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terça-feira, 26 de outubro de 2010

Desinformação pela Internet

Muitos pensadores enxergavam na Internet uma forma de democratizar a informação e torná-la acessível a todas as pessoas. Com os avanços tecnológicos e o barateamento dos equipamentos cada vez mais pessoas puderam entrar no que chamamos sociedade da informação. Muito já se escreveu sobre o uso da Internet e seus reflexos no mundo em que vivemos. Também, escreve-se e fala-se sobre o mau uso da rede, com disseminação de pedofilia, crimes, discriminação, entre outros.
Infelizmente para todos nós, o uso indevido da Internet começou há alguns anos, inclusive com mensagens que contribuem para confundir as pessoas. Basta lembrar no ano passado das mensagens divulgadas para as pessoas não se vacinarem contra a Gripe H1N1, o que levou alguns crédulos no que recebem pela rede a não se vacinarem.
Agora, nas eleições 2010 no Brasil, a Internet, considerada a grande novidade para divulgação das idéias e contato direto com os candidatos, passou a ser um veículo de mensagem de calúnia, difamação, mentiras e tantas outras coisas que começa a colocar em dúvida o pensamento de democratização e acesso à informação de qualidade apregoada em seus primórdios. Foram tantas mensagens e tantas correntes que, ao invés de contribuir para o processo democrático tornou as eleições palco de desinformação e, muitas vezes, agressão.
Mas, como tudo é um grande aprendizado, podemos transformar o que aconteceu via Internet em uma maneira de procurar aperfeiçoar o uso dessa grande tecnologia que aproxima as pessoas e torna a informação acessível.

2 comentários:

  1. só falta as pessoas serem menos ignorantes, né?

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  2. Tania,
    Assim como em todos os outros veículos, a quantidade de informação de qualidade duvidosa cresce com o acesso e a busca de audiência. Como no rádio nós trocamos de estação, na TV mudamos de canal e na mídia impressa deixamos de ler ou de comprar, com a internet é a mesma coisa. As redes sociais ajudam a aumentar a divulgação ao círculo de conhecidos e próximos, muitas vezes colocando informações dúbias na mão, ou pela mão, de pessoas de nossa confiança. É uma questão de depuração, como nas outras mídias e a vantagem, ou não, é que a internet é mais democrática por estar mais distante dos braços autoritários dos controladores, embora os tribunais e alguns países ainda insistam em dizer o que o cidadão pode ou deve ler. As eleições no Brasil de 2010 mostram que temos mesmo uma ferramenta, um veículo, de longo e amplo alcance e que depurá-lo será tarefa de cada um. No twitter, podemos escolher o que queremos ler e quando lemos o que não interessa, através do RT, por exemplo, podemos selecionar a chave de não-retwitte para determinado emissor, assim como nas redes sociais escolhemos quem pode ou não fazer parte do nosso círculo. A internet é pessoal, na mesma medida que escolhe-se a Folha ou a Carta, a Globo ou a TV Brasil, o twitter da Dilma13 ou do Serra45. Eu, depois de passadas as eleições, sem dúvida vou rever o que leio e tirar o que considero lixo no meu Twitter, Facebook e lista de blogs. Os amigos, muitas vezes, abusam da gente com a quantidade de lixo que despejam em nossas caixas de e-mail e basta, também, dar o devido destino 'as suas mensagens.
    Quanto aos ignorantes, como comentou a "Mar e Ana", são os mesmos que assistem 'a TV, ouvem as rádios e lêem os jornais; o problema é que eles chegam até os outros todos pela interatividade da internet. Imagine se os telespectadores fossem ouvir os comentários de cada casa onde se assiste 'a TV no domingo a tarde? Essa sensação de "ignorante" seria levada ao extremo exponencial. Viva a democracia da internet.

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