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segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Não vamos tampar o sol com a peneira!


No nosso Brasil varonil, no século passado, teve um político que foi questionado por ter sua assinatura num cheque que indicava desvio de dinheiro. Ele, esperto como era, negou veementemente, claro, e disse mais: “minha assinatura foi falsificada nesse documento”. Era Paulo Maluf, aquele político paulista da máxima “rouba, mas faz”. Obviamente, realizava grandes obras com altas quantias de desvio de dinheiro público em benefício de si e dos seus. Levou décadas para ser preso.
Na atualidade, temos um novo tipo de desculpas de político corrupto, cuja evolução patrimonial é justificada pela venda de carros e de imóveis ultra valorizada, com sessão de lágrimas e mentiras deslavadas. É o que temos visto no caso Bolsonaro, Queiroz e a Coaf. Na aliança para proteger a turma, além dos militares, o STF (Supremo Tribunal Federal), pastores etc, encontramos o ex juiz ora ministro da justiça, outrora implacável com a corrupção, silenciado diante de seu novo chefe presidente.
Não se pode tapar o sol com a peneira, expressão usada popularmente para indicar que mesmo escondendo coisas, elas aparecem como os raios de sol que ultrapassam os furos de uma peneira. Sabemos que é dolorido acreditar em alguém ou algo e, depois ver toda a confiança se desmanchando, mas encarar esses fatos é sinal de amadurecimento.
Na política, não é diferente, você aposta suas fichas numa candidatura e ela pode decepcioná-lo ou não. A maturidade politica, nesse caso, implica em não ficar desviando o foco e jogando a culpa ou justificando pelos erros de outros que você não gosta ou discorda. A maturidade política é maior do que isso. Ao invés de ficar tampando o sol com a peneira, deve-se ir a luta e cobre do seu candidato eleito, afinal você deu o sangue por ele, brigou com pessoas, uso seu carro e sua gasolina, usou seus espaços nas redes sociais, foi em manifestações e carreatas, portanto, tem todo o direito de cobrar dele e de sua família.
Chega um momento em que se faz necessário não tampar mais o sol com a peneira pois os fatos são gritantes e comprovam o que estava escondido. Não se trata de dedução de procurador e de juiz e nem delação premiada sem documentos ou provas. A  corrupção dos Bolsonaros está tão escancarada que mostra que eles agiam impune e livremente na sociedade carioca, inclusive, com indicações, a serem comprovadas, de envolvimento com as milícias.
Não adianta mais a ironia e o cinismo de ministro, o silêncio de ex juiz ministro ou as posturas moralistas absurdas de ministra pra servirem de cortina de fumaça para encobrir a privatização de nossas riquezas, a perda de direitos, a previdência negociada para grandes bancos privados, a subserviência aos EUA.
Isso tudo assusta e muito, não só a seus eleitores, mas, a toda sociedade brasileira. Se a família fazia tudo isso, bem a vontade, em um Estado da Federação, imagina o que pode fazer no Brasil, se não for freada. Precisamos, com urgência, nos sentir confiantes e seguros em nosso país.

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