O ano de 2018 foi marcado por uma novidade de nome inglês, as fake news, traduzidas para o portugues como "notícias falsas". Por meio das fake news, pessoas são desqualificadas, ofendidas e depreciadas, partidos políticos são atacados e eleições ganhas. Tudo isso é realizado pela população ou pelas empresas de mídias anti-éticas que espalham as mentiras pelo universo on line que se propaga no mundo real.
Da mesma forma que as pessoas acreditavam piamente nas propagandas eleitorais via TV, hoje acreditam nas mentiras ou fake news. Alguém tem duvida de que as pessoas acreditaram na tal "mamadeira de bico de piroca" ou "kit gay"?. Tem gente que chega a jurar, que seu pastor viu etc etc. Observe-se, também, as notícias divulgadas como se fossem notícias verdadeiras, quando voce abre pra ler, é um artigo de opinião. O artigo de opinião é assinado por uma pessoas e, claro, pode conter dados estatísticos e completos. No entanto, colocar um artigo de opinião é mau caratismo na medida em que isso é divulgado como se fosse reportagem do jornal ou rede social.
Hoje me deparei com outra modalidade do que chamo de "mau caratismo nas redes sociais". Está sendo veiculado uma reportagem de uma revista com um título. Quando voce clica para ler a reportagem, o título é outro e não tem a conotação do título divulgado. No título falso divulgado é fornecido uma impressão e ataque a esquerda. Ao ler o artigo, voce verifica que não é nada disso. Mas, quantos de nós, clica em cima para ler o conteúdo e descobrir a mentira? Parece aquelas reportagens de jornal impresso com título sensacionalista e quando voce lê a reportagem, ve que não tem a ver com o conteúdo. No entanto, quando a pessoa passa na frente da banca de jornal, enxerga o título de longe e vai reproduzir com a próxima pessoa que encontrar. Tem gente que até compra o jornal devido o título chamativo.
Precisamos prestar atenção e não dar crédito a essas modalidades de mau caratismo nas redes sociais. Fakenews, postar artigos de opinião como reportagens, mudar títulos de reportagens, entre outras maracutaias informativas devem ser combatidas sistematicamente para o bem da verdade e da informação precisa e formadora de opinião com conteúdo sério e que contemple as várias versões de um fato.
Para compartilhar idéias!
quinta-feira, 27 de dezembro de 2018
domingo, 23 de dezembro de 2018
Feliz Natal e feliz 2019
Feliz Natal e feliz 2019. Muita luz, força e resistência diante das adversidades. Que sigamos juntos por um mundo justo, fraterno e igualitário.
Lula é forte por demais
Pensamento do dia: o Lula é forte demais. Em apenas uma hora conseguiu mostrar a divisão do STF, fez generais se reunirem, fez o presidente eleito mandar seus ministros ficarem quietos sobre a soltura do Lula e acordou os eleitores adormecidos do eleito que estavam silenciados sobre a corrupcao da familia e do eleito. Como bem disse Obama: Lula é o cara. #LulaLivrejá
quinta-feira, 13 de dezembro de 2018
País de dois pesos e duas medidas
Ao realizar uma análise das últimas notícias na política brasileira divulgadas amplamente na imprensa percebe-se que o Brasil, realmente, é um país de dois pesos e duas medidas. Essa postura se reflete no judiciário, na imprensa, no mundo político e na população.
Situações que no passado recente mobilizaram todas as pessoas contra a corrupção, considerado o grande mal do país, agora são alvo de comentários minimizantes ou mudança de assunto, jogando para outros políticos ou partidos políticos. Para exemplificar, cita-se a quantia desviada na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro pela e para a família do presidente eleito, considerada por um futuro ministro general, como "valor irrisório" ou seja, ele indica, claramente, que, agora, voce pode roubar desde que seja pouco.
Vale salientar que o tal valor "irrisório" é mais alto do que o valor atribuido ao sítio para Lula. Mas, num pais de dois pesos e duas medidas, isso não vem ao caso. Comentários de eleitores da família e seus aplicativos robôs buscam minimizar a corrupção, desviando para outros temas. Fica até chato e esquisito, a cada comentário comentando a corrupção da família, vem uma chuvarada de defensores defendendo e atacando outro partido.
Mas, está tudo certo, pois a última pesquisa, a qual me causou estranheza, coloca que 75% consideram que o presidente eleito está no caminho certo. Talvez, as pessoas ainda estejam embuídas do princípio malufiano do "rouba mas faz". Será?
sábado, 17 de novembro de 2018
Sobre violência contra a mulher no Programa Cristina Calixto
quarta-feira, 14 de novembro de 2018
Dados da violência contra a mulher tem crescimento alarmante
Os dados sobre a
violência contra a mulher continuam alarmantes pelo crescimento exponencial.
Dados da OEA informam que a taxa de feminídios no Brasil é de 4,8 por 100 mil
habitantes, sendo a quinta maior taxa do mundo. No primeiro semestres de 2018
foram registradas mais de 70 mil denúncias no disque 180.
