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quinta-feira, 6 de junho de 2013

Bolsa estrupo - pagamento por um crime?

Parece que as pessoas não tem noção do trauma que sofre uma pessoa estuprada e que deixa marcas para o resto de sua vida. O que mais indigna é a hipocrisia por trás da discussão do aborto, pois sempre quem tem dinheiro faz e fica bem fisicamente, quem não tem dinheiro, faz, tem hemorragia e é mau-tratada ou morre perfurada por agulhas de croche... É um assunto bastante delicado, que envolve religião, saúde, intimo das pessoas, crenças etc. E, por ser tão delicado deve ser tratado com bom senso e muito, mas muito respeito. Agora, criam essa situação de pagar para quem quiser ter um filho (a) originado por um estupro... Reproduzo, abaixo, o comentário feito em www.mariadoingamulher.blogspot.com "A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados aprovou um projeto que dá direitos ao feto e cria uma espécie de "bolsa-estupro" para mulheres que decidirem ter o filho, apesar de ser fruto de um crime que deixa seqüelas pelo resto da vida, independente se ocasionar uma gravidez ou não.. A votação do chamado “Estatuto do Nascituro” ocorreu com forte mobilização da bancada evangélica e tem como objetivo criar mecanismos para impedir a ampliação de casos em que o aborto é legal e criar incentivos para que as mulheres não optem pela medida na situação de estupro, já permitida por lei. O projeto precisa ainda passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) antes de ir a plenário - e seguir para o Senado. Apenas a bancada do PT se posicionou contra o projeto. A proposta, que já teve o mérito aprovado na Comissão de Seguridade Social e Família, precisou passar pela Comissão de Finanças e Tributação pois propõe a criação de uma despesa para os cofres públicos ao obrigar o Estado a arcar com custos da mulher durante a gestação e da criança até a adoção ou identificação do pai em casos de estupro. A votação ocorreu em meio à pressão de grupos feministas e religiosos, principalmente da bancada evangélica que se posiciona contra o aborto e contra o casamento gay. Enquanto as primeiras destacavam o apelido de "bolsa-estupro", os ligados a movimentos religiosos enfatizavam a defesa do "direito à vida" na proposta. Segundo a deputada Erika Kokay (PT-DF): "É uma bolsa-estupro, é dizer que não tem problema a mulher ser estuprada. Estamos comprando sua vida e pagando pelo que sofreu", afirmou."

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