Para compartilhar idéias!







quinta-feira, 21 de maio de 2015

Lançado livro Gerência de Projetos de Software

O  livro Gerência de Projetos de Software das autoras professoras Elisa Huzita, Tania Tait e Camila Leal, da UEM, foi lançado pela Editora Ciência Moderna. O livro é resultado de nossos estudos e pesquisa sobre o gerenciamento de projetos de software. 

segunda-feira, 4 de maio de 2015

ELA É PETISTA

No mês da mulher publiquei um artigo na Gazeta do Povo intitulado “Até quando seremos assassinadas pelo machismo”.  O referido artigo teve vários comentários, machistas inclusive, questionando a violência contra a mulher em contraponto a violência geral. Mas, o que me chamou a atenção, pois com comentários machistas, infelizmente, já estamos habituadas, foi um comentário em especial que colocou, após sua análise da violência: “ A autora é petista.” Fiquei pensando será que ele está querendo desqualificar um trabalho sério realizado pela ong Maria do Ingá-Direitos da Mulher emendando que a coordenadora é petista. Espera aí, desqualificar para quem? Obviamente para os anti-petistas.

Da mesma forma, li um comentarista, de um jornal em nível nacional, associar os líderes do movimento dos servidores públicos estaduais ao PT, como se isso fosse descaracterizar a violência cometida pelo governador e polícia contra os professores e professoras no dia 29/04.

 
Certamente, nós que apoiamos as lutas pelo fim da discriminação, pelos direitos humanos, por justiça e igualdade e que temos filiação partidária, nos enxergamos enquanto cidadãos vinculados aos partidos de esquerda que atuam nessas áreas. Por isso, quando tem alguma mobilização por direitos humanos, liberdade e igualdade, defesa do meio ambiente, entre tantas lutas, os chamados partidos de esquerda (PT, PCdoB, PSTU, PSol) estão presentes. Não é toa, pois são esses partidos que colocam um contra ponto sobre a barbárie que o sistema capitalista impõe a classe trabalhadora e a população em geral. Por isso, muitos líderes de movimento sindical e populares são vinculados aos partidos políticos. Muitos  líderes do patronato, não assumem, mas tem vinculação partidária e ficam tecendo comentários como se fossem desvinculados de partidos políticos.

Estou no PT desde 1984, portanto, são três décadas, nas quais aprendi a respeitar as diferenças, a entender o que significa a violência contra a mulher, o significado da discriminação na vida das pessoas, o que a sociedade capitalista e de consumo traz as nossas vidas...tudo vinculado a formação cristã sob a batuta da Teologia da Libertação, que levou muitos de nós, a ingressar na vida partidária como forma de participar ativamente na vida política do país.

Sou petista sim, e graças a essa formação posso hoje lutar incansavelmente em defesa das nossas mulheres e de tantas outras lutas contra os que querem cercear os nossos direitos. Poderia fazer tudo isso, sem ser petista, claro, como tem muitas pessoas que o fazem. Mas, não vou negar minha história e sendo petista, afirmo:

Quem pratica corrupção, se for comprovado, tem que ser punido, independente de quem seja;

Lutamos por um Brasil justo e igualitário;

Não aceitamos retrocessos nas nossas conquistas enquanto cidadãos e cidadãs;

Não recebo nenhum dinheiro pra defender o PT;

Sou brasileira, com muito orgulho e muito amor!

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Dia do Trabalhador e da Trabalhadora

O que falar desse dia, após o ataque da Polícia do Paraná contra professoras, professoras e trabalhadores da educação, a mando do Governador Beto Richa (PSDB). Profissionais da educação estavam reivindicando direitos justos contra um roubo que o “desgovernador” queria e conseguiu, graças a deputados que se voltaram contra a educação por troca de sabe-se-lá-o-que.

Não é possível que esse atentado aos direitos humanos permaneça impune. Não vou escrever mais, vou deixar essa imagem que marcou a semana e fala por si.

terça-feira, 28 de abril de 2015

Trabalhadores e trabalhadoras da educação são recebidos com gás lacrimogeneo e pimenta pelo tropa de Beto Richa

FICO INDIGNADA EM VER CENAS COMO ESSAS: POLÍCIA CONTRA PROFESSORES E PROFESSORAS. LAMENTÁVEL VER ATACAREM PROFESSORES E PROFESSORAS COMO SE FOSSEM CRIMINOSOS... CAI FORA DO PARANÁ SEU BETO RICHA, HOMENS DA SUA LAIA NÃO PODEM NOS GOVERNAR. DIVULGUEM PRA SABEREM QUE É ESSE MOLEQUE MIMADO QUE NÃO RESPEITA NEM QUEM LHE ENSINOU.