Os dados de 2017
indicam aumento de casos de estupros (com 60.018 vítimas), aumento de casos de violência doméstica (221.238
registros, ou seja, 606 casos por dia) e aumento do número de feminícidios, com 1.113 mulheres assassinadas.
No Paraná, os dados da Coordenadoria
das Delegacias da Mulher do Paraná mostram que houve aumento nos casos de
violência nos últimos três anos, como no item ameaça que passou de 4.746 em
2015, 7329 em 2016 para 7.948 em 2017; de lesão corporal, de 3468 em 2015, 4591
em 2016 passou para 6.342 em 2017.
Em 2017, 119 mulheres
foram assassinadas no Paraná, que foi o líder de notificações de feminicídio,
com uma média de 13 casos de assassinatos por mês. Em três anos, de março de
2015 a março de 2018, no Paraná, 464 mulheres foram assassinadas. Segundo
dados do Ministério da Saúde, entre 1996 e 2016 foram assassinadas 5.067 mulheres
no Paraná. Outro requisito que desponta no Estado, segundo relatório do
Ministério de Direitos Humanos, entre janeiro de 2017 e junho de 2018 foram
registrados 8.118 denúncias pelo Ligue 180.
Em Maringá, dados da
Delegacia da Mulher apresentam 2.130 ocorrências até outubro de 2018.
Um dado que chama a
atenção é que 43% dos homens ainda consideram que a mulher seja quem provoca a
agressão, ou seja, a vítima é vista como culpada da própria agressão ou morte
ocasionada por um ex-amor ou amor atual.
Os dados são importantes
para fornecer o quadro real da situação da violência contra a mulher. Mas, o
que fazer com esses dados e diante dessa violência que atinge nossas mulheres e
meninas.
Leis mais rigorosas
como a Lei Maria da Penha e a Lei do Feminicídio, aprovadas em 2006 e 2015,
respectivamente, nos governos Lula e Dilma, são efetivas ao punir com mais
rigor agressores e assassinos de mulheres. No entanto, mesmo com as leis mais
rigorosas e toda a rede de atendimento às mulheres vítimas de violência, homens
continuam matando e agredindo as mulheres.
A violência não
acontece de um momento a outro, os sinais vão sendo dados durante o
relacionamento, no qual a mulher envolvida não os percebe. Quando a mulher se
dá conta da situação, precisa reunir forças e, muitas vezes, sem o apoio da
família, começa a enfrentar uma grande batalha em defesa de sua vida.
Nos últimos relatos de
feminícidios chama a atenção a falta de envolvimento dos vizinhos e das famílias
ao ver e ouvir o pedido de socorro das vítimas, seguindo aquele comportamento
de “não meter a colher”, como se a situação fosse se resolver sozinha.
O “meter a colher” na
atualidade pode ser uma denúncia anônima, chamar a polícia, conversar com aquele amigo que maltrata a
namorada/esposa ou qualquer gesto que possa salvar a vida daquela mulher vítima
de um agressor.
O que não pode mais
existir é a omissão!
Tania Tait, 14/11/2018
quinta-feira, 25 de outubro de 2018
O trinco no portão, a violência contra a mulher e nossos direitos
No final dos
anos 1980, embaladas pelo ar democrático reinante no país, pelo borbulhar da
expressão de liberdade e com recente proclamação da nova Constituição
Federativa do Brasil que, finalmente ditava direitos iguais entre mulheres e
homens, um grupo de mulheres advindas de movimento estudantil, movimento
sindical, partidos políticos e Igrejas se reúnem e começam a realizar palestras
e encontros com o tema fim da violência contra a mulher e a igualdade entre
mulheres e homens. As palestras eram realizadas na UEM, nas escolas e grupos de
Igrejas.
Uma dessas
palestras, realizada em uma escola pública de um bairro da periferia nos marcou
profundamente. Falávamos da recém-criada Delegacia da Mulher e que as mulheres
deviam procurar ajuda e não se sujeitarem à qualquer tipo de violência.
Ao final da palestra, uma senhora com um ar
misto de doçura com tristeza pediu pra falar conosco. Ela nos contou sua
história, que não tinha estudado, nem trabalhado fora, tinha duas filhas
pequenas e o marido a agredia fisicamente. Ela nos contou que sabia se iria
apanhar naquela noite pela forma como o marido abria o trinco do portão.
Fomos embora
entristecidas pois levantamos o problema mas não tínhamos como encaminhar aquela
mulher. As delegacia da mulher era uma
novidade e, mesmo com boa intenção, a infraestrutura de recursos humanos e
materiais era insignificante diante da demanda da sociedade.
A primeira
Delegacia da Mulher foi criada em 1985 em São Paulo. Dado o alto índice de
violência contra a mulher, tornou-se necessário a criação de uma delegacia
especial de atendimento à mulher vítima de violência para que a mulher pudesse
prestar queixa e ser atendida por mulheres, para se sentir mais acolhida.
