Para compartilhar idéias!







quarta-feira, 9 de março de 2016

Eu estive na Câmara de Maringá...a verdade dos fatos!

Eu ia ficar quietinha no meu cantinho, mas não tem como. Estive na Câmara Municipal de Maringá ontem para acompanhar a homenagem às mulheres realizadas pelos vereadores e prestigiar a Zica Franco, nossa companheira no movimento de mulheres e, também a Iraides Baptistoni e a Ana Lúcia Rodrigues e demais mulheres. Quando chamaram a professora aposentada, Zica Franco, houve vaias de um povo "bem educado" que estava lá. Detalhe: todos sabem que a Zica é petista de longa data e usa uma estrelinha do PT no peito desde sempre. O pessoal que conhece bem a Zica, aplaudiu sob as palavras "Partido das Trabalhadoras". E tudo voltou ao normal. Quando foi chamada a também professora aposentada, a quem respeito muito e tive o prazer de ser aluna, todos aplaudiram. No momento em que a comentarista, falou que era a mãe do juiz Sergio Moro, a plenária começou a clamar "Lula Guerreiro do Povo Brasileiro". E o tal povo "educado" vaiou. O presidente da sessão pediu silêncio e disse que ali não era lugar pois se tratava de homenagem as mulheres. Tudo voltou ao normal novamente. Quando li os jornais hoje estava estampado "Manifestantes do PT interrompem homenagem a mãe de Sergio Moro". Distorceram os fatos. Espera aí! e a professora Zica, que luta faz mais de trinta anos pelos direitos das mulheres e da classe trabalhadora que foi vaiada ferozmente por ser petista assumida, a imprensa não noticia. Claramente se vê por parte dos meios de comunicação o incitamento de ódio aos petistas, distorcem os fatos, nos chamando de arruaceiros e baderneiros enquanto que os que vaiaram a professora petista Zica são o que?
Pra mim, era um momento de celebração e se consideram que foi errado as manifestações para uma senhora de 70 anos, deviam considerar da mesma forma que foi desrespeitoso para uma senhora de 60 anos,  também professora aposentada. 
A imprensa, mais uma vez, faz o que bem entende em nome do ibope. Parece até o editor do filme O Homem Aranha que manda seus repórteres procurarem provas de que o Homem Aranha era bandido.
Valeu a homenagem as 15 senhoras que representam vários setores e atividades da cidade de Maringá, merecedores do Mérito Comunitário.

terça-feira, 8 de março de 2016

Integrante da ong Maria do Ingá-Direitos da Mulher recebe Menção de Mérito Comunitário

A integrante da ong Maria do Ingá-Direitos da Mulher, Maria da Conceição Franco (Zica Franco) será homenageada com Menção de Mérito Comunitário, pelo Dia Internacional da Mulher, na Câmara de Vereadores de Maringá, por proposição do Vereador Humberto Henrique. Será dia 08/03, as 19 hs, na Câmara Municipal. A Zica, além de integrante da ong Maria do Ingá, participa do Grupo União e Consciência Negra e do Forum Maringaense de Mulheres. Faz parte da Diretoria do Sismmar (sindicato dos servidores municipais), onde ocupa o cargo de Secretária da Mulher. Foi Assessora da Mulher, na Gestão 2001-2004, do Prefeito José Cláudio, sendo a primeira mulher a chefiar um órgão específico de atendimento as mulheres no âmbito da Prefeitura de Maringá.
Parabéns Zica, a ong Maria do Ingá se sente honrada com a justa homenagem.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

IX Café, Mulheres e Política


A ong Maria do Ingá - Direitos das Mulheres, em parceira com entidades sindicais (Sinteemar, Sindaen, Sindaen, Steem e APP Sindicato) e com o Forum Maringaense de Mulheres, traz para o dia 10 de março,  as 19 hs, no Auditório do Sinteemar, o debate "10 Anos da Lei Maria da Penha: Avanços e Desafios".  As debatedoras são: Delegada da Mulher Emilene Locatelli, Secretaria da Mulher  Anália Nasser, Advogada da ong Maria do Ingá  Jacheline Batista, a presidente do Instituto de Mulheres Negras  Aracy Adorno Reis e a professora Isadora Vier da UEM.

O objetivo do evento é avaliar a implantação da Lei Maria da Penha e seu uso em seus 10 anos de promulgação, com participantes debatedores que atuam na aplicação da lei e/ou acompanhamento. 

A Lei Maria da Penha, promulgada em 2016, pela então Presidente Lula, retirou a violência doméstica do âmbito privado e a colocou como responsabilidade do setor público e da sociedade, punindo com mais rigor os agressores.
Entretanto, uma década depois, alguns empecilhos precisam ser resolvidos para aprimorar a aplicação da Lei. São eles: a carência de qualificação dos profissionais envolvidos (saúde, política, justiça) para lidar com as mulheres vítimas de violência; a não integração dos serviços estaduais e municipais de atendimento as mulheres (Delegacia da Mulher, Instituto Médico Legal – IML e os Centros de Referência de Atendimento à Mulher – CRAM); o baixo número de Delegacias da Mulher; a falta de infraestrutura para as poucas Delegacias da Mulher existentes; a inexistência de Varas Judiciais da Mulher na maioria das cidades e a frouxidão na aplicação da Lei.

