Para compartilhar idéias!







sábado, 19 de novembro de 2016

Quen ama, não mata, respeita!!! Pedalada pelo fim da violência contra as mulheres em Maringá

Quem ama, não mata, respeita!. A Pedalada pelo fim da violência contra as mulheres surgiu como uma forma de chamar a atenção da sociedade para esse grave problema que fere e mata nossas mulheres e meninas. É a primeira vez que é realizada em Maringá, reunindo ONG e entidades sindicais que possuem atuação na área de direitos da mulher. Nesses 10 anos da Lei Maria da Penha, muitas mulheres foram salvas e puderam refazer suas vidas. No entanto, os índices de violência ainda são muito elevados e exigem das autoridades firmeza na implementação da lei. A nós, sociedade civil organizada, cabe cobrar e exigir das autoridades mais rigor e atenção para os casos de violência contra a mulher, além de, também realizar campanhas de conscientização.
A Pedalada pelo fim da violência contra a mulher busca reunir as pessoas em torno desse problema, que independe de raça, cor, classe sociail, etnia, ateus ou crentes, escolaridade ou qualquer outra subdivisão pois o machismo que impede nossas mulheres de viverem com tranquilidade, faz suas vitimas atacando com violência física, sexual ou emocional. Venha participar conosco, a Pedalada é para mulheres e homens que se indignam e querem o fim da violência contra a mulher! Será dia 26/11 as 9 h, com concentração na Praça da Catedral de Maringá.
Obs: a camiseta que estou usando na foto, é da Pedalada realizada em Curitiba, foi presente da linda amiga Marilda Ribeiro da Silva. A camiseta está sendo vendida a R$ 10,00.
Foto: Valdete da Graça.


quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Violência contra as mulheres: Por que a invisibilidade mata?

A revista Carta Capital traz uma matéria importante sobre o feminicídio e a violência contra as mulheres, a partir de uma pesquisa do Instituto Patricia Galvão.  Segundo a pesquisa, "O Brasil é o 5º país com maior taxa de homicídios de mulheres, atrás de El Salvador, Colômbia, Guatemala e da Federação Russa. A cada 13 mortes violentas de mulheres registradas por dia, sete foram praticados por pessoas próximas, e poderiam ter sido evitadas. Apesar das taxas de feminicídio serem expressivas, a impunidade ainda é alta – ou justamente por isso". www.cartacapital.com.br

sábado, 5 de novembro de 2016

Novembro também é lilás!

A luta pelo fim da violência contra as mulheres e meninas é todo dia e toda hora, O mes de novembro é o marco dessa luta, realizada no mundo todo, com o dia 25 de novembro - Dia Internacional pela não violência contra a mulher.
 É um momento para pararmos e refletir, conhecer os problemas e propor soluções para que acabe  essa violência que é caso de saúde pública e faz parte da luta pelos direitos humanos e de uma vida com dignidade. 
Não podemos esmorecer e nem retroceder. Vamos participar das atividades do mes de novembro e unir forças nessa luta que é de todos e todas nós, mulheres e homens pela não violência.

Dia 25 - 19:30 - no Sismmar. Roda de Conversar Basta de violência contra a mulher. Evento com pareceria da ONG Maria do Ingá-Direitos da Mulher e Sismmar.

Dia 26 - 9 h - na catedral: Pedalada pelo fim da violência contra a mulher. Evento com várias entidades sindicais, estudantis, LGBT e de mulheres: Forum Maringaense de Mulheres, Associação Maringaense LGBT, Instituto de Mulheres Negras Enedina Alves Marques, União Juventude Socialista (UJS), Ong Maria do Ingá - Direitos das Mulheres, Sismmar, Sinteemar, Sindaen, Steen, Stessmar, Sintromar, Cut.

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

A indiferença.

Sempre é bom lembrar...

A Indiferença - poema atribuido a Bertolt Brecht.

Primeiro levaram os comunistas,
Mas eu não me importei
Porque não era nada comigo.

Em seguida levaram alguns operários,
Mas a mim não me afectou
Porque eu não sou operário.
Depois prenderam os sindicalistas,
Mas eu não me incomodei
Porque nunca fui sindicalista.
Logo a seguir chegou a vez
De alguns padres, mas como
Nunca fui religioso, também não liguei.
Agora levaram-me a mim
E quando percebi,
Já era tarde.

Voltamos ao ar no mundo virtual.

Estivemos fora do ar por problemas técnicos, mas tudo acertado.
Nesse tempo, publiquei dois artigos referentes a participação das mulheres nas eleições 2016: "As eleições, a violência e as mulheres" no jornal  Gazeta do Povo (http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/as-eleicoes-as-mulheres-e-a-violencia-celrf2wtmtoq8thde8tjotidw) e "Mulheres: as grandes perdedoras das eleições 2016" na Revista On line Espaço Acadêmico (https://espacoacademico.wordpress.com/2016/10/21/mulheres-as-grandes-perdedoras-das-eleicoes-2016).
No primeiro, escrito antes das eleições trato da relevância em termos mulheres que realmente façam a diferença na política e que estamos ainda em trono de menos de 10% de representantes.
No segundo artigo, escrito após as eleições, apresento dados estatísticos que mostra que nada mudou para a representatividade de nós, mulheres.
 A presença da mulheres nas políticas continua sendo um grande desafio para a luta pelos direitos das mulheres,