Mas, aquela
senhora precisa de muito mais do que ir a uma Delegacia da Mulher prestar
queixa do marido. Ela precisava de apoio,
de acolhimento e de fortalecimento. Na época, a própria mulher voltava para
casa com a intimação para entregar para
o marido. Imagina a situação. A pena imputada para o marido, em alguns casos,
era uma cesta básica de multa e um “sermão” antes de voltar para sua casa. O
ciclo da violência era claro, o marido agressor se acalmava por um tempo e depois
recomeçava a violência contra sua mulher.
Naquele dia, a
nossa tristeza ficou mais intensa pois não existia acolhimento para as mulheres,
apenas a denuncia na Delegacia da Mulher. A Casa Abrigo que teve sua
primeira unidade na prefeitura petista em Santo André possibilita que as
mulheres em situação de violência possam reestruturar suas vidas.
Em 2006, foi promulgada, pelo então presidente Lula, a Lei Maria da Penha. Trata-se de uma lei que
tira a violência do âmbito doméstico, exige a integração entre polícia, saúde e
justiça e tipifica os vários tipos de violência. A Lei, hoje, mesmo ainda com
deficiências em sua aplicação, é a Lei mais conhecida dos brasileiros.
Constata-se pela estatística que a aplicação da Lei Maria da Penha e das
medidas protetivas foi responsável por salvar a vida de mulheres no Brasil.
Infelizmente, mulheres ainda sofrem violência e morrem nas mãos de seus
companheiros.
Muito mais
tarde, no Governo Dilma, que teve um olhar especial para as mulheres, foi
promulgada a Lei do Feminídio que pune com mais rigor o assassinato de mulheres
motivado pela condição de ser mulher. Outras ações que empoderaram as mulheres
foram: o Bolsa Família e o Programa Minha Casa Minha Vida colocados no nome das
mulheres, o disque 180, campanhas de mobilização pelo fim da violência contra a
mulher, a promulgação da lei que proíbe salários
diferenciados entre mulheres e homens na mesma função, o programa de geração de
emprego e renda para mulheres e o fortalecimento das secretarias das mulheres
nos municípios.
Para quem vive
em situação de violência doméstica, esse conjunto de medidas contribui para que
a mulher se sinta fortalecida e possa recomeçar sua vida.
Mais de 30 anos
nos separam daquela senhora. A cada palestra que fizemos ao longo desse tempo,
nos lembramos dela. A cada década víamos que a vida dela e de muitas outras na
mesma situação poderia ter mudado para melhor se a rede de atendimento às
mulheres vítimas de violência existisse naquela época.
O olhar dos governos petistas para a luta e o
sofrimento das mulheres fez toda a diferença no momento de estabelecer
políticas públicas, com a criação em 2003 da Secretaria Nacional de Políticas
para Mulheres e o Pacto nacional pelo enfrentamento a violência contra a
mulher. Em todas as Conferências Nacionais de Políticas para Mulheres, tivemos
apoio, presença e encaminhamento das propostas vindas dos mais variados cantos
do Brasil, das mulheres do campos, da cidade, das florestas, do litoral, das
fronteiras, indígenas, negras, portadoras de necessidades especiais, lésbicas,
trans, enfim mulheres guerreiras, brasileiras lutadoras.
Agora em 2018,
ouço um candidato a presidência dizer que não contrataria mulher grávida, que
mulher deve ganhar menos que homem, que só não estupraria uma deputada por que
ela não merece, que teve 3 filhos homens e na última deu uma fraquejada e veio
mulher e que propôs um projeto para proibir o SUS de atender as mulheres
vitimas de violência.
Depois de tudo
que conquistamos, a duras penas, temos que continuar lidando com o machismo. Alguns anos atrás, eu
disse em uma palestra que se bobeássemos iríamos usar a burca que encobre os rosto e os
corpos das mulheres. As mulheres riam e achavam que eu estava exagerando.
Infelizmente, vejo que não foi exagero.
Depois de toda
essa trajetória de conquistas em nossas vidas, não podemos retroceder e colocar
na presidência do país, alguém que não respeita as mulheres nem as minorias e
ataca nossa democracia e a liberdade de expressão.
Não podemos
voltar a sentir aquela imensa tristeza e aquele nó na garganta por não poder
atender plenamente aquela senhora e suas filhas pois não possuíamos os
instrumentos de apoio que viriam anos depois, por não podermos tirar o "trinco do portão" de sua vida.
Precisamos
seguir em frente, fortalecer nossa rede de atendimento às mulheres em situação
de violência e empoderar nossas meninas e mulheres.
Precisamos
fazer valer a Constituição Brasileira que diz que homens e mulheres são iguais
em direitos e deveres, conforme ditado no Art. 5º e seu inciso I“ Todos são iguais perante a
lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
I -
homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta
Constituição”.
Por tudo
isso e sabendo o que os governos petistas fizeram na área de direitos
fundamentais, sigo firme com o Professor Haddad 13 pois sei em seu governo teremos
valorização das mulheres e o fortalecimento dos programas de apoios às mulheres
vítimas de violência.
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