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terça-feira, 24 de novembro de 2015

25 de novembro: pelo fim da violência contra a mulher

O dia 25 de novembro foi escolhido para ser o “Dia Internacional pela não violência contra a mulher”, no I Encontro Feminista da América Latina e do Caribe em 1981, em homenagem as irmãs Mirabel (brutalmente assassinadas, em 1960, na ditadura de Rafael Trujillo na República Dominicana).
De lá pra cá muita luta tem sido travada pelo fim da violência contra a mulher. O estabelecimento de políticas públicas, campanhas de conscientização, pacto pela não violência contra a mulher, criação de órgãos de atendimento às mulheres vítimas de violência e leis específicas fazem parte do conjunto de medidas pelo fim da violência.
No mês de março de 2015 foi promulgada a Lei do Feminicídio que pune com mais rigor os assassinos de mulheres por motivação de gênero. Além de aprimoramento das ações da Lei Maria da Penha com a criação de varas especiais da mulher em várias cidades.
Entretanto, mesmo com as mulheres tendo mais anos de estudos e avançarem no mercado de trabalho, a violência continua assombrando a vida das mulheres em todas as suas matizes, física, sexual, psicológica e  patrimonial, preconizadas na Lei Maria da Penha.
Dados do IBGE confirmam que as mulheres continuam recebendo salários menores do que os dos homens no exercício da mesma função, mostrando outra face da violência contra a mulher no mercado de trabalho, mesmo tendo sido promulgada uma lei que proíbe essa diferenciação.
Com relação à violência física e sexual contra a mulher, o quadro continua aterrador. Dados ainda colocam o Brasil como um dos países mais violentos e o Paraná em terceira posição. Em Maringá, de janeiro a outubro de 2015 foram registrados 1612 ocorrências de atos contra as mulheres, sendo que 111 casos foram de estupro (Dados fornecidos pela Delegacia da Mulher).  Regiões como a área central e ao redor da Universidade e das faculdades são as que detem índices elevados de assédio e estupro pelo grande fluxo de mulheres jovens.
Alguns acontecimentos durante o ano, também, nos levam a refletir sobre a postura machista reinante ainda em nosso país, que contribui para que a violência contra a mulher seja banalizada e não tratada com a seriedade que o tema exige. Vamos citar apenas alguns fatos: (1) o bombardeio da bancada conservadora do Congresso Nacional propondo que não se deva fornecer a pílula do dia seguinte nem atender as mulheres vitimas de estupro e nem realizar o aborto permitido por lei; (2) a discussão, completamente distorcida, da chamada “ideologia de gênero” patrocinada por setores das igrejas católicas e evangélicas, quando da elaboração e aprovação dos planos municipais da educação; (3) os comentários realizados por um deputado (o mesmo do projeto da proibição da pílula do dia seguinte) para sua colega de plenário do tipo: “só não te estupro por que você não merece”, como se isso fosse um benefício para a mulher,  mostrando claramente a postura machista e sem limites; (4) as imagens e frases totalmente desrespeitosas, com conotação sexual e claramente machistas com relação as nossas mulheres que atuam na política, em especial com a nossa Presidenta da República, Dilma Roussef; (5) a discussão do primeiro assédio sexual, que começou com comentários sexuais nas redes sociais sobre uma menina de 12 anos que faz parte de um programa de reality show de culinária, mostrando a dura realidade de nossas crianças e adolescentes que são frequentemente assediadas.
Por outro lado, inúmeras iniciativas são tomadas em vários cantos do país como forma de dar um basta contra a violência contra as mulheres. Mas, as campanhas de conscientização, as políticas públicas implementadas, as leis mais rigorosas e os órgãos de atendimentos às mulheres vítimas de violência devem atuar de forma, cada vez mais incisiva, para dar um basta definitivo na violência contra a mulher.
O “Dia 25 de novembro” nos faz refletir que a não violência contra a mulher continua sendo um grande desafio para a sociedade e para mulheres e homens que lutam por um mundo sem violência. O basta pelo fim da violência contra a mulher se deve dar, também no dia-a-dia, em todos dos dias.

