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terça-feira, 28 de abril de 2015

Trabalhadores e trabalhadoras da educação são recebidos com gás lacrimogeneo e pimenta pelo tropa de Beto Richa

FICO INDIGNADA EM VER CENAS COMO ESSAS: POLÍCIA CONTRA PROFESSORES E PROFESSORAS. LAMENTÁVEL VER ATACAREM PROFESSORES E PROFESSORAS COMO SE FOSSEM CRIMINOSOS... CAI FORA DO PARANÁ SEU BETO RICHA, HOMENS DA SUA LAIA NÃO PODEM NOS GOVERNAR. DIVULGUEM PRA SABEREM QUE É ESSE MOLEQUE MIMADO QUE NÃO RESPEITA NEM QUEM LHE ENSINOU.

terça-feira, 21 de abril de 2015

Terceirização: a economia ameaçando a autonomia das mulheres

Artigo Terceirização: a economia ameaçando a autonomia das mulheres por Rivane Arantes publicado em 17.04.2015, publicado em www.abong.org.br O PL 4330/2004 de autoria do Dep. Sandro Mabel (PR/GO) que pode ser votado por estes dias no Congresso Nacional pretende regulamentar a terceirização na iniciativa pública e privada. A terceirização é um mecanismo que permite empresas contratar temporariamente outras, ao invés de contratar diretamente os trabalhadores e trabalhadoras, para executar um serviço antes realizado diretamente pelo seu quadro de pessoal. O PL 4330 não é, somente, uma ameaça à classe trabalhadora em geral – 22% do total de trabalhadores/as formais no Brasil são terceirizados, mas sobretudo, é uma ameaça à nós mulheres, já que somos a parte da classe trabalhadora mais empobrecida, que ocupa os postos mais precários de trabalho e as primeiras a serem demitidas em momentos de crise. Apesar dessa prática ter se multiplicado na maioria das empresas, inclusive nas públicas, a terceirização tem implicações nefastas para esses setores da economia. Sem dúvida é um mecanismo que dá sinal verde para a privatização, superexploração e flexibilização dos direitos trabalhistas, à medida que se permite demitir sem muita justificativa, diminuindo as bases da nova contratação. A ideia abstrata de ‘crise’ e a ‘necessidade’ de corte de gastos já é suficiente para substituir os trabalhadores/as permanentes por temporários, com menor salário, menos benefícios e condições de trabalho inferior. Estudos do DIEESE informam que a terceirização provoca rotatividade, extensão da jornada de trabalho, menor remuneração e acidentes de trabalho (de 10 acidentes de trabalho, 8 ocorrem em terceirizadas), jogando no lixo a um só tempo, o princípio constitucional da dignidade humana e do valor social do trabalho, toda a ideia de trabalho decente articulada pelos mecanismos internacionais de direitos desigualdade nas relações de trabalho. Isso se dá porque na lógica desse sistema que nos incorpora subordinadamente, seremos nós mulheres as que ‘aceitarão’, por absoluta ausência de alternativa, realizar as mesmas tarefas em condições bem mais precárias, desprotegidas e desumanas. Não nos esqueçamos que 30% das famílias brasileiras já são chefiadas por nós e que nessa condição, realizamos em torno de 30 horas de trabalho não remunerado (trabalho doméstico), ou seja, 3 vezes mais que o tempo gasto com as mesmas tarefas pelos homens (IPEA). No caso dos serviços públicos, as consequências nos parecem ainda piores, por três outros motivos: a permissão de terceirização de atividades fins através da privatização dos bens comuns; a supressão da responsabilidade solidária do Estado e a dificuldade de controle social. Explico-me: a terceirização é hoje orientada precariamente pelo Enunciado 331 do TST que apenas permite esse tipo de contratação de pessoal, no âmbito do Estado, para atividades meio, ou seja, aquelas tarefas que dão suporte (alimentação, limpeza, segurança, transporte…) às atividades principais, chamadas de atividades fins. O PL 4330 permite que se terceirize também essas atividades, o que vai causar implicações severas, principalmente na realização dos serviços públicos essenciais (saúde, educação, transporte, seguranças…), fragilizando a estrutura do Estado pela execução de política públicas através da iniciativa privada, o que já vem ocorrendo com a privatização dos bens comuns, a exemplo da água, e se aprofunda com a fragilização das carreiras públicas e da qualidade dos serviços. Outro problema diz respeito à responsabilidade solidária da empresa contratante, ou seja, hoje, o Estado contratante deve se responsabilizar pelas dívidas trabalhistas deixadas pela terceirizada, é uma forma mínima de proteger os trabalhadores/as nessa relação, já que ele não consegue regular o mercado. O PL suprime essa obrigação, literalmente abandonando os trabalhadores/as à própria sorte. E, por fim, a questão do controle social. No caso do serviço público, a terceirização tem uma relação direta com a intensificação da privatização dos serviços públicos, o que para nós mulheres, é uma grave ameaça à implementação dos nossos direitos, pensando que a iniciativa privada obedece a lógica do consumo mercantil e não a do direito orientada pelo bem comum, transparência, universalidade, laicidade e não discriminação. Quando o serviço público é pulverizado em iniciativas privadas, mais dificuldade a sociedade civil tem de obter informações para o monitoramento das ações, responsabilização pelos abusos e ilegalidades. A terceirização não é mais um fantasma. Para nós mulheres já é uma experiência bem presente de nossa incorporação subordinada no mundo do trabalho produtivo. Pesquisas apontam que as maiores empresas de terceirização do mundo se dedicam aos serviços, tipo de trabalho majoritariamente desenvolvido por nós mulheres e, nas áreas de segurança, telemarketing e limpeza, tarefas que também, pela divisão sexual e racial do trabalho, são preponderantemente realizadas por nós mulheres e negras. Basta ver o que já está ocorrendo com as trabalhadoras domésticas, maior categoria de trabalhadoras mulheres do Brasil, que segue sem todos os direitos trabalhistas garantidos, em que pese a aprovação da EC da equiparação, em amplo processo de substituição por outras trabalhadoras temporárias (diaristas). E aqui está uma última consequência do PL, a cisão no interior da própria categoria de trabalhadores/as, à medida em que a terceirização, ao criar relações de trabalho distintas para uma mesma função, cinde a unidade e a luta da categoria. Não é de hoje que nós, mulheres trabalhadoras, somos submetidas a exploração e opressão. É da natureza do capitalismo, esse sistema que a tudo e a todos/as captura e incontornavelmente se conecta com o patriarcado e o racismo, sugar nossa capacidade física, intelectual e artística, mas também, nosso tempo, corpos, modos de ser e fazer, sem nos compensar com justiça e sem nos reconhecer como sujeitos. É lamentável lembrar que muitas conquistas têm sido perdidas em nome da garantia dos interesses privados e, a pretexto – pasmem – do ‘desenvolvimento e mais emprego para o país’. Sendo maioria da população brasileira, maioria entre a população economicamente ativa, e tendo maior escolaridade que os homens, nós mulheres, injustamente continuamos ocupando os postos de trabalho mais precários, com menor remuneração, jornadas extensivas, e realizando quase exclusivamente o trabalho doméstico e de cuidado da família, sem direito à creches e outros mecanismos que nos permitam enfrentar a dupla jornada e garantir autonomia financeira. Não temos dúvida de que a terceirização tem gênero, raça e classe. Seremos nós mulheres, negras a vivenciar mais essa experiência de exploração e opressão. Por isso, somos contra esse projeto de lei. Ele nos fragiliza como parte majoritária da classe trabalhadora, nos rouba a condição de sujeitos, e impede a construção de uma sociedade mais justa para nós mulheres, negras e em situação de pobreza. NÃO AO PL 4330/2004! Fonte: SOS Corpo

