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terça-feira, 16 de julho de 2024

A calçada e a árvore condenada

Sempre me chamou a atenção as pessoas varrerem suas calçadas. Dada como tarefa de pessoas idosas ou aposentadas, muitas vezes ignoradas, elas encontram satisfação nessa tarefa. Nas minhas idas a pé para a UEM, pela manhã, sempre as encontrava e percebia o sorriso e o brilho nos olhos ao meu “Bom dia”. Certamente, queriam conversar pois tinham muito a dizer. E lá ia eu caminhando para o trabalho, levando o bom dia delas  comigo.

Desde jovem, eu gosto de varrer as calçadas da frente de casa, agora, aposentada, continuo gostando. Não vejo como tarefa desnecessária ou inútil pela satisfação de ver a limpeza e tirar o ar de casa abandonada que uma calçada pode deixar. Inclusive, pra quem não conhece o ofício da varreção, tem vassoura especial que é diferente da vassoura de varrer dentro de casa.

Além de ver a calçada limpa e apresentável, observo o mundo ao redor dela e os vários tipos de flores que caem das árvores. Nem sempre é tão poético, às vezes, aparecem tocos de cigarros alheios, plásticos e até tampa de marmita. Isso mesmo que você leu, já apareceu tampa de marmita na minha calçada vinda de não se sabe onde.

Da última vez que varri a calçada me deparei com uma novidade: a calçada está mais alta em umas partes do que em outras, com rachaduras. Os motivos para essa subida da calçada é a árvore condenada na frente da casa que está tombando e com isso, vai levando junto a calçada. Destaca-se que a calçada seguiu os padrões de gestões anteriores para calçamento ecológico e tem duas partes com gramas, inclusive onde a árvore está. Fiquei entristecida com a imagem pois todas as iniciativas para a remoção da árvore foram realizadas junto ao órgão competente da prefeitura e possui avaliação de urgente pelo setor responsável. A despeito das diversas tentativas, a árvore continua pendendo para o lado da casa e carregando consigo uma parte da calçada.

A situação se agrava a cada dia e ao ocorrer a queda da árvore, além da esperança de que não tenha ninguém na rota da queda da árvore, virão juntos os prejuízos com telhado, parede, grade, móveis etc, e o conserto da calçada. Certamente, haverá plantio de uma nova árvore no local pois é a defesa que sempre fazemos.

Ao término da varreção, não pude deixar de pensar que é uma pena que a vassoura não tenha a força necessária para colocar a calçada em seu lugar e puxar a árvore para que ela não ficasse mais torta. Foi só um pensamento de filme de vassoura super heroína, por um instante, logo passei a recolher as folhas espalhadas pela calçada, ensaquei, fechei o portão e voltei pra dentro de casa.   


 

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