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terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

O "olhar" sobre o Programa Bolsa Família

Sempre considerei que tudo é uma questão do "olhar"...certamente todos temos nossas dificuldades. Tenho uma grande amiga de infância que atua no Governo Federal na área de segurança alimentar e, segundo ela, o Bolsa Família salvou e resgatou milhares de vidas. O valor da Bolsa é de R$ 70,00 para a grande maioria e pode chegar a R$250,00 em caso de miséria absoluta e depois de uma avaliação séria. 70% da população que recebe o benefício é composta por mulheres. R$70,00 com a obrigatoriedade de criança na escola e acompanhamento de saúde. Meus alunos e alunas gastam mais do que isso em uma balada de final de semana. Voltando ao "olhar": tem gente que pensa que devemos imitar os países do primeiro mundo e que temos ainda espírito de colônia, tem gente que pensa que devemos aprender com eles o que tem de bom e desenvolver o nosso jeito; tem gente que acha que pobre não pode andar de avião, nem ter carro e casa, tem gente que pensa que todos temos direitos; tem gente que acha que a moça foi estuprada porque estava de saia curta, tem o lado que enxerga que a sociedade é machista; tem gente que acha que o assassino matou a ex-mulher por amor, tem a visão que ele matou por se sentir dono de seu corpo e alma; tem gente que acha que é porque é classe média é melhor que todos os demais porque trabalha e paga muitos impostos. Tem gente que pensa que vivemos numa democracia, tem gente que enxerga que a classe trabalhadora tem mínima representatividade na Câmara federal, composta em sua grande maioria por grandes empresários e grandes fazendeiros. E tem gente que pensa que ofendendo ou tentando ofender está contribuindo para a discussão, enfim tudo é questão de "olhar". O Bolsa Família não é para sempre. E se formos andar por esse imenso Brasil, veremos que fomos tão explorados e nossos governantes deixaram os podererosos nos subjulgar tanto,que ainda temos lugar que o povo tem extremas dificuldades. Aqui no Sul a nossa vida é bem diferente do resto do país, por isso compreendo o Bolsa Família. Compreendo o ponto de vista de quem batalhou na vida e conseguiu tem boas condições, mas entendo que tem pessoas que possuem infinitamente muito menos condições financeiras e que vivem em locais com muito menos estrutura que nós. E mesmo sendo contra assistencialismo e a favor do ensinar a pescar, compreendi a importância do Programa Bolsa Família para a nossa população considerada vulnerável por não ter tido as condições mínimas de sobrevivência por séculos.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

O opressor não seria tão forte...

Mal começa o ano e os ataques ao Governo Petista, à Presidenta Dilma e a nós petistas estão tomando conta das redes sociais de forma desrespeitosa, mentirosa e distorcida. Quando esses ataques vem das classes dominantes, é fácil de entender pois estão fazendo o papel deles de quer se perpetuar no poder, as custas da pobreza. Agora, quando os ataques vem da própria classe trabalhadora, reproduzindo o que a grande mídia e os donos da elite brasileira pregam por séculos, me lembro da frase da Simone: " O opressor não seria tão forte se não tivesse cúmplices entre os próprios oprimidos". Nem tudo é prefeito, mas não querer enxergar que a vida das pessoas melhorou ao longo dos Governos Lula e Dilma, que lá fora nossos projetos são bem vistos e copiados, que o Brasil, finalmente, tem lugar de destaque no cenário nacional...ou está querendo que o Brasil volte ao século passado ou não quer dar o braço a torcer. Gosto muito de conhecer as versões dos fatos, mas vejam que, muitas vezes, a nossa imprensa só dá a versão que lhe interessa e que vivemos em uma falsa democracia. Digo falsa pois não haverá plena democracia enquanto mais de 90% dos nossos representantes eleitos forem grandes empresários e fazendeiros. Não haverá plena democracia enquanto não tivermos equilíbrio de representações com as mulheres, negros e negras, LGBT, trabalhadores e trabalhadoras, entre tantos que fazem parte da nossa sociedade e lutam pela garantia dos seus direitos.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Mundo dos Homens e a Política

