Em nossa viagem, de 13 a 28 de maio de 2018, por Paris, Veneza, Roma,
Vaticano e Atenas, além do deslumbramento pelo cenário e pelas belíssimas obras
como Monalisa e Pietá, outras impressões surgiram ao longo do caminho em trajetos
realizados por meio de aviões, trens, metrôs, barco e muita caminhada.
Na sempre bela e charmosa
Paris, num final de inverno e muitos agasalhos, nos deparamos com o significado
do terrorismo no dia-a-dia da cidade. Tive a oportunidade de conhecer Paris
antes dos atentados e, fiquei surpresa em ter que passar por catracas e
revistas com aparelhos de metal em todos os pontos turísticos. Já não se chega
a Torre Eiffel, por exemplo, como se estivesse apenas atravessando uma praça.
Agora a Torre está cercada por grades e para entrar existem filas enormes com
fiscalização. Também, a Universidade Sorbonne está com seguranças e acesso
restrito.
Outro aspecto que chamou nossa atenção foi
a quantidade enorme de vendedores de souvenir
ao redor dos pontos turísticos, alguns africanos e muitos haitianos, o que,
também, não se percebia 5 anos atrás. São vendedores insistentes como todos os
vendedores ao redor do mundo, ora falando em inglês, francês ou espanhol.
Apreciamos Veneza e seu encanto especial,
lotado de pessoas num dia de verão quente, com pessoas de todo o mundo e muitos
italianos em férias. Aqui, nos livramos dos agasalhos pesados e passamos a usar
roupas mais leves. Como boas turísticas que somos, navegamos pelas águas nos canais de Veneza de gondola ao som de muita conversa em italiano dos condutores
com suas tradicionais camisas listradas.
Destaque-se que em todos os locais por
onde passamos, encontramos muitos brasileiros, as vezes, excursões inteiras vindas
do nosso Brasil.
Chegamos a Roma, via trem de Veneza. A
impressão que Roma nos causa é de uma cidade grande, com pessoas muito
apressadas. Visitamos os pontos turísticos. Nos encantamos com a Pietá de
Michelangelo, comemos muita pizza e sorvete, bebemos muito vinho. Tivemos má
impressão da grosseria dos italianos e descobrimos que eles não gostam de
turistas, a despeito do forte turismo na cidade e a renda que esse gera.
Na visita ao Coliseu conhecemos o mau
caratismo dos guias que insistem em que as pessoas entrem em grupos por 36
euros, alegando que os ingressos no guichê custam 24 euros, destacando a pouca
diferença e o conforto por entrar primeiro aos invés de enfrentar uma fila de 2
horas. Claro que muitas pessoas por
comodismo ou desconhecimento seguem esses guias. Recusamos a oferta e no guichê,
descobrimos que a entrada custa 12 euros e levamos menos de 40 minutos para
entrar no Coliseu. Ou seja, picareta e mau caráter existe em todo lugar,
infelizmente.
No Vaticano, fomos convidadas a cobrir os
ombros. Fato que nos levou a rir muito, pois em todos os lugares da cidade, até
em imãs de geladeiras ou aventais vendidos nas ruas, o nu masculino se destaca predominantemente, com as partes baixas em relevo.
Nem vamos tratar da polêmica sobre os nus artísticos
expostos no Museu do Louvre em Paris e em Roma. Na Capela Sistina e na Basílica
de São Pedro nos deslumbramos com a beleza das pinturas e ficamos
impressionadas com a falta de educação das pessoas na insistência em tirar
fotos, em locais proibidos. Note que essas pessoas não eram brasileiros, antes
que alguém pergunte prá nós.
Nossa atenção em Roma, além do vinho
delicioso, se voltou também para a enorme quantidade de indianos pela cidade,
vendedores ambulantes e vendedores dentro das lojas de lembrancinhas.
Não temos a exata dimensão e compreensão
dessa migração de povos, vindos de locais distantes. Nos parece que seja em
busca de trabalho e uma vida melhor.
Na Grécia, em Atenas, encontramos um povo belíssimo
e acolhedor, uma culinária deliciosa e um cenário que nos faz pensar na
evolução da humanidade. Nesse local, diante de textos e frases sobre
democracia, nos deparamos com notícias dos acontecimentos no Brasil, da greve
dos caminhoneiros e de pessoas se aproveitando da greve para pedir a famigerada
intervenção militar.
Em todos os locais pelos quais passamos,
observamos a existência de inúmeras excursões com turistas chineses, coreanos e
indianos e suas famílias, ocupando aviões, trens e metro, restaurantes e lojas.
Talvez seja sinal de que a economia desses países esteja propiciando à sua população
essas viagens.
Ao final dessa viagem espetacular, só
podemos brindar e agradecer muito todos os momentos que passamos e todos os
lugares que visitamos. Pena que nossas
bagagens não tenham chegado ainda, extraviadas no Aeroporto Charles De Gaulle, na
conexão da volta pra casa...Pra nossa belíssima casa, o Brasil, que, ainda, não
se reconhece como um dos lugares mais encantadores do mundo.