terça-feira, 21 de abril de 2015

Terceirização: a economia ameaçando a autonomia das mulheres

Artigo Terceirização: a economia ameaçando a autonomia das mulheres por Rivane Arantes publicado em 17.04.2015, publicado em www.abong.org.br O PL 4330/2004 de autoria do Dep. Sandro Mabel (PR/GO) que pode ser votado por estes dias no Congresso Nacional pretende regulamentar a terceirização na iniciativa pública e privada. A terceirização é um mecanismo que permite empresas contratar temporariamente outras, ao invés de contratar diretamente os trabalhadores e trabalhadoras, para executar um serviço antes realizado diretamente pelo seu quadro de pessoal. O PL 4330 não é, somente, uma ameaça à classe trabalhadora em geral – 22% do total de trabalhadores/as formais no Brasil são terceirizados, mas sobretudo, é uma ameaça à nós mulheres, já que somos a parte da classe trabalhadora mais empobrecida, que ocupa os postos mais precários de trabalho e as primeiras a serem demitidas em momentos de crise. Apesar dessa prática ter se multiplicado na maioria das empresas, inclusive nas públicas, a terceirização tem implicações nefastas para esses setores da economia. Sem dúvida é um mecanismo que dá sinal verde para a privatização, superexploração e flexibilização dos direitos trabalhistas, à medida que se permite demitir sem muita justificativa, diminuindo as bases da nova contratação. A ideia abstrata de ‘crise’ e a ‘necessidade’ de corte de gastos já é suficiente para substituir os trabalhadores/as permanentes por temporários, com menor salário, menos benefícios e condições de trabalho inferior. Estudos do DIEESE informam que a terceirização provoca rotatividade, extensão da jornada de trabalho, menor remuneração e acidentes de trabalho (de 10 acidentes de trabalho, 8 ocorrem em terceirizadas), jogando no lixo a um só tempo, o princípio constitucional da dignidade humana e do valor social do trabalho, toda a ideia de trabalho decente articulada pelos mecanismos internacionais de direitos desigualdade nas relações de trabalho. Isso se dá porque na lógica desse sistema que nos incorpora subordinadamente, seremos nós mulheres as que ‘aceitarão’, por absoluta ausência de alternativa, realizar as mesmas tarefas em condições bem mais precárias, desprotegidas e desumanas. Não nos esqueçamos que 30% das famílias brasileiras já são chefiadas por nós e que nessa condição, realizamos em torno de 30 horas de trabalho não remunerado (trabalho doméstico), ou seja, 3 vezes mais que o tempo gasto com as mesmas tarefas pelos homens (IPEA). No caso dos serviços públicos, as consequências nos parecem ainda piores, por três outros motivos: a permissão de terceirização de atividades fins através da privatização dos bens comuns; a supressão da responsabilidade solidária do Estado e a dificuldade de controle social. Explico-me: a terceirização é hoje orientada precariamente pelo Enunciado 331 do TST que apenas permite esse tipo de contratação de pessoal, no âmbito do Estado, para atividades meio, ou seja, aquelas tarefas que dão suporte (alimentação, limpeza, segurança, transporte…) às atividades principais, chamadas de atividades fins. O PL 4330 permite que se terceirize também essas atividades, o que vai causar implicações severas, principalmente na realização dos serviços públicos essenciais (saúde, educação, transporte, seguranças…), fragilizando a estrutura do Estado pela execução de política públicas através da iniciativa privada, o que já vem ocorrendo com a privatização dos bens comuns, a exemplo da água, e se aprofunda com a fragilização das carreiras públicas e da qualidade dos serviços. Outro problema diz respeito à responsabilidade solidária da empresa contratante, ou seja, hoje, o Estado contratante deve se responsabilizar pelas dívidas trabalhistas deixadas pela terceirizada, é uma forma mínima de proteger os trabalhadores/as nessa relação, já que ele não consegue regular o mercado. O PL suprime essa obrigação, literalmente abandonando os trabalhadores/as à própria sorte. E, por fim, a questão do controle social. No caso do serviço público, a terceirização tem uma relação direta com a intensificação da privatização dos serviços públicos, o que para nós mulheres, é uma grave ameaça à implementação dos nossos direitos, pensando que a iniciativa privada obedece a lógica do consumo mercantil e não a do direito orientada pelo bem comum, transparência, universalidade, laicidade e não discriminação. Quando o serviço público é pulverizado em iniciativas privadas, mais dificuldade a sociedade civil tem de obter informações para o monitoramento das ações, responsabilização pelos abusos e ilegalidades. A terceirização não é mais um fantasma. Para nós mulheres já é uma experiência bem presente de nossa incorporação subordinada no mundo do trabalho produtivo. Pesquisas apontam que as maiores empresas de terceirização do mundo se dedicam aos serviços, tipo de trabalho majoritariamente desenvolvido por nós mulheres e, nas áreas de segurança, telemarketing e limpeza, tarefas que também, pela divisão sexual e racial do trabalho, são preponderantemente realizadas por nós mulheres e negras. Basta ver o que já está ocorrendo com as trabalhadoras domésticas, maior categoria de trabalhadoras mulheres do Brasil, que segue sem todos os direitos trabalhistas garantidos, em que pese a aprovação da EC da equiparação, em amplo processo de substituição por outras trabalhadoras temporárias (diaristas). E aqui está uma última consequência do PL, a cisão no interior da própria categoria de trabalhadores/as, à medida em que a terceirização, ao criar relações de trabalho distintas para uma mesma função, cinde a unidade e a luta da categoria. Não é de hoje que nós, mulheres trabalhadoras, somos submetidas a exploração e opressão. É da natureza do capitalismo, esse sistema que a tudo e a todos/as captura e incontornavelmente se conecta com o patriarcado e o racismo, sugar nossa capacidade física, intelectual e artística, mas também, nosso tempo, corpos, modos de ser e fazer, sem nos compensar com justiça e sem nos reconhecer como sujeitos. É lamentável lembrar que muitas conquistas têm sido perdidas em nome da garantia dos interesses privados e, a pretexto – pasmem – do ‘desenvolvimento e mais emprego para o país’. Sendo maioria da população brasileira, maioria entre a população economicamente ativa, e tendo maior escolaridade que os homens, nós mulheres, injustamente continuamos ocupando os postos de trabalho mais precários, com menor remuneração, jornadas extensivas, e realizando quase exclusivamente o trabalho doméstico e de cuidado da família, sem direito à creches e outros mecanismos que nos permitam enfrentar a dupla jornada e garantir autonomia financeira. Não temos dúvida de que a terceirização tem gênero, raça e classe. Seremos nós mulheres, negras a vivenciar mais essa experiência de exploração e opressão. Por isso, somos contra esse projeto de lei. Ele nos fragiliza como parte majoritária da classe trabalhadora, nos rouba a condição de sujeitos, e impede a construção de uma sociedade mais justa para nós mulheres, negras e em situação de pobreza. NÃO AO PL 4330/2004! Fonte: SOS Corpo