Ao pesquisar a história das mulheres depara-se com a mulher ocupando sempre um espaço subalterno, seja qual for a cultura, a classe social ou grau de escolaridade. Em alguns povos, a situação é de invisibilidade da mulher, em outras é um machismo camuflado. O Brasil está classificado como um país de “machismo camuflado”, pois nossas mulheres trabalham, estudam e participam de quase tudo, no entanto são violentadas, assassinadas e desprestigiadas em funções de tomada de decisão. Temos altos índices de violência contra a mulher, elevação no índice de escolaridade e mínima participação na política, ou seja, ao mesmo tempo que estamos mais qualificadas, contraditoriamente, estamos sendo violentadas e com menor participação nos espaços de poder. Por isso, a vitória da Dilma Roussef para Presidenta do Brasil é um marco na nossa história, remando contra a maré do machismo reinante na política. Historicamente, a eleição de nossas mulheres é resultado de herança eleitoral do pai, marido, irmão etc. Nos últimos anos, entretanto, esse perfil tem mudado e começam a surgir mulheres originárias de movimentos sociais sem vínculo de herança eleitoral familiar. A política que, também é palco de supremacia masculina no espaço de tomada de decisão, renega às mulheres o papel de observadoras e executoras das atividades operacionais. Para as mulheres que alcançam os espaços de poder, a trajetória não é fácil, pois, além de ter que mostrar maior competência que os homens, as mulheres ainda são alvo de piadas de mau gosto e comentários desabonadores. Nesse espaço masculinizado, nada nos é dado. As nossas conquistas são obtidas com muito esforço, dedicação e persistência, o que nos leva a refletir que ainda falta muito para que realmente possamos ter uma democracia plena, com a participação efetiva das chamadas minorias (mulheres, movimento negro, movimento LGBT, entre tantos) que lutam por garantir seus direitos.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Plágio Eletrônico

O uso das tecnologias de informação e comunicação trouxe ao mundo atual a facilidade de acesso às informações e sua transmissão de forma quase instantânea. Dentro desse contexto, a rede Internet possibilitou que as pessoas possam se comunicar e interagir com outras pessoas em locais dispersos geograficamente e, ao mesmo tempo, permite o acesso a um grande número de informações. No entanto, essa ampla possibilidade de acesso ás informações trouxe consigo, também, problemas que existem no mundo real e encontram facilidade de serem aplicados no mundo virtual, como os crimes virtuais ou digitais. Como exemplos tem-se roubos de senhas de cartão de crédito, pedofilia, uso indevido de imagem, calúnia, difamação, plágio, entre outros. Aqui vamos tratar especificamente do plágio visto que é, cada vez mais, frequente o número de trabalhos copiados da Internet nas Universidades. Infelizmente, essa prática, ocorre em todos os níveis, desde trabalhos de graduação até trabalhos de pós-graduação. O uso da Internet contribui para essa avalanche de plágios visto que possibilita acesso a uma gama de textos sobre vários assuntos. A cópia de trabalhos, nesses casos, configura-se como plágio eletrônico. Por ser um local de produção e transmissão de conhecimento, as Universidades começam a se preocupar com o plágio eletrônico. Algumas universidades, como a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), colocam em seu regime disciplinar discente, punições para os casos de plágios, inclusive com destaque para o plágio eletrônico, conforme informa o Professor Palazzo ao tratar sobre Código de Honra nas Universidades. Ao se pensar nas Universidades como formação de profissionais e de sua contribuição para a comunidade, o plágio eletrônico exige medidas que, ao mesmo tempo, valorizem a produção do conhecimento com respeito aos autores e punam aqueles que o praticam. Dentro desse cenário, são indicadas duas ações para tratar os casos de plágio eletrônico: a conscientização e a punição. A conscientização pode ser feita tanto em eventos como em sala de aula, em todas as disciplinas, em especial naquelas que abordam o tema metodologia de pesquisa. Deve ser dado destaque ao respeito ao direito autoral, que, no Brasil, é regulamentado pela Lei 9.610, de 1998 e pela Lei 12.853 de 2013 que atualiza a legislação sobre direitos autorais. O inciso I da Lei 9.610 deixa claro a inclusão de obras científicas no respeito ao direito autoral: “ Art. 7º São obras intelectuais protegidas as criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível, conhecido ou que se invente no futuro, tais como: I - os textos de obras literárias, artísticas ou científicas;...” Portanto, a proteção legal à obra científica está definida por lei, independente do veiculo de sua transmissão, seja papel ou meio digital. Além do conhecimento das Leis sobre os direitos autorais, torna-se relevante, também, possibilitar discussões sobre o tema de forma a criar uma cultura de não plágio, com respeito as idéias e publicações de outras pessoas. Aqui, não se pode negligenciar a atuação que deve começar no ensino fundamental e médio, conscientizando os alunos da importância de se valorizar as publicações citando os autores que a produziram. Dessa forma, os alunos ingressariam nas Universidades cientes do significado do plágio e de sua forma digital, o plágio eletrônico. No quesito punição, torna-se necessário a criação de regras que tratem o assunto e as formas de punição aos infratores. Esse papel cabe aos Conselhos Superiores das Universidades com o estabelecimento de regras para orientar os professores para os casos de plágio eletrônico. As regras colaboram para que seja tomado o mesmo procedimento quando o plágio for detectado, não deixando dúvidas sobre a atitude a ser tomada visto que quando um professor detecta o plágio eletrônico, normalmente segue seus próprios padrões, formados a partir de posturas do ambiente em que se desenvolveu. Em alguns casos, dado a falta de regras claras, cada professor adota uma postura diferenciada com punições em graus maiores ou menores. Portanto, uma legislação específica a respeito do plágio eletrônico nas Universidades fornece subsídios aos professores para punição aos alunos infratores. Sabe-se que tais medidas como a conscientização e a punição podem não resolver o problema, no entanto, é papel das Universidades tratar o plágio eletrônico, pois não se concebe uma instituição geradora de conhecimento formar pessoas que não irão respeitar a idéia, a obra ou os projetos de outros.

