Neste ano de 2019, ao participar de mais
uma caminhada de combate ao câncer em meio a milhares de pessoas não pude
deixar de pensar que gostaria imensamente que o combate ao fim da violência
contra a mulher pudesse, também, movimentar a sociedade daquela forma.
Em meio a caminhada comecei a refletir.
O combate ao câncer é visto como ação de
Deus e ao não ter controle do ser humano, movimenta o emocional das pessoas. Por
outro lado, a violência contra a mulher é obra dos homens. Talvez essa
diferença justifique por que os eventos no combate à violência contra a mulher
mobilizem muito menos pessoas.
No entanto, em algum momento a luta de
combate ao câncer de mama e a luta pelo fim da violência contra a mulher se
entrelaçam. A estatísticas indicam que 70% (setenta por cento) dos homens
abandonam suas mulheres quando estas desenvolvem o câncer. Mais uma violência
cruel de abandono contra as mulheres em um momento de fragilidade em que elas
precisam de apoio, também, emocional.
Outro ponto a ser considerado é que o
combate à violência contra a mulher exige das mulheres reflexão sobre o tipo de
relacionamento que possuem e isso nem sempre é fácil de realizar.
Ao tratar dos tipos de violência, a Lei
Maria da Penha, aborda, para além da violência física, a violência sexual e a
emocional praticada pelos homens em muitos lares e relacionamentos.
Não é fácil para a mulher admitir que está
em um relacionamento violento, pois envolve família, filhos e a figura do
casamento. Não é fácil para uma mulher admitir que o relacionamento que ela
tanto romantizou, se tornou violento ou mostrou que era violento e ela não
percebia. Não é fácil para as mulheres admitir que a violência é obra dos
homens que elas amaram um dia. Toda essa violência adoece as mulheres.
Ao buscar o comprometimento de homens e
mulheres, o combate pelo fim da violência contra a mulher exige uma grande
parceria da sociedade com os órgãos de atendimento e proteção às mulheres em
situação de violência.
Sabemos que não é fácil trazer a sociedade
para pedalar e caminhar conosco pelo fim da violência contra a mulher. Mas, não
desistimos e esperamos que mais grupos se somem a nós na próxima pedalada/caminhada,
afinal, a violência atinge todas as mulheres, não importa classe social, raça,
cor, grau de instrução ou religião.
Como sonhar ainda é permitido. Sonho que,
um dia, a pedalada/caminhada pelo fim da violência contra a mulher seja expressiva
e envolva milhares de pessoas.
E sonhando, vou mais longe: sonho que um
dia não precisemos realizar pedaladas/caminhadas para chamar a atenção da
sociedade e cobrar das autoridades medidas de combate à violência contra a
mulher.
Entretanto, enquanto sonhamos, caminhemos
e pedalemos, no mundo real, pelo fim da violência contra a mulher e pelo fim de
toda forma de discriminação.
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