Eu
ia ficar quietinha no meu cantinho, mas não tem como. Estive na Câmara
Municipal de Maringá ontem para acompanhar a homenagem às mulheres
realizadas pelos vereadores e prestigiar a Zica Franco, nossa companheira no movimento de mulheres e, também a Iraides Baptistoni e a Ana Lúcia Rodrigues e demais mulheres. Quando chamaram a professora aposentada, Zica Franco, houve vaias de um povo "bem educado"
que estava lá. Detalhe: todos sabem que a Zica é petista de longa data e
usa uma estrelinha do PT no peito desde sempre. O pessoal que conhece
bem a Zica, aplaudiu sob as palavras "Partido das Trabalhadoras". E
tudo voltou ao normal. Quando foi chamada a também professora
aposentada, a quem respeito muito e tive o prazer de ser aluna, todos
aplaudiram. No momento em que a comentarista, falou que era a mãe do
juiz Sergio Moro, a plenária começou a clamar "Lula Guerreiro do Povo
Brasileiro". E o tal povo "educado" vaiou. O presidente da sessão pediu
silêncio e disse que ali não era lugar pois se tratava de homenagem as
mulheres. Tudo voltou ao normal novamente. Quando li os jornais hoje
estava estampado "Manifestantes do PT interrompem homenagem a mãe de
Sergio Moro". Distorceram os fatos. Espera aí! e a professora Zica, que
luta faz mais de trinta anos pelos direitos das mulheres e da classe
trabalhadora que foi vaiada ferozmente por ser petista assumida, a
imprensa não noticia. Claramente se vê por parte dos meios de
comunicação o incitamento de ódio aos petistas, distorcem os fatos, nos
chamando de arruaceiros e baderneiros enquanto que os que vaiaram a
professora petista Zica são o que?
Pra mim, era um momento de celebração e se consideram que foi errado as manifestações para uma senhora de 70 anos, deviam considerar da mesma forma que foi desrespeitoso para uma senhora de 60 anos, também professora aposentada.
A imprensa, mais uma vez, faz o que bem entende em nome do ibope. Parece até o editor do filme O Homem Aranha que manda seus repórteres procurarem provas de que o Homem Aranha era bandido.
Valeu a homenagem as 15 senhoras que representam vários setores e atividades da cidade de Maringá, merecedores do Mérito Comunitário.
Para compartilhar idéias!
quarta-feira, 9 de março de 2016
terça-feira, 8 de março de 2016
Integrante da ong Maria do Ingá-Direitos da Mulher recebe Menção de Mérito Comunitário
A integrante da ong Maria do Ingá-Direitos da Mulher, Maria da Conceição Franco (Zica Franco) será
homenageada com Menção de Mérito Comunitário, pelo Dia Internacional da Mulher, na
Câmara de Vereadores de Maringá, por proposição do Vereador Humberto
Henrique. Será dia 08/03, as 19 hs, na Câmara Municipal. A Zica, além de
integrante da ong Maria do Ingá, participa do Grupo União e Consciência
Negra e do Forum Maringaense de Mulheres. Faz parte da Diretoria do
Sismmar (sindicato dos servidores municipais), onde ocupa o cargo de
Secretária da Mulher. Foi Assessora da Mulher, na Gestão 2001-2004, do
Prefeito José Cláudio, sendo a primeira mulher a chefiar um órgão
específico de atendimento as mulheres no âmbito da Prefeitura de
Maringá.
Parabéns Zica, a ong Maria do Ingá se sente honrada com a justa homenagem.
Parabéns Zica, a ong Maria do Ingá se sente honrada com a justa homenagem.
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016
IX Café, Mulheres e Política
A ong Maria do Ingá - Direitos das Mulheres, em parceira com entidades sindicais (Sinteemar, Sindaen, Sindaen, Steem e APP Sindicato) e com o Forum Maringaense de Mulheres, traz para o dia 10 de março, as 19 hs, no Auditório do Sinteemar, o debate "10 Anos da Lei Maria da Penha: Avanços e Desafios". As debatedoras são: Delegada da Mulher
Emilene Locatelli, Secretaria da Mulher Anália Nasser, Advogada da ong Maria do Ingá
Jacheline Batista, a presidente do
Instituto de Mulheres Negras Aracy
Adorno Reis e a professora Isadora Vier da UEM.
O objetivo do evento é avaliar a implantação da Lei Maria da
Penha e seu uso em seus 10 anos de promulgação, com participantes debatedores
que atuam na aplicação da lei e/ou acompanhamento.
A
Lei Maria da Penha, promulgada em 2016, pela então Presidente Lula, retirou a
violência doméstica do âmbito privado e a colocou como responsabilidade do
setor público e da sociedade, punindo com mais rigor os agressores.
Entretanto,
uma década depois, alguns empecilhos precisam ser resolvidos para aprimorar a
aplicação da Lei. São eles: a carência de qualificação dos profissionais
envolvidos (saúde, política, justiça) para lidar com as mulheres vítimas de
violência; a não integração dos serviços estaduais e municipais de atendimento
as mulheres (Delegacia da Mulher, Instituto Médico Legal – IML e os Centros
de Referência de Atendimento à Mulher – CRAM); o baixo número de Delegacias
da Mulher; a falta de infraestrutura para as poucas Delegacias da Mulher
existentes; a inexistência de Varas Judiciais da Mulher na maioria das
cidades e a frouxidão na aplicação da Lei.
quarta-feira, 13 de janeiro de 2016
Dois assuntos
Escrevi sobre dois assuntos nessa semana:
De bueiros entupidos a bueiros inteligentes, publicado em www.folhademaringa.com.br
Desafios para as mulheres em 2016, publicado em www.gazetadopovo.com.br
De bueiros entupidos a bueiros inteligentes, publicado em www.folhademaringa.com.br
Desafios para as mulheres em 2016, publicado em www.gazetadopovo.com.br
terça-feira, 24 de novembro de 2015
25 de novembro: pelo fim da violência contra a mulher
O dia 25 de novembro
foi escolhido para ser o “Dia Internacional pela não violência contra a mulher”,
no I Encontro Feminista da América Latina e do Caribe em 1981, em homenagem as
irmãs Mirabel (brutalmente assassinadas, em 1960, na ditadura de Rafael
Trujillo na República Dominicana).