terça-feira, 7 de abril de 2015

I SEMINÁRIO: Análise da situação da mulher brasileira e As mulheres negras a luz do efeito do racismo e da discriminação racial

Estarei participando pela ong Maria do Ingá com a Profa Aracy Adorno Reis, do Instituto de Mulheres Negras no I SEMINÁRIO: Análise da situação da mulher brasileira e As mulheres negras a luz do efeito do racismo e da discriminação racial”. DATA: 08 de abril de 2015 HORA: Início 8h – Término 17h LOCAL: APP – Núcleo Sindical Umuarama ENDEREÇO: Rua Helena Kolody, 1108 – Jardim Novo Milênio – Umuarama –Pr. Pauta: 8h – Credenciamento e Café 8h30min – Abertura (composição da mesa e outros encaminhamentos) 9h – Apresentação cultural 9h30min - Palestra: Análise da situação da mulher brasileira. Palestrante: Tania Tait 10h45min – Palestra: As mulheres negras a luz do efeito do racismo e da discriminação racial. Palestrante: Aracy Adorno Reis 12h – Almoço no local 13h – Apresentação Cultural 14h min - Debate 15h min – Palestra: Secretaria da Ação Social – Marcela Laino 17h – Encerramento REALIZACÃO: APP – Núcleo Sindical Umuarama IFPR – Instituto Federal do Paraná NRE – Núcleo Regional da Educação de Umuarama SINDAEN - Sindicato dos trabalhadores no tratamento de água e esgoto de Maringá e região. “Por um mundo onde sejamos socialmente iguais humanamente diferentes e totalmente livres”. Rosa Luxemburgo