terça-feira, 7 de abril de 2015

I SEMINÁRIO: Análise da situação da mulher brasileira e As mulheres negras a luz do efeito do racismo e da discriminação racial

Estarei participando pela ong Maria do Ingá com a Profa Aracy Adorno Reis, do Instituto de Mulheres Negras no I SEMINÁRIO: Análise da situação da mulher brasileira e As mulheres negras a luz do efeito do racismo e da discriminação racial”. DATA: 08 de abril de 2015 HORA: Início 8h – Término 17h LOCAL: APP – Núcleo Sindical Umuarama ENDEREÇO: Rua Helena Kolody, 1108 – Jardim Novo Milênio – Umuarama –Pr. Pauta: 8h – Credenciamento e Café 8h30min – Abertura (composição da mesa e outros encaminhamentos) 9h – Apresentação cultural 9h30min - Palestra: Análise da situação da mulher brasileira. Palestrante: Tania Tait 10h45min – Palestra: As mulheres negras a luz do efeito do racismo e da discriminação racial. Palestrante: Aracy Adorno Reis 12h – Almoço no local 13h – Apresentação Cultural 14h min - Debate 15h min – Palestra: Secretaria da Ação Social – Marcela Laino 17h – Encerramento REALIZACÃO: APP – Núcleo Sindical Umuarama IFPR – Instituto Federal do Paraná NRE – Núcleo Regional da Educação de Umuarama SINDAEN - Sindicato dos trabalhadores no tratamento de água e esgoto de Maringá e região. “Por um mundo onde sejamos socialmente iguais humanamente diferentes e totalmente livres”. Rosa Luxemburgo