De lá pra cá muita luta
tem sido travada pelo fim da violência contra a mulher. O estabelecimento de
políticas públicas, campanhas de conscientização, pacto pela não violência
contra a mulher, criação de órgãos de atendimento às mulheres vítimas de
violência e leis específicas fazem parte do conjunto de medidas pelo fim da
violência.
No mês de março de 2015
foi promulgada a Lei do Feminicídio que pune com mais rigor os assassinos de
mulheres por motivação de gênero. Além de aprimoramento das ações da Lei Maria
da Penha com a criação de varas especiais da mulher em várias cidades.
Entretanto, mesmo com
as mulheres tendo mais anos de estudos e avançarem no mercado de trabalho, a
violência continua assombrando a vida das mulheres em todas as suas matizes, física,
sexual, psicológica e patrimonial,
preconizadas na Lei Maria da Penha.
Dados do IBGE confirmam
que as mulheres continuam recebendo salários menores do que os dos homens no
exercício da mesma função, mostrando outra face da violência contra a mulher no
mercado de trabalho, mesmo tendo sido promulgada uma lei que proíbe essa
diferenciação.
Com relação à violência
física e sexual contra a mulher, o quadro continua aterrador. Dados ainda
colocam o Brasil como um dos países mais violentos e o Paraná em terceira
posição. Em Maringá, de janeiro a outubro de 2015 foram registrados 1612
ocorrências de atos contra as mulheres, sendo que 111 casos foram de estupro
(Dados fornecidos pela Delegacia da Mulher).
Regiões como a área central e ao redor da Universidade e das faculdades
são as que detem índices elevados de assédio e estupro pelo grande fluxo de
mulheres jovens.
Alguns acontecimentos
durante o ano, também, nos levam a refletir sobre a postura machista reinante
ainda em nosso país, que contribui para que a violência contra a mulher seja
banalizada e não tratada com a seriedade que o tema exige. Vamos citar apenas
alguns fatos: (1) o bombardeio da bancada conservadora do Congresso Nacional
propondo que não se deva fornecer a pílula do dia seguinte nem atender as
mulheres vitimas de estupro e nem realizar o aborto permitido por lei; (2) a discussão,
completamente distorcida, da chamada “ideologia de gênero” patrocinada por
setores das igrejas católicas e evangélicas, quando da elaboração e aprovação
dos planos municipais da educação; (3) os comentários realizados por um deputado
(o mesmo do projeto da proibição da pílula do dia seguinte) para sua colega de
plenário do tipo: “só não te estupro por que você não merece”, como se isso
fosse um benefício para a mulher,
mostrando claramente a postura machista e sem limites; (4) as imagens e
frases totalmente desrespeitosas, com conotação sexual e claramente machistas
com relação as nossas mulheres que atuam na política, em especial com a nossa Presidenta
da República, Dilma Roussef; (5) a discussão do primeiro assédio sexual, que começou
com comentários sexuais nas redes sociais sobre uma menina de 12 anos que faz
parte de um programa de reality show de culinária, mostrando a dura realidade
de nossas crianças e adolescentes que são frequentemente assediadas.
Por outro lado, inúmeras
iniciativas são tomadas em vários cantos do país como forma de dar um basta
contra a violência contra as mulheres. Mas, as campanhas de conscientização, as
políticas públicas implementadas, as leis mais rigorosas e os órgãos de atendimentos
às mulheres vítimas de violência devem atuar de forma, cada vez mais incisiva, para
dar um basta definitivo na violência contra a mulher.
O “Dia 25 de novembro”
nos faz refletir que a não violência contra a mulher continua sendo um grande desafio
para a sociedade e para mulheres e homens que lutam por um mundo sem violência.
O basta pelo fim da violência contra a mulher se deve dar, também no dia-a-dia,
em todos dos dias.
sexta-feira, 20 de novembro de 2015
Dia da Consciência Negra
Hoje, dia da Consciência Negra. Aprendi muito ao longo da minha
caminhada com as mulheres negras e com o movimento da comunidade negra.
Existem muitas pessoas que fizeram parte desse aprendizado, mas
gostaria de destacar a professora Aracy Adorno Reis e o professor Luiz Santos Guarani-Kaiwoá da APP Sindicato que, com sua firmeza de posicionamento, sempre nos levam um passo adiante na luta pelo fim da discriminação.
terça-feira, 17 de novembro de 2015
Coro Feminino da UEM: comemorando 10 anos com concerto
O Coro Feminino do Centro de Ciências Humanas, letras e Artes da UEM comemora 10 anos de existência, com um concerto de aniversário. Serão apresentadas 10 músicas, com participação especial da Orquestra de Flautas da UEM. As músicas são brasileiras.
O evento ocorre dia 18/11, as 20 hs no Teatro da UEM. Entrada franca.
O evento ocorre dia 18/11, as 20 hs no Teatro da UEM. Entrada franca.
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