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quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

Falta de apoio do governo federal no combate à violência contra a mulher

Escrevo sobre dos direitos das mulheres faz muitas décadas e sempre frisei a importância de integrar governos (executivo, saúde, educação, polícia), legislativo, judiciário e sociedade no combate à violência contra a mulher. Além de escrever, atuo na defesa dos direitos das mulheres desde sempre e lá se vão 40 anos de atuação voluntária.
Com as últimas notícias sobre os cortes efetuados pelo governo federal nas políticas de combate à violência contra a mulher com a redução drástica de orçamento e o abandono do Programa Casa da Mulher Brasileira aliado ao aumento dos casos de feminicídios, sou abatida por uma profunda tristeza.
Tanto fizemos, tanto falamos e elegeu-se um governo que atua na contramão da defesa das mulheres num país que figura como o quinto lugar em feminicídio do mundo. Elegeu-se um governo que ao invés de fortalecer as políticas e ações de enfrentamento à violência contra a mulher, as esvazia e ainda por cima, incentiva o uso de armas, cujo uso foi comprovado por especialistas que matará mais mulheres em situação de violência.
Nós mulheres somos as mais qualificadas em anos de estudos, somos chefes de família em 40% dos lares brasileiros e em contraposição ao nosso crescimento, recebemos os menores salários, não temos presença na política e somos assassinadas por homens que foram nossos amores (ou não).
Sofro por todas as mulheres, por nossas filhas, irmãs, familiares, amigas e desconhecidas. Mas, não pense que essa tristeza profunda me abate. Me fortaleço com a energia de todas as mulheres. Por todas elas, me refaço e vou à luta. Por nenhuma a menos, por todas nós!
BASTA DE FEMINICÍDIO!!!


"No entanto, além de fortalecermos a rede de apoio à mulheres vítimas de violência, o tema deve ser amplamente debatido e a violência deve ser combatida sempre, pois é necessário uma mudança de comportamento por parte de homens e mulheres para que nosso Estado e o nosso país deixem de fazer parte dessa estatística vergonhosa." (Tania Tait, 2013)

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