sexta-feira, 27 de março de 2015

Grandes momentos e muito aprendizado

A minha atuação no movimento organizado de mulheres me proporcionou grandes momentos e com eles veio junto muito aprendizado. Não tenho como enumerar todos, pois são muitos, tivemos participação nas conferências municipais, estaduais e nacional das mulheres, encontros de mulheres do PT e da CUT, reuniões do Conselho da Mulher de Maringá e palestras e oficinas pela ong Maria do Ingá e representação na Câmara de Vereadores pelo Forum Maringaense de Mulheres. Nessa trajetória conheci grandes mulheres, famosas e anônimas, sempre com muito a dizer. Conheci grandes militantes feministas, em nível nacional como Rose Marie Muraro e nossas feministas muito próximas, como a Rose Zanardo, nossas Roses, hoje estrelas no céu com tantas outras que se foram, mas deixaram seu legado de lutas em defesa das mulheres. Vou me permitir, nesse universo de mais de três décadas em organização e lutas em defesa das mulheres, destacar quatro desses momentos que considero especiais. O primeiro momento foi nos anos 1980 quando fizemos uma palestra, a Profa. Celene Tonella (UEM) e eu sobre violência contra a mulher em uma escola pública estadual. Ao término da palestra uma senhora nos procurou e contou sua história: apanhava do marido, tinha duas filhas pequenas, nunca tinha estudado nem trabalhado fora de casa. Segunda narração dela, ela sabia que ia apanhar dependendo da forma como o marido abrisse o portão da casa. Fomos embora muito tristes pois na época, existia apenas a Delegacia da Mulher funcionando ainda com muita precariedade. Aquela mulher precisava de mais, precisava de apoio psicológico, de assistência social, de advogado...Mas, não desanimamos. E hoje, graças a força das mulheres organizadas e suas lutas, temos uma rede de enfrentamento de violência contra a mulher, com Casa Abrigo, Centro de Referência de Atendimento as Mulheres Vítimas de Violência, as recém implantações da Casa da Mulher Brasileira que reúne todo o atendimento em um único local. Além das Leis como Maria da Penha e a Lei do Feminicídio. Sabemos que passaram muito anos até que tivéssemos toda essa estrutura de apoio que, ainda, carece de imensas melhorias para que mulheres como aquela senhora não precisem mais sentir todos os dias aflição por saber que vai sofrer violência. O segundo momento, foi em 1996, no CEPIAL – Congresso para Integração da América Latina, na UEM, quando tive o prazer de propor e coordenar a mesa redonda: Mulher, Política e Trabalho. O que dizer de um evento que reuniu 340 mulheres de várias regiões do Brasil e da América Latina para tratar da discriminação contra a mulher. Ainda sinto a mão em meu ombro, de uma senhora do grupo Mães da Praça de Maio, da Argentina, que lutam para encontrar seus filhos mortos pela ditadura militar daquele país; vejo o olhar entristecido de uma senhora paraguaia contando que em seu pais, ainda preferem que nasçam meninos por que estes foram dizimados na Guerra do Paraguai e ouço a voz da indignação de uma mulher negra diante do preconceito e da discriminação. São lados da história das mulheres que traz informações do cotidiano que não aparecem nos livros oficiais da história, mas que mudam o destino das mulheres. Tudo isso me levou a indagar sobre as mulheres pioneiras em nossa região e tive, a grande oportunidade de realizar uma pesquisa sobre o olhar feminino na construção de Maringá, cujo resultado está publicado no livro “Maringá e o Norte do Paraná”, organizado pelos professores José Henrique Gonçalves e Reginaldo Dias. Mesmo tentando transcrever o que disseram, fica difícil transmitir a emoção dos olhos marejados e os comentários das entrevistadas, mas me senti na obrigação de dar as nossas pioneiras, inclusive minhas avós, seu registro em nossa história. O terceiro momento foi quando eu, muito abatida e desanimada, devido a morte do meu pai, em 2005, recebi uma mensagem da senhora Iris Bruder, falando sobre um texto que eu havia escrito a respeito da importância da reciclagem e das cooperativas de catadores de lixo. E ela dizia na mensagem que “gosta dos meus escritos sobre as mulheres e a defesa dos direitos, e que o mundo precisava de pessoas como eu...” Na época foi como se eu tivesse recebido um chacoalhão... Marquei uma visita e passei uma tarde muito gostosa conversando sobre a vida com ela. Chamo de “anjos” que surgem em nossas vidas em momentos de encruzilhada e nos fazem seguir adiante. Agora, 2015, um quarto momento, na Asumar, Associação de Surdos de Maringá, em palestra que ministrei sobre a violência contra a mulher, com parceria da interprete de libras, Daniella, senti a necessidade de novos aprendizados. A sensação que me levou para casa foi a de que temos muito que fazer e esclarecer para as pessoas sobre os direitos e pelo fim da violência contra a mulher. A atenção, as perguntas e participação do público nos faz ter certeza de que a ong Maria do Ingá-Direitos da Mulher trilha por caminho certo quando atua na formação e informação na área de direitos da mulher. E pra mim, como ser humano, em constante aprendizado, interagir com um público que tem suas próprias reivindicações mas que busca estar integrado no mundo que o cerca, leva a reflexão de que temos muito que aprender, sempre. Muita emoção ao escrever esse texto, com esses pensamentos que estão comigo desde ontem a noite. Espero ter a sabedoria para converter esses pensamentos em ações na linha do que aprendemos lá no começo da militância, no movimento estudantil, via Pastoral Universitária, na construção de um mundo mais justo e igualitário.

