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domingo, 15 de dezembro de 2024
Desafiada sobre o que me motiva
Fui desafiada a dizer o que me motiva. Penso que a motivação vem de um conjunto, a partir da minha história. Tive poliomielite (paralisia infantil) com 1 aninho. Fui atendida rapidamente pois meu priminho irmão Waltinho falecera um mês antes de meningite ou erro médico e meus pais pensaram que poderia ser meningite por causa da febre. Minha mãe conta que o médico fazia testes nas minhas perninhas e eu só mexia a perna esquerda. Voltei a andar, usei botas ortopédicas até os 10 anos de idade. Usava calças compridas pois sentia friagem nas pernas. Imagina ter paralisia numa cidade com 14 anos como era Maringá. Tive sorte e muitos cuidados. Minha mãe fazia massagem e exercícios nas minhas pernas. Meus pais sofriam quando eu caia. Ganhei bicicleta da minha madrinha, tia Cida, ainda criança. Comecei a nadar aos 12 anos num projeto do Clube Olímpico. Fiz Ginástica Rítmica dos 15 aos 17 anos. Sempre fiz e faço alguma atividade física. Uso óculos desde os 5 aninhos, era muito estrabica e hipermetrope (sou, agora uso óculos multifocal). Enfim, fui uma criança e adolescente diferente das demais, mas me diverti como todas. Sou de família grande e amorosa. Curti muito meus avós, tios e tias. Passeei e brinquei com primas e primos, irmã e irmão. Pela época e pela doença que tive, poderia ter morrido ou ficado de cadeira de rodas ou com dificuldades para andar. Não fiquei. Só por isso tudo, sou sempre muito grata e aprendi a compreender as dificuldades e limitaçoes das pessoas. Talvez, boa parte do meu trabalho voluntário venha da gratidão e a outra parte venha da participação na Pastoral Universitária quando aprendemos que a fé sem obras é morta. No final das contas, nem o uso dos óculos nem o 1,6 cm a menos na perna direita foram impedimentos. Inclusive, sempre fui dona de um belo par de pernas grossas e lindos olhos cor de mel..rsrs
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