domingo, 18 de setembro de 2016

Nota do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher do Paraná

O caso amplamente divulgado do estupro coletivo de uma adolescente de 16 anos, ocorrido recentemente no Rio de janeiro, e a forma como o caso repercutiu nos veículos de comunicação e nas redes sociais gerou reações de indignação e motivou os
movimentos de mulheres a intensificar sua luta contra a cultura do estupro. Além da brutalidade que envolveu o crime, o que mais chocou a sociedade foi a evidente certeza da impunidade demonstrada pelos agressores que gravaram e
publicaram imagens da violência que praticaram, não se intimidando em expor provas do crime cometido.
O caso que ganhou repercussão sobretudo pelas imagens divulgadas revela uma realidade vivida cotidianamente pelas mulheres e meninas brasileiras, marcada pela banalização e naturalização da violência sexual. Produto de uma sociedade machista e misógina que julga e culpabiliza as próprias vítimas, desresponsabilizando os agressores, contribuindo, dessa forma, para a perpetuação do problema. Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, no ano de 2014 foram
registrados 47.646 estupros no Brasil. De acordo com os registros, uma mulher é estuprada a cada 11 minutos. Vale ressaltar, porém, que diversos estudos apontam para
uma grande subnotificação de casos. A Pesquisa Nacional de Vitimização (2013) verificou que, no Brasil, somente 7,5% das vítimas de violência sexual registram o crime na
delegacia. Pesquisa mais recente produzida pelo IPEA - “Estupro no Brasil: uma radiografia segundo os dados da Saúde” - fala em 10% de casos notificados e estima que, no mínimo, 527 mil pessoas sejam estupradas por ano no país. Estudos revelam, ainda, que mais da metade das vítimas de violência sexual são meninas com menos de treze anos de idade e 70% dos estupros são cometidos por parentes, namorados, amigos ou
conhecidos da vítima. O Paraná é o terceiro estado com mais casos de estupros no país em número absoluto, segundo dados do Fórum de Segurança Pública. Em 2014, o estado registrou 3.913 crimes dessa natureza. No mesmo ano, Curitiba ficou com o quinto lugar entre as capitais com mais casos, com 773 casos. Em 2015, conforme números da Secretaria de Segurança
Pública (SESP), os crimes de estupro continuaram crescendo. Foram 4.119 casos registrados pelas delegacias. Nos quatro primeiros meses de 2016, houve 1.307 estupros no estado.
Em Curitiba, o Ministério Público do Paraná (MP-PR) mantém o Núcleo de Apoio à Vítima de Estupro (Naves), em que um grupo de promotores presta assistência a vítimas com mais de 18 anos que sofreram esse tipo de agressão e já registram em dois anos de trabalho, seis casos de estupro coletivo.
A subnotificação é reflexo da cultura patriarcal que legitima os comportamentos machistas ao mesmo tempo em que nega à mulher a liberdade e a autonomia sobre seu corpo. O medo de retaliações, a vergonha de se expor, o receio de ser julgada pela
violência que sofreu, o desconhecimento sobre seus direitos e a falta de confiança na justiça são fatores que levam muitas mulheres a deixar de denunciar seus agressores e de procurar ajuda. Os criminosos seguem impunes e as vítimas enfrentam sem apoio as consequências da violência sofrida – gravidez indesejada, doenças sexualmente transmissíveis, traumas físicos e mentais, conflitos familiares, discriminação, entre outros.
Entendemos que o Estado, por meio de suas instituições, tem o dever de agir de forma efetiva no combate a este tipo de crime que, além de grave problema de saúde pública, se constitui em violação dos direitos fundamentais das mulheres à vida e à
liberdade. Diante disso, o Conselho Estadual dos Direitos da Mulher, vem dirigir-se às autoridades do Estado do Paraná para reivindicar maior atenção a esse grave problema social, por meio de políticas públicas que contemplem a prevenção, o enfrentamento e o combate à violência sexual.
Entre outras ações destacamos as seguintes:
· Atuar no sentido de garantir os avanços conquistados e impedir retrocessos na legislação que prevê atendimento e proteção às mulheres vítimas de violência sexual;
· Implementar a rede de atenção estadual de atendimento às vítimas de violência sexual e em especial no âmbito da saúde, da segurança pública e da justiça;
· Monitorar o atendimento da rede com demonstração dos resultados no CEDM;
· Promover capacitação continuada de profissionais (da área da saúde, segurança, justiça e outras) para prestar atendimento integral, qualificado e humanizado às meninas e mulheres vítimas de violência sexual;
· Criar mecanismos de fiscalização e responsabilização de profissionais por discriminação, omissão, negligência ou qualquer outra forma de violência institucional praticadas contra as vítimas de violência;
· Investir na capacitação e sensibilização de professores e professoras da rede Pública de Ensino para a promoção de uma educação não sexista, pautada no respeito às diferenças de gênero, e na igualdade de oportunidades para meninos e
meninas;
· Desenvolver campanhas para incentivar a denúncia e a procura imediata à unidade policial por parte das vítimas;
· Criar setores especializados na investigação de violência sexual nas unidades policiais.
Curitiba, 13 de Setembro de 2016.
Conselho Estadual dos Direitos da Mulher – CEDM/PR