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Dia da Consciência Negra

Hoje, dia da Consciência Negra. Aprendi muito ao longo da minha caminhada com as mulheres negras e com o movimento da comunidade negra. Existem muitas pessoas que fizeram parte desse aprendizado, mas gostaria de destacar a professora Aracy Adorno Reis e o professor Luiz Santos Guarani-Kaiwoá da APP Sindicato que, com sua firmeza de posicionamento, sempre nos levam um passo adiante na luta pelo fim da discriminação.

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Coro Feminino da UEM: comemorando 10 anos com concerto

O Coro Feminino do Centro de Ciências Humanas, letras e Artes da UEM comemora 10 anos de existência, com um concerto de aniversário. Serão apresentadas 10 músicas, com participação especial da Orquestra de Flautas da UEM. As músicas são brasileiras.
O evento ocorre dia 18/11, as 20 hs no Teatro da UEM. Entrada franca.

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Redes sociais auxiliam no encontro da turma de ex-alunos da UEM, mais de 30 anos depois.

As turmas 1/1978 e 1/1979 do curso de Processamento de Dados da UEM se reúnem em Maringá, após a formatura em janeiro de 1982. A idéia partiu de um dos ex-alunos, Ludgero Senhorini, morador de Campo Grande (Mato Grosso do Sul),  que contatou e encontrou os colegas espalhados pelo Brasil. As redes sociais foram uma ferramenta de grande auxílio para localizar a grande maioria dos colegas e como meio de comunicação para a realização das atividades do encontro e troca de idéias e experiências da turma. Além de jantar e churrasco, o grupo também elaborou um livreto que conta a história de cada um e cada uma, após a formatura. As professoras doutoras do Departamento de informática, Maria Madalena Dias e Tania Fatima Calvi Tait fazem parte da turma 1/1979 e participam das atividades. Os professores Sandra Ferrari, Jucelia Fregoneis, Osvaldo Santos e Alvaro Periotto participarão como professores das turmas. Será realizado, a pedido dos ex-alunos, um tour pela UEM, passando pelos locais onde o departamento de informática, bibliotecas e outros ficavam na época e como e onde estão agora.

Muitas emoções aguardam os ex-alunos do curso de PD da UEM.

 

domingo, 25 de outubro de 2015

Violência contra a mulher no Enem 2015


Quando li o título da matéria nos jornal “Violência contra a mulher é tema na redação do Enem 2015” meu coração sorriu ao lembrar daquele fatídico dia em que esse mesmo coração chorou ao ver os cartazes “Gênero não” na Câmara Municipal de Maringá quando da discussão do Plano Municipal de Educação. E o mesmo aconteceu em muitas cidades brasileiras e paranaenses com distorção da necessidade de se discutir a violência e a discriminação contra as mulheres.

Aliado a isso fiquei sabendo, também, pela Internet, que teve uma questão sobre Simone de Beauvoir e o movimento feminista.

Finalmente, vemos a história de lutas das mulheres tendo seu lugar na educação mesmo diante de tantas barbaridades que são ouvidas quando se fala em discutir violência de gênero e sexualidade nas escolas.

As estatísticas estão mostrando o aumento da violência contra a mulher que coloca o Brasil como dos mais violentos e o nosso Paraná em 3. posição no país. Segundo dados informados pelo jornal Gazeta do Povo, de março a setembro 17 mulheres foram assassinadas no Paraná.

Nem a Lei Maria da Penha e nem a Lei do Feminícidio parecem conter a violência contra a mulher, que é cultural e tolerada por uma sociedade machista e excludente. Quem sabe com milhares de jovens respondendo a essa questão e escrevendo sobre a violência contra a mulher no Enem sejam mais sementes plantadas nesse universo para garantir o basta pelo fim da violência contra a mulher.

terça-feira, 29 de setembro de 2015

29 de abril jamais será esquecido

Faz 150 dias dos massacre de 29 de abril, do Beto Richa contra professoras e professores do Paraná.