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terça-feira, 20 de maio de 2014

Falta de Informação e a Violência contra a mulher

Temos realizados muitas palestras e oficinas pela ong Maria do Ingá-Direitos da Mulher com públicos distintos desde mães atendidas em serviços sociais até profissionais formados e estudantes de universidades. E o que chama a atenção é a total falta de informação que as pessoas possuem sobre os serviços de atendimentos às nossas mulheres. Quando perguntamos “Onde fica a Delegacia da Mulher de Maringá?” Poucas pessoas sabem e quando respondem indicam o endereço antigo. O que não dizer, então, dos serviços de atendimentos que são prestados às nossas mulheres vitimadas nas áreas de assistência social, jurídico e psicológico? Ninguém sabe... Em 2003, na Gestão do Presidente Lula, com a criação da Secretaria Nacional de Políticas Públicas para as Mulheres, houve incentivo e envio de recursos para a criação de secretarias das mulheres nos municípios. Posteriormente, o governo federal enviou recursos para a criação dos CRAMs, como são chamados os Centros de Referência de Atendimento às Mulheres Vítimas de Violência. A Lei Maria da Penha, promulgada em 2006, colaborou, por sua vez, para a formação de uma Rede de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres, da qual fazem parte os CRAMs, as Delegacias da Mulher, os Institutos Médicos Legais e as Varas da Mulher. No entanto, além da falta de informação dos serviços prestados à população, existe falta de integração entre os organizamos municipais e estaduais de atendimento. Dessa forma, Delegacias da Mulher e CRAMs não são integrados; a Lei Maria da Penha não é implantada na prática etc. Além de existir muitas reclamações de vítimas sobre a falta de humanização de atendimentos nesses órgãos públicos. E os índices de violência e assassinatos de mulheres continuam alarmantes, desafiando a rede de enfrentamento à violência contra a mulher e mostrando a necessidade de revisão desses serviços e sua integração e, principalmente, a necessidade de levar informação para as pessoas sobre onde e como obter auxílio e orientação em casos de violência contra a mulher. Investimento público tem sido realizado, a Lei Maria da Penha existe, os órgãos públicos existem, então, vamos refletir, sobre o que falta para dar um basta nesse quadro vergonho e machista que o nosso país e o nosso Estado do Paraná enfrentam de violentar e assassinar suas mulheres. Vamos dar mais informações sobre a Rede de Enfrentamento contra a violência contra a mulher e o apoio que as nossas mulheres vitimadas devem buscar antes que se tornem mais um número na triste estatística de mulheres assassinadas.

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