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terça-feira, 2 de outubro de 2018

O fascismo estava escondido


Comecei a lembrar de muitas coisas nas últimas décadas e chego a conclusão que o fascismo estava escondido nas nossas famílias, nas nossas Igrejas, escolas e no nosso convívio social.
O fascismo não mostrava suas garras, pois sentia vergonha e estava camuflado pela onda de cidadania. No entanto, assassinatos de negros, nordestinos, lgbts, indígenas e mulheres, violência contra a mulher, discussões sobre os horrores do governo da ditadura militar, tudo sendo tratado de forma condecendente pela sociedade.
 Mas, não é privilégio nosso. Li recentemente um artigo que falava do nazismo e do fascismo na Europa e como o continente lidou com ele após os horrores da Segunda Guerra Mundial. Deputados nazistas e fascistas foram eleitos, permitem-se passeatas nazistas e, recentemente quase uma mulher com discurso racista e xenófobo foi eleita presidente da França. Destaca-se também as ondas imigratórias nos países da América do Sul, que receberam muitos nazistas e fascistas europeus que viveram escondidos em cidades ou no campo, com fachadas de cidadãos do bem.
Vale lembrar que o regime ditatorial fascismo foi criado na Itália, que deriva da palavra italiana fascio, que remetia para uma "aliança" ou "federação". Fundado por Mussolini em 1919, o fascismo foi, junto com o nazismo, pilar para a segunda guerra mundial. Só por aí, você já vê que coisa boa não é. Trata-se de um movimento que restringe as liberdades das pessoas, com tendências autoritárias, anticomunistas e antiparlamentares, da mesma forma que o nazismo, com uma forte conotação nacionalista. Muitas pessoas se fiam no anticomunismo, sem ter exata noção do que significa. Mas, o anticomunismo significou levar a morte todas as pessoas que comungavam de idéias diferentes das ditaduras fascistas e nazistas, fossem comunistas ou não. Seu alvo principal eram judeus, comunistas, gays e negros. Lembremos, também, que em vários locais, durante a Segunda Guerra, havia a Resistência que combatia os regimes nazista e fascista.
Vemos, agora, em uma comparação simplista, nesse período eleitoral, em que qualquer pessoa que seja contrária ao candidato fascista, é chamada de “comunista”, mesmo sem ser.
Portanto, não pensemos que o fascismo voltou agora. Ele sempre esteve aí, apenas criou coragem pra mostrar suas garras, sendo movido pelo discurso fácil e raso, como: armar a população para resolver todos os problemas do país, pregar violência contra os diferentes, pelo discurso de uma família tradicional que não existe na vida real e por uma distorção das bandeiras de lutas dos movimentos feministas, negros e LGBTs.
Não vamos nos enganar nem nos assustar, vamos nos organizar e ser fortes pra combater esse mal que sabemos o que fez em nosso mundo no passado. Eles contam com o medo e a intimidação. São violentos.
Nós contamos com o amor e a experiência de décadas de construção da nossa democracia que não pode ser perdida.

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