 2001-2004) e da Terezinha Pereira (Secretaria da Mulher na Gestão 2004-2011) e suas equipes na elaboração e na consolidação do projeto da Casa Abrigo, a qual recebeu recursos do Governo Federal, via Secretaria Especial de Política para Mulheres, para aquisição de mobiliário, equipamentos e veículo. Junto com a Casa Abrigo, o Governo Federal incentiva e envia recursos para os Centros de Referência às Mulheres Vítimas de Violência (CRAM) como forma de criar uma infraestrutura de apoio às mulheres. Em Maringá, temos a Casa Abrigo e o Centro de Referência. A Casa Abrigo Edna Rodrigues de Souza funciona desde 2006. O nome da Casa é uma homenagem a enfermeira Edna do Hospital Santa Rita que foi morta a facadas por seu companheiro enquanto saía do trabalho. Na Casa Abrigo as mulheres são assistidas por uma equipe multidisciplinar, que conta com assistentes sociais, psicólogos e assessores jurídicos. O tempo de permanência no local é indeterminado, com as mulheres podendo ficar no abrigo até que haja condições de segurança para retornar às suas casas – segurança que pode vir de uma notificação judicial ou prisão do potencial agressor. A administração da Casa é realizada pela Secretaria da Mulher e o local é mantido em sigilo. A Secretaria da Mulher, é, também, responsável pelo CRAM Maria Mariá que tem como incumbência assistir e encaminhar as mulheres vítimas de violência. A Casa Abrigo e o CRAM significam muito mais do que um espaço físico de atendimento às mulheres. Eles são resultado de uma política pública para mulheres que retira a violência contra a mulher do espaço privado e a coloca como responsabilidade do setor público, possibilitando o acompanhamento e o resgate da qualidade de vida das mulheres. Infelizmente, fomos surpreendidos pelo mesmo Governo que criou a Casa Abrigo, por seu desmonte, ignorando as verbas públicas ali investidas e, pior que tudo, ignorando as vidas que podem ser salvas ao acolher as mulheres que estão em risco de morte. Não entender o que é a Casa Abrigo e sua necessidade de proteção à vida, faz com que a Sasc (Secretaria de Assistência Social e Cidadania) tome a Casa Abrigo das Mulheres. No mês de março do corrente ano, houve uma reunião em que o Conselho da Mulher participou e foi totalmente contra passar a Casa para a Sasc. Na época, o prefeito assumiu o compromisso de acatar a posição do Conselho da Mulher, inclusive, ele afirmou repetidas vezes, que ninguém queria tomar a Casa Abrigo, apenas mudaria para um local menor, quando fosse viável a troca com outro imóvel. E, agora o fato se repete. A alegação por parte da prefeitura, da Sasc e conselhos vinculados é de que a Casa Abrigo, que foi montada com verbas do Governo Federal, está subutilizada pois atende poucas mulheres. Segundo eles, deve ser utilizada para outros fins. A Casa Abrigo é um local no qual as mulheres e seus filhos são colocados nos casos em que se avalia risco de morte. O Conselho da Mulher de Maringá fez uma proposta de ampliar a Casa Abrigo para a região de Maringá, visto que as mulheres das cidades ao redor são desprotegidas. Os elevados índices de registros de violência contra à mulher e o número de assassinatos das mulheres justifica a existência de uma Casa Abrigo regional, mesmo porque, voltamos a frisar, temos recursos federais ali investidos. O nosso sonho era que não precisássemos de Casa Abrigo pois significaria que não teríamos mulheres ameaçadas de morte, mas, a realidade é outra, nossas mulheres continuam sendo ameaçadas de morte e assassinadas. A sociedade e o poder público tem obrigação de dar conta dessa situação. O nosso sonho é que mulheres como a Edna, que empresta seu nome à Casa Abrigo de Maringá, não fossem brutalmente assassinadas por aqueles que fizeram parte de suas vidas. O nosso sonho é que a violência contra a mulher deixasse de existir e as mulheres pudessem usufruir de suas vidas com dignidade e sem medo. * Tania Tait, Professora do Departamento de Informática da UEM, Coordenadora da ONG Maria do Ingá – Direitos das Mulheres e Presidente do Conselho da Mulher Gestão 2004-2006.

