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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Por nenhuma a menos!

Dia 01/02 teve o Ato de repúdio ao feminicídio em Maringá, inicialmente organizado por amigas e familiares da bailarina Maria Gloria Poltronieri Borges, o movimento ampliou e inclui todas as mulheres assassinadas.
O que chama a atenção é que o número de casos de feminicídio tem aumentado mesmo com a nova legislação mais rigorosa, com medidas protetivas etc. Mulheres são atacadas e mortas em seus lares, nas ruas, nas escolas, nas igrejas por homens  que se julgam donos de seus corpos e suas almas.
Precisamos tomar medidas mais rigorosas tanto em nível de governos como do judiciário. Não podemos mais continuar perdendo nossas mulheres.
O movimento feminista está  lutando desde sempre pelo fim da violência contra a mulher, existem várias entidades da sociedade civil atuando com palestras, cursos, eventos; temos as leis. 
Entretanto,  da parte governamental poucas cidades tem secretaria da mulher e delegacia da mulher, nem todo judiciário e polícia são preparados para lidar com esse tipo de violência. O trabalho é muito lento. 
A ong que atuo, a Associação Maria do Ingá Direitos da Mulher cujo objetivo é formar e informar na área de direitos da mulher  atinge, em média, 500 pessoas por ano. Teve um ano que atingimos 1000 mulheres e homens mas foi porque uma empresa tinha 500 funcionarias numa palestra. 
Fazemos trabalho voluntario mas acredito que quando os governos estabelecem políticas públicas e fortalece a rede de enfrentamento a violência, os resultados são mais rápidos. Pra ter uma ideia o Paraná tem 399 municípios e apenas 20 delegacias da mulher. Na nossa região (norte do Paraná) tem secretaria municipal da mulher apenas em Maringá, Apucarana e Londrina.
Como combater o feminicídio se não existe o aparato governamental para estabelecer as políticas públicas e a justiça para punir com rigor? Não basta apenas educar os homens, eles já sabem que o que fazem é errado, é crime. 
Precisamos de um conjunto de medidas que envolva toda a sociedade, governo, justiça e polícia. 
Nada é novo, mas é cada vez mais urgente!
Por nenhuma a menos, por todas nós!!!

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