O evento é aberto à comunidade e para acadêmicos e acadêmicas contará como atividade acadêmica complementar. A inscrição é gratuita.


quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Dois assuntos

Escrevi sobre dois assuntos nessa semana:
De bueiros entupidos a bueiros inteligentes, publicado em www.folhademaringa.com.br
Desafios para as mulheres em 2016, publicado em www.gazetadopovo.com.br

terça-feira, 24 de novembro de 2015

25 de novembro: pelo fim da violência contra a mulher

O dia 25 de novembro foi escolhido para ser o “Dia Internacional pela não violência contra a mulher”, no I Encontro Feminista da América Latina e do Caribe em 1981, em homenagem as irmãs Mirabel (brutalmente assassinadas, em 1960, na ditadura de Rafael Trujillo na República Dominicana).
De lá pra cá muita luta tem sido travada pelo fim da violência contra a mulher. O estabelecimento de políticas públicas, campanhas de conscientização, pacto pela não violência contra a mulher, criação de órgãos de atendimento às mulheres vítimas de violência e leis específicas fazem parte do conjunto de medidas pelo fim da violência.
No mês de março de 2015 foi promulgada a Lei do Feminicídio que pune com mais rigor os assassinos de mulheres por motivação de gênero. Além de aprimoramento das ações da Lei Maria da Penha com a criação de varas especiais da mulher em várias cidades.
Entretanto, mesmo com as mulheres tendo mais anos de estudos e avançarem no mercado de trabalho, a violência continua assombrando a vida das mulheres em todas as suas matizes, física, sexual, psicológica e  patrimonial, preconizadas na Lei Maria da Penha.
Dados do IBGE confirmam que as mulheres continuam recebendo salários menores do que os dos homens no exercício da mesma função, mostrando outra face da violência contra a mulher no mercado de trabalho, mesmo tendo sido promulgada uma lei que proíbe essa diferenciação.
Com relação à violência física e sexual contra a mulher, o quadro continua aterrador. Dados ainda colocam o Brasil como um dos países mais violentos e o Paraná em terceira posição. Em Maringá, de janeiro a outubro de 2015 foram registrados 1612 ocorrências de atos contra as mulheres, sendo que 111 casos foram de estupro (Dados fornecidos pela Delegacia da Mulher).  Regiões como a área central e ao redor da Universidade e das faculdades são as que detem índices elevados de assédio e estupro pelo grande fluxo de mulheres jovens.
Alguns acontecimentos durante o ano, também, nos levam a refletir sobre a postura machista reinante ainda em nosso país, que contribui para que a violência contra a mulher seja banalizada e não tratada com a seriedade que o tema exige. Vamos citar apenas alguns fatos: (1) o bombardeio da bancada conservadora do Congresso Nacional propondo que não se deva fornecer a pílula do dia seguinte nem atender as mulheres vitimas de estupro e nem realizar o aborto permitido por lei; (2) a discussão, completamente distorcida, da chamada “ideologia de gênero” patrocinada por setores das igrejas católicas e evangélicas, quando da elaboração e aprovação dos planos municipais da educação; (3) os comentários realizados por um deputado (o mesmo do projeto da proibição da pílula do dia seguinte) para sua colega de plenário do tipo: “só não te estupro por que você não merece”, como se isso fosse um benefício para a mulher,  mostrando claramente a postura machista e sem limites; (4) as imagens e frases totalmente desrespeitosas, com conotação sexual e claramente machistas com relação as nossas mulheres que atuam na política, em especial com a nossa Presidenta da República, Dilma Roussef; (5) a discussão do primeiro assédio sexual, que começou com comentários sexuais nas redes sociais sobre uma menina de 12 anos que faz parte de um programa de reality show de culinária, mostrando a dura realidade de nossas crianças e adolescentes que são frequentemente assediadas.
Por outro lado, inúmeras iniciativas são tomadas em vários cantos do país como forma de dar um basta contra a violência contra as mulheres. Mas, as campanhas de conscientização, as políticas públicas implementadas, as leis mais rigorosas e os órgãos de atendimentos às mulheres vítimas de violência devem atuar de forma, cada vez mais incisiva, para dar um basta definitivo na violência contra a mulher.
O “Dia 25 de novembro” nos faz refletir que a não violência contra a mulher continua sendo um grande desafio para a sociedade e para mulheres e homens que lutam por um mundo sem violência. O basta pelo fim da violência contra a mulher se deve dar, também no dia-a-dia, em todos dos dias.

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Dia da Consciência Negra

Hoje, dia da Consciência Negra. Aprendi muito ao longo da minha caminhada com as mulheres negras e com o movimento da comunidade negra. Existem muitas pessoas que fizeram parte desse aprendizado, mas gostaria de destacar a professora Aracy Adorno Reis e o professor Luiz Santos Guarani-Kaiwoá da APP Sindicato que, com sua firmeza de posicionamento, sempre nos levam um passo adiante na luta pelo fim da discriminação.

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Coro Feminino da UEM: comemorando 10 anos com concerto

O Coro Feminino do Centro de Ciências Humanas, letras e Artes da UEM comemora 10 anos de existência, com um concerto de aniversário. Serão apresentadas 10 músicas, com participação especial da Orquestra de Flautas da UEM. As músicas são brasileiras.
O evento ocorre dia 18/11, as 20 hs no Teatro da UEM. Entrada franca.