terça-feira, 31 de dezembro de 2013

O que voce deseja para 2014?

Estava assistindo um desses programas de entretenimento quando a apresentadora perguntou “O que você deseja para 2014?” Prontamente, respondi “Se feliz”. Ao mesmo tempo entrevistados na rua respondiam: saúde, dinheiro, amor...E eu reforcei meu pedido “ser feliz” é tudo... Aí, mudou a reportagem e começou a tratar sobre a paz e a ação para alcança-la em todos os locais desde família ao mundo do trabalho e da sociedade. E, de repente, eu me senti egoísta com o meu “ser feliz”. Veio à minha mente a imagem das crianças africanas, do nosso povo na seca nordestina, dos refugiados de guerra e tantas pessoas que passam fome. Então reformulei meu pedido: o meu desejo é que as pessoas não passem fome. No entanto, não passar fome não é tão simples como deveria ser na oferta de um pedaço de pão. Não passar fome significa que mulheres, crianças e idosos não seriam jogados à própria sorte nas guerras. Mais ainda que não existissem guerras. Não passar fome significa que os governos implementariam políticas públicas para garantir que sua população tivesse condições dignas de vida. Não passar fome significa que existiria partilha no mundo e os povos se ajudariam para que nenhuma pessoa morresse de fome. Não passar fome significa que as pessoas teriam saúde, educação e habitação, no mundo todo. Não passar fome significa que governos e população cuidariam do ambiente em que vivem e do planeta que habitam. Não passar fome significa olharmos uns para os outros com amor, independente da raça, cor, religião, étnia, sexualidade ou diferenças de qualquer tipo. Confirmo meu desejo pra 2014: que ninguém passe fome no mundo, então seremos todos e todas, no nosso planeta, verdadeiramente felizes.

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Feliz Natal e Um Super Ano Novo!

Desejo a todos e a todas um Feliz Natal, um Ano Novo sorridente, com as benções de Deus. Desejo também muitos beijos, muito abraços, muita saúde e muita alegria em 2014.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Homenagem a ex-alunos nos 60 anos do Colègio Gastão Vidigal

Sessão solene de homenagem a ex-alunos pelos 60 anos do Colégio Gastão Vidigal, em Maringá. Agradeço a homenagem e me sinto honrada por fazer parte do grupo de ex-alunos do Colégio. Fui representada na sessão pela minha irmã, Thaís Tait, na foto, recebendo o certificado das mãos do vereador Carlos Mariucci. Eu estava em Curitiba na UFPR participando da banca de doutorado de Daniela Freitas Trindade.