sexta-feira, 13 de março de 2015

Senadora Gleisi Hoffmann no VIII Café, Mulheres e Política

Mesa de abertura do segundo dia do VIII Café, Mulheres e Política, com palestra da Senadora Gleisi Hoffmann. Na mesa estavam: Prof. Cesar, vice-presidente do Sinteemar, Iraides Baptistoni, Presidente da CUT Regional, Elza Mariucci, representando setorial de mulheres do PT de Maringá, Simone Mancini Liduário Suzuki, coordenadora do Núcleo de Mulheres do Sinteemar e eu, pela ONG Maria do Ingá - Direitos da Mulher. Muita alegria em receber a Senadora Gleisi Hoffmann e o público presente, composto por mulheres e homens comprometidos com a luta pela igualdade e pelo fim da discriminação contra a mulher.

quarta-feira, 11 de março de 2015

Começa hoje o nosso VIII Café, Mulheres e Política

Hoje começa o nosso VIII Café, Mulheres e Políticas. 19 hs no Auditório do Sinteemar: Palestra com Rosane Silva sobre o Sistema Político Brasileiro e as Mulheres. Escolhemos esse tema pois sabemos das dificuldades que nossas mulheres tem quando tentam ingressar ou ingressam na política. Somos apenas 8% de mulheres na política e, em sua maioria, são mulheres eleitas por herança familiar (filhas, irmãs, esposas de políticos) . Além disso, mulheres negras, indígenas, lésbicas, entre outras ficam de fora. Temos esperança, ainda, que uma reforma política possa equilibrar esse quadro com representações mais verdadeiras. www.mariadoingamulher.blogspot.com

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

VIII Café, Mulheres e Política

O evento VIII Café, Mulheres e Política organizado pela Ong Maria do ingá-Direitos da Mulher acontecerá nos dias 11 e 12 de março, no Auditório do Sinteemar. Em sua oitava edição, o evento conta com parceria de entidades sindicais (CUT Regional Norte Novo, Sinteemar, Sismmar, Sindaen, APP Sindicato), com o Setorial de Mulheres do PT e UEM. Programação do VIII Café, Mulheres e Política: 11/03 – 19 h – As mulheres e o sistema político brasileiro. Palestrante: Rosane Silva – Secretaria Nacional da Mulher Trabalhadora da CUT. 12/03 – 19:30 h – Direitos das Mulheres e a legislação brasileira. Palestrante: Gleisi Hoffmann - Senadora O evento é gratuito e contará como atividade acadêmica complementar, com projeto pela UEM.