Os dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostram que há um aumento considerável de novas armas registradas, dobrando a cada ano desde que o governo atual assumiu o poder em 2019, tendo como um dos seus motes de campanha o armamento da população.
Basta observar a evolução dos registros para ter uma dimensão da situação:
2017: 42.387 novas armas registradas
2018: 47.691 novas armas registradas
2019: 94.416 novas armas registradas
2020: 186.071 novas armas registradas
Outro dado que chama a atenção é o aumento de feminicídio durante a pandemia, com 22% a mais em 2020 do que em 2019, conforme apresentado pelo Anuário de Segurança Pública. Os dados estão aí para mostrar a realidade do aumento das mortes por armas de fogo ao mesmo tempo que traz o conhecimento sobre o aumento dos registros de novas armas.
Muitas pessoas que se dizem
cristãs estão defendendo o porte de armas como forma de se proteger dos
bandidos. Bandidos que são preparados, que em muitos casos além de matar a
vítima, se apossarão de sua arma. Além disso, arma e amor certamente não combinam pois amor significa a vida e a arma significa a morte.
No fundo quem lucra mesmo com o aumento de armas são as empresas fabricantes de armas, que certamente estão apoiando esse tipo de iniciativa de armamento da população e aumentando seus lucros. Nem vamos falar dos clubes de tiros espalhados pelo país.
Além dos dados e de observar a inexistente
dúvida existencial cristã entre armar e amar, muitas outras situações são intrigantes:
A quem interessa uma população armada?
Quem é essa população que se arma? O que pensa? O que pretende?
Quantas pessoas morreram por ter arma em casa? (por engano, por violência doméstica, por brincadeiras entre crianças e adolescentes com a arma do pai).
Será que estão criando um exército de civis armados?
Imagem: LinguaculturaX.com
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