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quarta-feira, 24 de maio de 2023

Itapema: entre belas praias e o caos da rodoviária em reforma

Dessa vez, fui de ônibus em visita familiar para Santa Catarina. Quando meu irmão foi me buscar na rodoviária de Itapema, eu estranhei o local, com tapumes, tendas, banheiros químicos e ar de abandono. Eram 7 h da manhã, na chegada, achei que estaria diferente durante o dia, no entanto, voltamos novamente, em outro horário, pra verificar uma passagem e tudo continuava igual.

No meu retorno pra Maringá, permaneci no local aguardando o ônibus. Aí foi que percebi a situação caótica da rodoviária.

Depois de passar por lugares lindos com paisagens exuberantes, de encher o coração de alegria, na hora de voltar pra casa, a pessoa fica aguardando o ônibus num local com ares de abandono e detalhes que chamam a atenção.

Assim, pelas fotos que tirei dá pra observar alguns elementos:

1.  Os ônibus param em local descoberto para pegar os(as) passageiros (as) simulando uma plataforma de embarque e desembarque e o motorista decide a sequência pois não existem faixas nem indicações;
2.   O local onde passageiros e passageiras aguardam a chegada dos ônibus é um tablado de madeira com cobertura de uma tenda. No tablado tem tábuas soltas e buracos no madeiramento. Quando venta, o que é bastante comum nas noites catarinenses, o local fica impossível de permanecer;
3.    Dois banheiros químicos foram colocados para atender as pessoas, inclusive, transeuntes utilizam os banheiros;
4.   A fragilidade da tenda é perceptível pelo material do toldo e dos suportes;
5.   O som é bem alto para que as pessoas que estão no tablado ouçam que seu ônibus está chegando;
6.   A plataforma de embarque é escura e os ônibus ficam muito encostados um no outro, o que causa insegurança para o embarque;
7.   Os ônibus que passam por ali se dirigem à várias localidades e estados e chegou a ter fila em determinados horários para adentrar as plataformas, o que ocasionou transtornos para os carros que transitam pelas ruas ao redor da rodoviária.

Fiquei imaginando aquele local em dias de chuva e o famoso vento sul, com crianças e pessoas com mobilidade reduzida precisando se deslocar do tablado até a suposta plataforma, aguardando na fila para entrar no ônibus e para o motorista guardar as malas.

O que tirei desse momento é que se torna muito incoerente, uma região turística com lugares belíssimos e um mercado imobiliário em expansão não ter a preocupação de tratar bem as pessoas que por ali passam.

Com a minha curiosidade natural,  perguntei desde quando a situação está daquele jeito. A resposta me surpreendeu: “desde outubro, era pra terminar para o verão, mas não deu tempo”. Isso significa que no auge do verão, com a rodoviária lotada, certamente, a situação foi mais caótica e desrespeitosa.

Mesmo que Itapema esteja se tornando uma selva de pedra como se vê pelos inúmeros edifícios construídos e em construção, o poder público deve olhar com carinho para o bem maior que são as pessoas e, também, turistas, que por lá circulam e contribuem para a cidade.












 

 

 

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