sábado, 1 de setembro de 2012

Homenagem aos Presidentes do Sinteemar

O Sinteemar - Sindicato dos Trabalhadores de Ensimno de Maringá, reúne trabalhadores das escolas particulares e da UEM. Tive a honra de ser vice-presidente na Gestão 1989-1992 como vice presidente, tendo como presidente o prof. Sidnei Munhoz. O Sinteemar inaugurou uma galeria com os presidentes. Emocionante lembrar da história desde os anos 1980 quando comecei a participar. Lutamos pela gratuidade de ensino, pela eleição direta pra Reitor, pela igualdade, pela carreira técnica e docente, entre tantas outras lutas, além de participar das lutas pela consolidação da democracia no país. Enfim, participar dessa história nos mostra quão importante é a colaboração de cada um e cada uma de nós. Mais fotos no site do Sinteemar -
href="http://www.sinteemar.com.br">

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Enio Verri 13

Voto Enio Verri 13, por vários motivos. Mas, gostaria de destacar dois motivos. Primeiro: o Enio está preparado para administrar Maringá, sua trajetória o capacita para tal missão. Segundo: tive a oportunidade de trabalhar com o Enio na Gestão do Prefeito José Claudio e nos chamava a atençao o respeito que ele tem com o dinheiro público, sempre atento com a sua aplicação e os resultados para a população. Não tenho dúvida do meu voto: Enio Verri 13.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

E a democracia?

Vamos refletir, se há democracia porque a maioria dos nossos representantes são fazendeiros e empresários? Onde estão nossos representantes trabalhadores? Pesquisa aponta que o congresso tem, em sua maioria, empresários e fazendeiros e uma minoria de trabalhadores e dentre esses, a maioria são servidores públicos.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Mulheres e eleições 2012

"Quando uma mulher entra na política, muda a mulher. Quando muitas mulheres entram na política, muda a política." Esta é uma fase famosa atribuida a Presidenta do Chile, Michele. Claro que não é qualquer mulher que vai mudar a política. Historicamente, o Brasil é marcado por mulheres que herdam a política de familiares, pais ou maridos. À exceção fica por conta das mulheres que atuam em movimentos sociais, as quais constrõem suas candidaturas em cima de trabalho de muitos anos desenvolvido em suas comunidades ou nos movimentos que atuam. Essa constução faz com que essas mulheres desempenhem suas atividades na política com coerência e força. No entanto, infelizmente, o Brasil continua tendo muito pouca presença feminina na política, somos apenas 8,8%. A nossa esperança é que com a eleição da Presidente Dilma esse quadro mude com o aumento de mulheres nos cargos políticos. O país ganhou muito com a implementação de políticas públicas para mulheres e o fortalecimento da Secretaria Nacional de Políticas para Mulheres, criada em 2003 pelo Presidente Lula. Não podemos retroceder! Somos a maioria da população, já temos mais anos de estudo do que os homens, chefiamos as famílias e estamos no mercado de trabalho. Ainda temos muito a conquistar como a criação de infra-estrutura para a mulher trabalhadora (escolas em tempo integral, lavanderias, condições de trabalho etc), o fim da violência e da discriminação contra a mulher, entre outros. Temos, portanto, responsabilidade nas eleições. Vamos votar em homens e mulheres que sejam comprometidos com as políticas públicas para as mulheres, a começar pela defesa da Secretaria Municipal da Mulher e pelo respeito ao Conselho da Mulher e as entidades que ali estão representadas. Se optar por votar em mulheres, analisem seu histórico de lutas e contribuição para as políticas para as mulheres e para as chamadas "minorias" em nossa sociedade. Se optar por votar em homens, que considerem mais aptos aos cargos pleiteados, verifiquem seu comprometimento com as lutas das mulheres e o compromisso com as políticas públicas para as mulheres. O que não podemos mais é votar pela omissão!